BRIAN NOTE
Estava encostado
na parede esperando a polícia que ele mesmo tinha chamado, para levar o homem
que tinha tentado lhe matar, tinha que manter os olhos abertos, espero não
morrer até a mesma chegar. Fazia um
esforço tremendo.
O homem tinha
surgido do nada, era um antigo armazém de ocupas, ali viviam muitos homeless,
homens que tinham servido ao exército de seu pais, para a glória do mesmo, como
ele dizia, mas que em seguida virava as costas para os mesmos.
Ah, se ele
soubesse disso, mas agora era tarde para chorar o leite derramado, talvez tarde
para recuperar sua própria vida, depois de tudo que tinha feito para
sobreviver.
Levava sóbrio a quase
um ano, analisando toda sua vida, ia regularmente ao hospital de veteranos para
conversar com um psicólogo, porque normalmente o psiquiatra o que faria seria
lhe receitar um medicamento que o retornaria ao vício, isso ele não
queria. Quando lhe doía a perna, o que
fazia era deslocar seus pensamentos para outra coisa. Tampouco já se atirava a loucuras sexuais, para
afundar mais ainda no charco da miséria.
Tinha caído tão
fundo, mas tão, fundo, que quando olhava no espelho, mal se reconhecia, para
quem estava beirando aos 50 anos, ele aparentavam 10 mais. Os seus cabelos, já sequer tinham brilho.
Quando a polícia
chegou, disse que o homem tinha surgido do nada com um revolver na mão, nem sei
se esta carregado, na outra tinha, apontou mais ao longe uma navalha. Me atacou, o filho da puta sabia que eu usava
prótese, pois a primeira coisa que fez, foi dar um golpe na minha perna, com
esse tubo, nem sei aonde está minha prótese, essa é a terceira neste ano, agora
só querem me dar as mais baratas.
Já sabemos quem é
esse sujeito, ele agride as vezes consegue ferir, a todos os homens que
aparecem ou apareceram em filmes pornográficos.
Então deve ser
isso, eu apareci em uns quantos por dinheiro.
A pensão de ex-combatente nunca
é boa.
O levaram até uma
ambulância, não se via por ali, nenhum dos ocupas, pois se estivessem seriam desalojados,
então o melhor era fugir.
O levaram para o
hospital, mas claro antes pediu que localizassem sua prótese. Com ela posta, viu que as enfermeiras o
olhavam com nojo, sabia que precisava de um banho.
Pediu se podia fazê-lo,
um médico o olhou de cima a baixo, mandou que sentasse numa cadeira de rodas,
deu uma ordem, a um enfermeiro que estava por ali. Levou pelo menos meia hora embaixo do chuveiro,
se lavou todo, a cabeça perdeu as contas, precisava era raspar a mesma, viu o
mesmo enfermeiro, perguntou se tinha uma máquina de cortar cabelo, esse disse
que sim, a trouxe, raspou para ele seus cabelos, teve noção que estavam
imensos, aproveitou, passou pelo sovaco, pelo sexo, no resto do corpo não tinha
pelo. Tornou a tomar um banho. Agora se sentia limpo. Sentou-se na cadeira de roda, o enfermeiro o
levou de novo para urgências, de lá o mandaram para um exame geral como sempre.
O médico
apareceu, soltou, é um prazer em vê-lo apesar das circunstâncias Brian.
Me conheces?
Sim servimos
juntos, tu eras polícia militar em Kandahar, eu médico que estava aprendendo a
profissão, por isso trabalho em urgências, sou melhor aqui.
Depois de todo os
exames, soltou, fui eu que fiz tua amputação, tua perna tinha evaporado, do
joelho só estava um troço de osso destroçado.
Pensei que não
ias subsistir, te mandamos para a Alemanha imediatamente, pelo ataque tínhamos
tantos mortos feridos, que nem te vi partir.
Depois algumas
vezes soube de ti.
Ele ficou olhando
o médico, começou a rir, agora me lembro de ti, atrás do barracão de alimentos
fizemos sexo uma vez. O outro começou a
rir, é verdade, o sem vergonha do Mattei, mandou que eu tirasse o pau do cu
dele para por o teu que era maior.
Olhei para o teu, realmente era maior, depois encontrou um jeito de
estarmos os dois dentro dele. Era muito
louco aquele rapaz.
O mataram, fomos
juntos para a o Hospital na Alemanha, ele foi embora antes, mas eu fiquei, te ocupaste
da perna, mas quando cheguei lá uma parte de metal, tinha entrado nos rins,
tiveram que retirar um, além de cortarem meus ovos fora, fiquei impotente para
sempre.
Que merda, sinto
muito, mas agora se quiseres posso te encaminhar para um médico que serviu
também, ele me operou, pois tiver um problema também, esqueci que estava
ferido, passei a atender todo mundo, quando ao final quase morri.
Anos depois ele
me ajudou com um enxerto, consigo ficar excitado outra vez. Começou a rir, tu dizes fizemos sexo uma
vez, mas não é verdade, um dia estava de baixo astral, tu estava percorrendo o
acampamento, me viste sentado atrás do hospital, vieste falar comigo, ficamos
conversando, te deixei me penetrar, foi fantástico. Eu pensava, sou feio, baixinho, meio gordo,
como esse homem tão bonito pode querer fazer sexo comigo.
Era a única
maneira que me aliviava do stress, dos ruídos da guerra, das merdas todas que
via, não me importava, precisava descarregar.
Se te conto que fiz depois, coisas que não tenho orgulho, mas tampouco
vou ficar chorando por isso.
Viu os resultados
todos, estas bem, tens é que cuidar da alimentação. Vai te parecer uma proposta com duplo
sentido, mas se quiseres podes ficar na minha casa. Meus pais a deixaram para mim, as vezes alugo
para alguém que está fazendo práticas aqui, mas não misturo as estações,
aprendi que não estamos no campo de batalha.
Se espera, vou trocar de roupa te dou alta, te levo.
No caminho,
soltou, teu carro está com um ruído estranho, amanhã dou uma olhada para ti, naquele
dia fui atingido, pois passava minhas horas vagas na oficina da unidade de
motorizados, adoro fuçar os carros, coisa que fiz desde criança. Tentei ser dessa unidade, mas como era alto,
forte, me colocaram de polícia militar.
Era uma casa dessas
antigas, desceu do carro com dificuldade, terei que arrumar outra prótese, essa
está mal.
Amanhã, tiro a
referência, consigo uma mais moderna para ti.
Por que estas
fazendo tudo isso comigo?
Queres a verdade,
ou uma mentira, daquelas, tipo, temos que estar unidos pelo país.
A verdade, tenho
asco dessas história todas que nos faziam engolir.
Bom, naquele dia
que te conheci, me apaixonei por ti, por isso depois ficava como um louco atrás
de ti, mas estava sempre com o Mattei, ainda pensei em te contar que o vi
muitas vezes fazendo sexo, com dois ou três.
Mas pensei, não posso me meter nessa história.
Sim é verdade,
mas eu sabia disso, até entendia, ele estava como uma bala perdida, sem saber
aonde chegar. Me contou o porquê disso. Sempre tinha sido bonito, vivia em Venice
Beach, abusaram dele, desde que era garoto, não tinha coragem de contar ao seu
pai, pois esse era muito severo. O
conheci a anos atrás, um homem simpático, sofrendo porque o filho tinha sido
assassinado. Tentou de tudo com ele,
para livrá-lo das drogas, não conseguiu.
Mas como te
dizia, ele acabou se acostumando, gostando disso, quando começou a fazer surf
na praia, ao mesmo tempo exercícios nas barras, era capaz de passar horas num
ginásio fazendo exercícios, para o corpo ficar como era, ao mesmo tempo fazia
sexo três a quatro vezes por dia, estava sempre pronto, desde que o sujeito
fosse bruto com ele.
Por isso se metia
com o pessoal da pesada, adorava se meter numa briga, dava porrada em todo
mundo, os que sobravam, levava para trás de algum armazém para fazerem sexo no
meio das porradas. Uma vez dois soldados da polícia militar, lhe
desceram o cacete, depois quando o fui ver na cela, pediu para chupar meu pau,
com a boca ainda saindo sangue. Eu
acabava me excitando com isso, pois estávamos como se o mundo estivesse
acabando.
Ficaram no salão
conversando. Giorgio contou, que tudo
o tinha afetado também, não consigo ter um relacionamento, pois se não estou
cansado depois do trabalho, tento ficar acordado, pois sei que terei pesadelos,
que não consigo salvar algum companheiro, muito sangue sempre, acordo aos
urros, por isso tive que mandar
insonorizar meu quarto. Quando voltei
foi um inferno, pois ainda fui trabalhar num hospital militar, ver toda essa
gente com problemas, piorou muito.
Comecei a tomar drogas, para que nos momentos que estava sozinho a
cabeça não explodisse. Um dia disse
basta, fui para a outra ponta do pais, me internei voluntariamente, numa
clínica, fiquei lá pelo menos dois anos.
O melhor é que trabalhava também, mas fui fazendo terapia, foi lá que
fui operado também como te falei.
Creio que ao
poder voltar a poder fazer sexo, melhorou minha vida um pouco, mas necessito
desse stress da urgência para seguir vivendo, me chamam para trabalhar em outros
setores, mas não quero. Tampouco suporto
ficar muitos dias livres, se vou de viagem tenho que me ocupar muito, andar
tudo que posso para ter depois sono.
Preparou comida
para eles, sentaram-se para comer, em forma de agradecer, colocou sua mão sobre
a dele, viu que ficava nervoso. Não me provoque, faz muito tempo que não faço
sexo, isso seria uma maldade de sua parte.
Mas foram dormir
juntos, deixou que ele o penetrasse, se sentiu bem nisso, normalmente precisava
de vários lhe penetrando, por isso agora entendia o Mattei. Dormiram agarrados,
mas despertou quando viu que ele estava tendo um pesadelo, o acalmou.
Era uma boa
pessoa, se levantou, tinha visto na garagem ferramentas, quando Giorgio se
levantou, o encontrou lá arrumando o carro.
Pensei que tinha
ido embora?
Prometi arrumar
teu carro, tinha algumas peças sem lubrificar, bem como dois parafusos soltos.
Nunca olhas teu carro?
Era do meu pai. Eu me lembro que tinhas paixão por
motocicletas, não era assim, porque me contaste a respeito.
Como te sentiste
de noite?
Como não tenho
como ejacular, necessito de muito sexo, agora estou tentando controlar isso,
mas gostei, me relaxou.
Espera, vou falar
com o médico que te disse, para saber aonde esta no momento, ele está sempre em
movimento.
O escutou falando
muitos palavrões, rindo ao mesmo tempo, depois falando tranquilo com a pessoa
do outro lado, explicando o caso, ele tinha examinado seus exames, sabia do que
se tratava. Ok, anotou alguma coisa, mando ele te procurar.
Tome o endereço,
ele estará esse mês num hospital em Washington, depois irá para a Europa.
Tens dinheiro
para ir até lá?
Sim tenho um
pouco.
Passamos num
banco, eu tiro dinheiro para que possas pegar um voo.
Não, irei na
minha moto, eu a tenho sempre num guarda moveis, quando estou em alguma
cidade. Não se preocupe.
O deixou na
frente do guarda moveis que ele disse, apesar da quantidade de gente passando,
ficaram se beijando no carro. Uma pena
que não queiras ficar, eu poderia me apaixonar outra vez por ti. Pelo menos me entenderia.
Ele sabia que se
ficasse, tudo acabaria mal, melhor era sempre seguir seu caminho.
Foi até o armazém
que usava, trocou de roupa, colocou roupas negras, botas, tirou uma jaqueta de couro
de uma caixa, ali estava tudo que tinha, inclusive escondida uma caixa com
dinheiro, nem sempre tinha ganhado esse dinheiro honestamente, mas isso não
importava.
Amarou uma
bandana na cabeça para proteger sua cabeça raspada do capacete. Parou num posto de gasolina para encher o
tanque, saiu em rumo a Capital. Odiava
a cidade, mas se esse homem podia ajudar, ele gostaria de ver seu pau empinado
outra vez. Talvez se sentisse melhor.
Chegou de noite, pois
tinha parado várias vezes, para descansar. Levava os exames que o Giorgio tinha lhe dado
num envelope.
Ficou num motel
na entrada da cidade, falou por celular com o médico, se via que era judeu,
pelo sobrenome, André Coen.
Este perguntou em
que hotel ele estava, gostaria de conversar com ele essa mesma noite, eu durmo
pouco. Lhe deu a direção. Como entendia que era judeu, imaginou uma
pessoa baixa, peluda, nada mais longe da verdade, tinha sua altura, era magro,
pelo sim tinha, um belo bigode, uma cabeleira imensa, parecia um leão
enfurecido, quando falava, gesticulava muito, a cabeça parecia estar em eterno
movimento.
Viu todas os
exames, leu atentamente, lhe disse, sei que não é um hospital, tire a roupa,
deite-se perto do abajur. Examinou sua
ferida, lhe perguntando se doía em algum lugar.
Tenho que examinar se tens próstata, colocou uma luvas, tinha os dedos
largos de uma mão ossuda, perguntou o que ia sentindo. Vejo pela tua dilatação, que passaste a usar
o anus, para teres prazer, mas está muito dilatado, se te opero, posso reduzir
isso também, rindo soltou, desde que me deixe estrear, caiu numa gargalhada que
ele acompanhou.
Ele também ficou
rindo imaginando a cena.
Caralho é a
primeira vez que alguém, entende meu humor.
Me sacaneiam
muito pelo tipo de especialização que tenho, mas já consertei tanta gente, quando
comentam algo, digo, arrumei o piru do teu pai, mas aproveitei comi o cu dele
em pagamento, ficam furiosos comigo. Na
mesa do quarto tinha comida, o convidou para comer com ele.
Pelo que
examinei, pode ser que consiga, mas amanhã de manhã, tens que vir comigo a
clínica, vamos fazer o seguinte, eu tenho que operar dois senadores, colocarei
toda tua despesa nas contas deles. Não
te vai custar nada, como meus honorários são altos, nem vão perceber.
Deixou a moto na
garagem do hotel, as chaves como André, este perguntou se podia usá-la, pois
adorava andar de moto. Nessa noite
tinha dormido na mesma cama que ele, viu que ele também tinha pesadelos, se
encostou nele quando começou a resmungar.
Ele se virou o abraçou, tinham dormido a noite inteira assim. O contato era super agradável.
Na clínica, falou
com a chefe das enfermeiras, que ao parecer lhe conhecia, está mandou fazer uma
bateria de provas com ele, desde exame de sangue, tudo o necessário para uma
operação, como era particular, tudo ia rápido.
As seis horas da tarde o André apareceu, fiquei com vontade de cortar o
escroto do senador, o sujeito filho da puta.
Vamos agora
começar a primeira operação, não te preocupes, tudo correra bem, como estavam
sozinhos, veio até ele, não te agradeci, o fato de ter-me acalmado esta noite,
as vezes os vizinhos de quarto reclamam dos meus gritos. Lhe deu um beijo demorado na boca.
Em seguida,
quando ia falar alguma coisa, entraram dois enfermeiros, o levaram. Ia dizer a ele, que gostava de seus beijos.
Depois mergulho
na escuridão total.
Era a primeira
vez que sonhava com sua juventude, no Texas, eram uma família imensas, tinha
pelo menos mais quatro irmãos, seu pai dizia, pelo menos nessa família não
temos mulheres, pois sua irmã, só tinha filha mulheres.
Viviam na
fazenda, mas ele os obrigava a ir à escola, tinha que descer um caminho, até a
estrada para pegar o ônibus. Seu irmão mais velho era brilhante na escola,
ele na verdade só gostava de aulas de história, geografia. Imaginava-se indo pelo mundo. No domingo, seu pai dizia era um dia santo,
não trabalhavam, os trazia a cidade para comer em algum italiano, depois se
estava passando algum filme de faroeste iam ao cinema, o velho adorava
isso. Ele também. Uma vez se escapou com um amigo, pelas
montanhas, nas férias, montados a cavalo, acamparam, de noite faziam
experiencias sexuais. Foi aí que
descobriu que gostava de homens. Era seu
melhor amigo. Os dois tinham as mesmas
paixões, mecânica, o pai deste tinha a melhor oficina da cidade. A única diferença era que ele queria ir pelo
mundo, o Bob não, ele sonhava em herdar a oficina do pai, seguir
trabalhando. Mas adoravam fazer sexo um
com o outro, lhe dizia ao ouvido o homem mais bonito da cidade gosta de mim. Não tinham barreiras um com o outro, faziam
de tudo.
Um dia no meio de
um filme, apareceu um vídeo chamando para o exército, venha conhecer o
mundo. Ele tinha acabado de fazer 18
anos. Tinha dois metros de altura,
loiro, olhos azuis, forte pelo trabalho no campo ou na oficina. Se alistou sem seu pai saber, seus dois
irmãos mais velhos estava na universidade, seu pai insistia que fosse também,
mas não tinha objetivos.
Foi para um forte
perto de Dallas, ali começou seu treinamento, um pouco chateado porque seu pai
ficou furioso com ele, ainda lhe soltou, prefiro que fiques, que continue
fazendo sexo com esse teu amigo, que vaias para o exército.
Mas era tarde, no
dia marcado compareceu, embarcou com outros rapazes da cidade no ônibus
militar. Se destacou logo, estava
acostumado a exercícios pesados, lutar com os irmãos, tudo lhe parecia fácil,
pediu para ir para a unidade motorizada, disse que tinha experiencia em
oficina, mas pelo seu porte o mandaram treinar com a Policia Militar, sob o
mando de um sargento, mais baixo que ele, forte como um touro, com ele aprendeu
tudo.
Estavam para ir
para sua primeira saída do pais. Fazia
um calor infernal no acampamento, resolveu tomar um banho, quando estava ali
embaixo d’água, apareceu o sargento, levava uma toalha na cintura.
Perguntou o que
estava fazendo ali?
Disse que tinha
muito calor, que não conseguia dormir, o homem tirou a toalha, tinha um corpo
perfeito, se aproximou dele, o provocando, fizeram sexo ali, disse ao seu
ouvido, já me masturbei muitas vezes pensando em ti. Era pelo menos uns 10 anos mais velho do
que ele.
O escolheu para
chefiar o grupo. Na véspera tinham dia
e noite livre na cidade, passaram esse tempo todo num motel, fazendo sexo. Este contou que era casado, que tinha
filhos, mas que estava louco por ele.
Quando embarcou,
ele lhe entregou uma lista de soldados conflitivos de outras unidades, fique de
olho neles, na lista constava o Mattei.
Ficou impressionado com sua beleza, mas viu que suas brincadeiras com os
companheiros, estava carregada de brutalidade, coisa que não gostava.
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Quando o surpreendeu com o Giorgio, ele estava de quatro, como o
outro por detrás, pedia baixinho gemendo, mais por favor. Quando o viu, o chamou, estava excitado,
abriu suas calças colocando seu piru na boca, lá pelas tantas, disse ao
Giorgio, tire o teu piru do meu cu, quero este que é maior. Depois mais tarde sem parar nem um minuto,
juntou os dois sentando em cima dos mesmo.
Estava alucinado. Pensou esse
garoto está drogado. Depois lhe pediu se
podia dormir numa cela, senão sairia em busca de mais.
Nos dias seguinte
tentou conversar com ele, mas quando estava sóbrio, queria estar com ele, mas
qualquer descuido, com alguma droga que conseguia não sabia a aonde, a coisa
ficava feia, pior ninguém se atrevia a fazer gozação com ele, porque descia
porrada.
Mas se apaixonou,
o tentava manter o mais tempo possível perto dele, quando estava perturbado,
pedia para dormir numa cela, assim se comportaria. Quando foram feridos, na Alemanha, acabaram
mandado para casa, pois simplesmente não se comportava, um dia o pegaram na
farmácia do hospital, roubando drogas.
Nunca mais o viu.
Ele ao voltar
para casa foi outra merda, claro vinha perneta como dizia um sobrinho, seu pai
lhe fez serias acusações, tipo eu te avisei, se sentia vigiado 24 horas do dia,
de noite urrava de dor, ou nos pesadelos, o colocaram para dormir no celeiro.
Descobriu que seu
amigo levava a oficina mecânica do pai, quando o viu, o abraçou, mas não o
beijou. Logo lhe apresentou sua mulher,
seus dois filhos. Começou a trabalhar
para ele, dormia no fundo da oficina, até que uma vizinha reclamou dos gritos.
Um dia o amigo
apareceu, ele estava dormindo, no meio de um pesadelo, começou a gritar, o
outro lhe abraçou, acabaram fazendo sexo.
Por duas vezes foi assim. Mas chegou um dia, lhe disse que tinha que ir
embora, gostava da sua mulher e dos filhos, com ele ali, não conseguiria,
comprou uma moto foi embora. Em San
Francisco se meteu em mil confusões, mas precisando de dinheiro, começou a
fazer vídeos de sado masoquismo, drogas.
Até que foi preso.
Guardou a moto
num armazém, foi fazer reabilitação, a primeira de muitas, mas sempre voltava a
recair. Basicamente de moto rodou o
pais.
Foi a Venice
Beach, já sabia pelos conhecidos que Mattei estava morto, mas queria deixar o
que estava com ele, com a família. Lá
conheceu o rapaz que trabalhava com seu pai, ficou alucinado por ele, mas no
sexo, viu que seria impossível se controlar ali. No dia seguinte foi embora, tentou de novo se
controlar, mas sempre resvalava na tentação de dinheiro fácil, como não sentia
já nada sequer nas penetrações, as coisas foram ficando mais duras.
Despertou num
quarto branco, com o André olhando sua cara, tomando a pressão. Estava falando enquanto dormia, quem é
Mattei.
Uma larga
história, talvez o homem que me fez cair nesse buraco, mas o amava.
Bom agora ficaras
em observação uns quantos dias, depois volto a te operar, vais urinar sangue,
mas não te preocupe. Eu esta noite
dormirei aqui contigo, assim tento controlar teus pesadelos.
Ficaram foi
conversando a noite inteira, quando chegou de manhã estava morto de sono,
queria tomar banho, não que o lavassem.
Dois enfermeiros, o colocaram de pé embaixo do chuveiro, ia passar a mão
neles, mas se controlou, queria respeitar o André, o fato de o estar ajudando.
De tarde apareceu
outro médico, o examinou junto com o André, lhe perguntou se aguentaria outra
operação, ia operar seu reto, bem como o anus. Teria que ficar de lado na cama.
Escutou o médico
falando, não sabe quantos casos já vi assim, as pessoas voltam da guerra
destruídas, não tem medidas para encontrar uma escapatória no prazer.
Despertou de
madrugada com o André dormindo segurando sua mão, ficou rindo, ele era até
bonito assim dormindo, pela primeira vez em muitos anos fez um gesto de carinho
em alguém, só escutou sua voz rouca dizer, continue.
Agora era
aguentar um sem fim de exames, curativos, uma rotina que tomava todo o dia,
comer só coisas liquidas. Até que se
sentiu melhor. Uma enfermeira sempre
vinha lhe perguntar se queria morfina.
Desde o primeiro dia lhe disse, se tomo uma gota, caio de novo no vicio
de drogas, tenho que aguentar.
Todas as noites
André vinha dormir ali, tinha mandado colocar uma cama perto da sua, segurava
sua mão, quando ele começava a se agitar, a apertava.
Finalmente 10
dias depois, agora vamos para o final, o abriu outra vez, colocando um enxerto,
quando ficares excitado, que vai depender de tua cabeça, o membro ficara duro,
poderás ter relação sexual, embora não tenha esperma, pode ser que teu corpo
volte a fabricar como um liquido no lugar disso.
A recuperação foi
mais dolorosa que as outras, esteve tentado a tomar morfina, mas aguentou.
André o levou
para o hotel, dormiram juntos outra vez, este o começou a provocar, mas nada, o
deixou dormir, de madrugada o excitou, ele ficou como louco, sentia seu sexo
outra vez duro, queria gritar. André,
começou a lhe masturbar, perguntando o que sentia. Não podes ainda penetrar ninguém, pois pode
abrir os pontos internos. Fazia muito
anos que não tinha prazer, se agarrou a ele para dormir.
Lhe avisou que
iria para a Alemanha, trabalhar um tempo no hospital militar, se ele queria ir
junto?
Vou fazer o que
lá? Ficarei chateado, logo me meterei
em confusão.
Nas suas viagens,
tinha ido até o Oregon, resolveu voltar, atravessando todo o pais, quando fez o
último exame, lhe deram ok. O médico
que substituía o André, quando soube que ia de moto, lhe disse, que o melhor
seria que fosse devagar. Isso não era
com ele, entregou a moto numa transportadora, foi de avião, assim quando esta
chegasse ele já teria encontrado uma casa, um emprego.
O conseguiu
fácil, agora, usava sempre a cabeça raspada, pois tinha os cabelos brancos, a
bandana tinha virado um elemento de seu corpo.
A moto chegou, ia ao trabalho com ela, as vezes ia a praia, embora a
agua fosse fria. Ia todos os dias a uma
piscina climatizada nadar, foi recuperando sua figura. Mas não se interessava por ninguém, fazia
exames periódicos com um médico que lhe tinham recomendado.
André as vezes o
chamava, para saber como estava, me acostumei tanto contigo, que as vezes sonho
que estou conversando. Já fizeste sexo
com alguém.
Não André,
prometi ao meu médico que ele seria o primeiro. Ele se matava de rir, agora ia para a
França, fazer um curso num hospital.
Não posso parar dizia, me deprimo.
Ele ao contrário,
estava levando uma vida normal. Tinha
menos pesadelos, estava sempre ocupado, quando caia na cama dormia como um
bebê.
Ia agora, as secções
de terapia de grupo de excombatente, escutavas seus casos, bem como ele os
seus. Fez camaradagem com alguns,
outros se insinuaram para ele, mas ficou quieto.
Um dia apareceu
um homem forte na oficina, para arrumar sua moto, já tinham feito sexo em San
Francisco. O homem o convidou para
jantar. Conversaram, este comentou o
que tinha feito, ganhei dinheiro fazendo sacanagens, agora tenho umas terras
aonde crio cavalos, desenhou como se ia até lá, se um dia queres vá até la.
O provocou, mas
só de se lembrar das loucuras que tinha feito com esse, nessa noite teve
pesadelos. Sabia que não podia ceder à
tentação.
Uma ano depois,
até ria, levava uma vida de casto, dizia brincando ao André que pensava entrar
para um mosteiro, se masturbava quando sentia desejo, algumas vezes pensando
nele.
André disse que
estaria em San Francisco, por uns três meses, ficarei trabalhando num hospital
da marinha, venha ver-me, gostaria de estar contigo.
Pediu demissão do
emprego, o dono tinha justo um irmão com outra oficina de motos em San
Francisco. Alugou um apartamento
pequeno, quando André chegou, o apertou, vejo que estas ótimo, perdeste aquele
jeito de derrotado, pela tua cara, vejo que tens paz.
Lhe contou como
tinha feito esse tempo, do sujeito que tinha aparecido, consegui me conter para
não cair na mesma esparrela.
Nessa noite, os
dois fizeram sexo, com ele era diferente, tinham o mesmo tamanho, se encaixava
a perfeição, André pediu que o penetrasse, queria saber como ele se sentia,
ficou como louco, uau, mostrou depois, a ele como que um liquido saído do
pênis, como se fosse um esperma. Isso é
teu corpo reagindo. Nesse tempo
trabalharia menos, quando chegava em casa os dois jantavam, conversavam como
tinha ido o dia. Era o que tinha
sonhado com seu amigo de infância. Ter
um relacionamento a sério. Tinha poucos
pesadelos, tanto um como o outro.
Chegou à prova
dos nove, André disse que tinha possibilidade de ficar ali trabalhando, estou
cansado de estar de um lado para o outro.
Gostaria de estar contigo para sempre, aprendi a te amar.
Num primeiro
momento, seu instinto dizia que devia ir embora dali imediatamente. Mas passou dois dias tristes, mas claro dessa
vez, comentando tudo que pensava, os seus medos, a cidade cheia de tentações,
Acabaram indo
para uma cidade pequena, André podia seguir operando. Vivia pela primeira vez um relacionamento, as
vezes olhava pais com filhos, sentia vontade disso ser pai. Mas depois pensava no seu passado, era como
empurrar a ideia para o fundo da sua cabeça afinal não tinha mais idade para
isso.
Um dia na
oficina, um rapaz que vivia ao lado, se aproximou, lhe mostrando um celular,
aonde ele era penetrado por vários homens.
Lhe disse na cara que queria fazer isso com ele, que tinham um membro
que não se cansava. Olhou para o rapaz,
lhe deu dez minutos para sair dali, antes que quebrasse sua cara. Bom posso mostrar isso para todo mundo. Justo nesse momento, um cliente que era da
polícia, estacionou o carro, segurou o rapaz, chamou o outro, lhe disse o que
acontecia, estava sendo ameaçado. Este levou
o outro para a delegacia.
O policial,
voltou, soltou que o entendia, mas que ele sempre fizesse isso, os erros do
passado servem para que os acossem. Não
se deixe vencer. Contou que tinha um
filho, que por ter matado um traficante, falaram para seu filho que ele era um
assassino. Mas eu lhe expliquei que
cuidar e proteger as pessoas era minha profissão.
Vinha sempre
falar com ele, apresentou seu filho, o garoto queria andar de moto, deu uma
volta com ele. Correu para o pai rindo, me sinto como se tivesse voado.
André tinha
ciúmes, dizia esse homem vai te roubar de mim.
Queria voltar para San Francisco ou NYC, pois sentia que a cidade era
pequena para ele, a relação dos dois também estava em campo morto. Já não era a mesma coisa. Acabou indo embora, ele resolveu ficar, o
dono da oficina, lhe ofereceu sociedade.
Um dia jantando
com o policial, esse disse que não tinha precisado ver o vídeo do garoto, o
conhecia, o tinha reconhecido desde que chegara na cidade. Fiquei te observando para saber que tipo de
pessoa eras. Meu filho te adora, um
final de semana venha passar conosco, vivia fora da cidade numa pequena sítio. Tinham inclusive cavalos.
Dormiu lá, de
noite Henry, o policial, veio ficar com ele, tiveram um sexo sensacional, ele
pensou agora que terminamos, ele se vai levantar ira para o outro quarto, nada
disso, se agarrou a ele, esperei isso muito tempo. Agora levavam anos assim, vivia ali no
campo, aonde tinha reencontrado seu amor pela terra, tinha uma horta, um filho
que adorava. Saiam os dois a cavalo,
quando Henry estava era melhor.
O garoto entendeu
o que se passava, agora tenho dois pais.
Nunca se preocuparam com o que as pessoas podiam falar, levavam a vida
deles, o resto para eles era resto.
Finalmente tinha
paz de espírito, era raro ter pesadelo.
Nunca mais viu o André, mas agradecia o ter curado de seus problemas.
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