Depois de anos se
submetendo, de silêncio, de aguentar o seu pai, porque era senador, os
pressionando, tudo estava preste a explodir.
Os dois irmãos,
não se viam a tempos, marcaram de se encontrar num pequeno hotel, perto da
universidade, não entendia por que tanto sigilo, mas aceitou.
Não se viam desde
a leitura do testamento de sua mãe, aonde cada um recebeu o fideicomisso que
ela tinha estipulado. Seu pai queria
vender a mansão familiar, foi quando descobriram que a mesma não pertencia a
ele, simplesmente tudo era dela. Eles
teriam direito a tudo quando fizessem 25 anos.
Claro o pai
queria meter a mão para mais uma campanha de senador, estava a anos no cargo
sem fazer merda nenhuma. Tanto que
depois disso perdeu para outro homem mais jovem.
Os dois tinham
horror ao velho, eram filhos relegados a segundo plano, desde a infância, o que
lhe importava era somente a política.
Nos primeiros anos em Washington sua mãe o acompanhou, os dois ficaram
com seus avôs. Mas de repente um dia
voltou, tinha descoberto que ele tinha amantes.
Para eles começou
uma etapa horrorosa, lidar com o alcoolismo dela. Anos mais tarde quando seus avôs morreram,
continuavam a viver na mesma casa, estudavam em colégios públicos, usavam o
nome da mãe, para não terem favoritismo, com relação ao pai. Este só aparecia quando estava de campanha,
para tê-los ao seu lado para fotos.
Marc, era mais
velho que ele dois anos, estava na universidade, quando teve que trancar
matricula, para ajudar a cuidar da mãe, quando pensaram que estava boa, teve
uma recaída, o pai só apareceu para o enterro, vestido todo de negro, cercado
de televisão, os puxou para perto deles, pela primeira vez se negaram a posar
com ele, que deu uma entrevista, com lagrimas nos olhos. Logo em seguida foi a leitura do
testamento.
Quando saíram do
lugar, os jornalista os cercaram, Marc, com os braços em cima do irmão Jerry,
falou claramente, meu pai não tem direito a nada, foi um mal pai, mal esposo,
um bom filho da puta, nunca fez nada por ninguém, não votem nele.
Este ficou uma
fera, os queria fora da mansão, mas eles chamaram o advogado de sua mãe, que
veio acompanhado do xerife, o canal de televisão filmou ele sendo levado para
fora da casa.
Jerry agora ia
para a universidade, a casa ficaria fechada.
Marc, desapareceu
no dia seguinte, durante dois anos, recebia alguma chamada, quando lhe
perguntava aonde estava, ele nunca respondia.
Mas sempre dizia,
eu te amo meu irmão.
Ele estava na
universidade, por causa do pai, estava estudando direito, vivia numa casa que
pertencia geração após geração, a uma irmandade. Ele odiava isso, com seu dinheiro próprio,
alugou um pequeno apartamento, em cima de um restaurante, aonde trabalhava nos
finais de semana de garçon.
Jogava basquete
com os amigos, quando recebeu a chamada do Marc.
Foi até o hotel,
lhe disseram o número do apartamento.
Levou um susto, quando abriram a porta, primeiro pensou que era alguma
namorada do Marc, até que falou, então viu que era ele. Este o puxou para
dentro. Mal podia mover-se com o susto,
pensou esse agora é travesti.
Marc o fez
sentar-se, numa poltrona. Sentou-se na frente dele, sinto muito que tenha que
ser assim, mas era uma coisa que tinha que fazer.
Imagina o Marc
tinha 1,90 metro de altura, forte, quadris estreito. Agora tinha peitos, não exagerados, um pouco
mais de quadril, o resto era igual, estava sim bem maquilado.
Pensou primeiro
que era uma brincadeira.
Sempre me senti
uma mulher num corpo de homem, mamãe, foi a única que entendeu, antes de morrer
me disse realize teus sonhos, não deixe ninguém interferir. Sabia que papai, era capaz de me internar num
hospício para que não fizesse isso.
Tudo é meu, os
cabelos, não coloquei nenhum silicone, é um processo longo, foram necessário
dois anos para fazer tudo.
Ele continuava
não acreditando.
Marc entendeu,
abriu a blusa lhe mostrou os seios, fez com que a saia caísse, para ele ver que
tinha agora outra coisa no meio das pernas.
Pelo susto
começou a chorar, porque não me disseste nada.
Porque podias
comentar com papai, ele me impediria.
Como apareces
agora, crês que vou aceitar tudo isso, assim goela abaixo.
Não, sei que
necessitaras de tempo para querer-me outra vez, mas continuo sendo teu irmão.
Eu sei, na mesa, tinha
uma garrafa de whisky, com dois copos, um balde de gelo, serviu um ao
Jerry. Ele o tomou de um gole só, fez
cara feia, pois não estava acostumado a beber.
Foram dois anos,
te procurando, sem saber notícias, a não ser quando chamavas, sabia que era de
alguma cabine, pois era impossível localizar.
Passei toda minha
vida, com essa incógnita Jerry, como ia solucionar isso, meus anseios eram de
uma mulher. Não imaginas como é o
processo de conversão, é duro, doloroso, solitário, o fiz somente com a ajuda
de uma associação em San Francisco.
Eu com todo esse
tamanho, ficou mais complicado. Mas
superei tudo, o pior é o depois, as dúvidas, se fiz certo ou errado.
Porque estas aqui
hoje.
Vim com a
associação, participar de uma palestra na universidade, a convite de um grupo
LGBT.
Eu se fosse tu
não iria, pois as irmandades estão pensando em atacar.
Temos proteção da
policia do campus, bem como do FBI.
Não vais me dar
um abraço pelo menos?
Jerry se
levantou, se aproximou do irmão, chorando, me senti muito só sem ti, papai me
dando na cabeça para saber aonde estavas, para vendermos a casa, lhe emprestar
dinheiro para sua próxima campanha.
Quer ser senador outra vez.
Tanto fez que
conseguiu que um juiz amigo seu, autorizasse entrar na casa, agora vive
lá. Eu num pequeno apartamento fora da
universidade.
Vive me dizendo
que se você morreu, eu tem direito a tua parte, continua um filho da puta.
Ficaram ali em pé
abraçados, era estranho, mas o cheiro do irmão era o mesmo.
Não sabes como
sonhei em te encontrar outra vez.
Quando é a
palestra?
Hoje à noite.
Sugiro que diga
aos organizadores, que uma turba de violentos, planeja atacar vocês.
Como te chamas
agora?
Continuo sendo
Marc, ainda não troquei de nome.
Passaram o resto
do dia junto, Jerry contando sua vida de solitário.
Nem sei por que
faço esse curso, odeio tudo isso, queria fazer outra coisa, belas artes, mas
não estavas aqui para me defender, como sempre fizeste.
Talvez tenhamos
feito errado, te protegendo de tudo, da bebida de mamãe, do filho da puta do
nosso pai.
Pediram comida, ficaram
ali na varanda, conversando.
Jerry em
determinado momento, soltou, ficas bonito como mulher, até eu me apaixonaria.
Ainda não posso
fazer sexo. Na verdade os médicos se espantavam, de alguém que era virgem fazer
essa transformação.
A única pessoa
nesse tempo todo que amei sempre, foi o Brandon, lembra-se dele, era meu
companheiro na universidade, papai quando descobriu que eu compartilhava um
quarto com um rapaz negro, fez tudo para que eu ficasse sozinho. Era apaixonado por ele. Mas tudo que sei dele, foi que entrou para o
FBI, como saída para sua vida.
Nesse meio tempo
o chefe de segurança do campus, discutia com os organizadores, não tinham
homens suficiente para defender esses viados, como ele dizia. São como uma praga, não deviam estar aqui.
Mas os
organizadores, um deles tinha um parente no FBI local, tinha pedido ajuda.
Em qualquer caso,
acionariam a policia de fora do campus.
Ficaram juntos,
até a hora de ir para o auditório, Marc seria a segunda pessoa a falar, tinha
feito palestra em outros lugares. Mas nunca num auditório.
Quando chegaram a
multidão era grande, o auditório, ficou lotado.
Ele se foi sentar
na parte de cima, aonde estava uma pessoa, com um sistema de vídeo, iriam
gravar tudo.
A primeira pessoa
a falar, foi um homem, simpático, tinha sido mulher, falou de todo seu
processo, as complicações derivadas, como sempre falou do depois, que também
não era fácil, todos seguimos sendo atendidos por psicólogos, para ir superando
as barreiras.
Quando Marc
começou a falar, era impressionante, era uma mulher interessante, falou de seus
anos de criança, das dúvidas, primeiro por falta de informação, pensei que era
simplesmente gay, mas não era assim, eu queria vestir-me de cor de rosa, como
as outras garotas, na etapa da universidade, a coisa ficou pior. Mas tive que trancar a matricula, para
atender minha mãe, que estava morrendo de câncer. Foi com ela que falei, durante meses,
falávamos no assunto, ela sempre me dizia que eu tinha que realizar meus
sonhos, que os outro no interessavam.
Que vivíamos cercado de pessoas egoísta, de uma falsa moral, quando
todos faziam de tudo por baixo da mesa. Quando ela, morreu, voltei a estudar, mas fui
para muito longe, para poder dar inicio ao processo da transformação. Dizem que é como sair de um casulo, só que
meu casulo era grande demais, quando me viam numa sala de espera do psicólogo,
me olhava, como dizendo como esse vai usar um salto agulha, com todo esse
tamanho de pés.
Nunca me importei
com isso, nem com quem acabaria fazendo sexo, quando se faz esse processo, não
estás pensando nisso, alguns talvez, mas queres é sair desse maldito casulo que
te prende, faz sofrer.
Nesse instante como uma explosão, as porta se
abriram de par em par, entrando um grupo imensos de homens com armas
improvisadas na mão.
Ele ficou em pé,
tinha que descer para proteger o Marc, mas a porta estava fechada por fora,
para proteger o pessoal do vídeo. Ele
olhou, não teve conversa, se jogou se pendurando no lustre caindo justo em cima
dos dois homens que estavam lutando com o Marc, eles não esperavam que aquela
mulher grande soubesse se defender.
O foi ajudando,
ao mesmo tempo reconhecendo gente que estudava com ele, normalmente eram maus
alunos, filhinhos de papai, que estava ali, para beber, fazer sexo, fumar
marijuana, levar uma boa vida.
A porrada estava
comendo solta, os policiais do campus desapareceram, tinha ordens do chefe que
não deviam entrar em confronto, só ficou um, mais dois tipos, um negro alto,
outro um que parecia japonês. Os de
fora, imaginavam que os que assistiam iam soltar gritinhos, sair correndo, mas
não era assim.
Viu um que estava
atrás de seu irmão com uma arma branca, gritou, as o barulho era imenso, nessas
altura Marc estava no chão com dois homens grandes lhe dando porradas, esse o
ia matar, jogou o tio que estava dando porradas, para fora do palco, foi
defender o irmão. Sentiu a navalha lhe
entrando na carne, que o fazia o reconheceu, seu maricon de merda, soltou, lhe
deu mais dois, como tinha caído, o mesmo o encheu de chutes, na cara, nas costelas,
foi ficando tudo negro. O único que viu
por último, foi o tal negro alto, jogando o mesmo pelo alto do palco, no chão
embaixo. Ao mesmo tempo que corria para
ajudar o Marc.
Depois ficou tudo
escuro, se lembrava de umas luzes, que pareciam um disco voador em cima de sua
cabeça, estou sendo abduzido, pensava.
Depois tornou a mergulhar na escuridão, procurando pelo Marc, justo
agora que o tinha encontrado, acontecia isso.
Quando despertou,
sentado numa cadeira de rodas, estava o negro alto, sorriu, sou Brandon, o
amigo de Marc.
Ele queria falar,
mas estava entubado, calma o médico já vem.
Olhou para a cama ao lado, viu que seu irmão estava como ele entubado.
Quando lhe
tiraram o tubo, perguntou como estava o Marc.
Em estado de coma
ainda, levou mais porradas que tu, teve um problema na cabeça, tiveram que
raspar aqueles cabelos maravilhosos.
Nisso, viu que
seu pai, entrava no quarto seguido da televisão, disse ao Brando, não permita
isso, ele quer fazer propaganda à custa de nós como sempre fez.
Entraram dois
homens do FBI, expulsando todo mundo.
O pai conseguiu
entrar, mas nem olhou a cama do Marc, ele disse ao Brandon, tire esse serpente
daqui, aonde toca vira merda, não é meu pai, sim um filho da puta.
Seu pai, quando
os do FBI entraram outra vez, para retira-lo, soltou o famoso “sabem quem sou”,
Jerry gritou, um bom filho da puta.
Viu que a
televisão estava gravando, olhou ao Brandon dizendo, esse não aprende nunca,
sempre nos usou. Viste que sequer olhou a cama do Marc.
Dois dias depois,
quando ele já estava sentado, Marc despertou.
Brandon dormia
numa cama ao seu lado, por se acaso ele desperta, estou aqui.
Tinha conversado
esses dias.
Eu o procurei
como um louco, estava no FBI, mas nunca o encontrei.
Ele usou o
sobrenome de nossa avó, assim nem eu o encontrei.
Era o único amigo
que tinha no campus, eu o adorava, me apaixonei, mas que futuro tem um negro
que se apaixona por um companheiro, nenhum.
Pelo que sei ele
também gostava de ti, me contou no dia que vi.
Me contou tudo, primeiro foi um choque, mas quando vi o que lhe faziam,
me atirei lá de cima. Não podia perder
meu irmão outra vez.
Te vi voando,
pensei, esse sujeito dever amar muito o Marc.
Não sabia que vocês eram irmãos.
Por que entraste
para o FBI?
Porque me pareceu
a solução mais logica, pelo menos ganharia experiencia.
Mas ver Marc
outra vez, primeiro pensei que era um travesti, mas depois quando começou a
falar da sua transformação, a saída do casulo.
Me lembrei de nossas largas conversas, ele sempre me dizia que se sentia
preso num casulo, que esse o arranhava, que era muito difícil pensar numa
saída. Eu lhe dizia que o acompanharia
nessa saída, pois era o único amigo que eu tinha. Mas quando a mãe de vocês morreu, ele
desapareceu.
Acabei o curso,
fui fazer a parte do treinamento, me saio bem, nem sei por que me mandaram para
cá.
Quantas pessoas
mais ficaram feridas?
Muitas, dos dois
lados, mas o melhor foi que como gravavam tudo, puderam prender o que os
esfaqueou.
O filho da puta,
é meu companheiro de classe, vive na farra, é filho de um deputado, com certeza
não lhe acontecera nada.
Está preso, pelo
que soube, dois dias seguidos abusaram dele, para ele saber que é viado.
Pelo que
levantaram a pouco tempo atrás atacou uma garota, porque não queria fazer sexo
com ele.
Agora chovem
denuncias contra todos eles. Não creio que o papai o consiga livrar, pois
atacou um agente do FBI, meu companheiro, que quase morreu.
Quando Marc
despertou, viu o Brandon perto dele, sorriu, os médicos tiraram os tubos,
perguntou quantos dias estava ali.
Quase uma semana.
Preciso tomar
meus remédios.
Não se preocupe,
uma pessoa da tua associação, nos passou, o estamos administrando por via
venosa. Seguimos todo seu
protocolo. Viu que eu estava na outra
cama, que te passou Jerry.
Nem falei nada,
quem comentou foi o Brando, esse rapaz, simplesmente voou do andar de cima,
através da aranha de iluminação para te defender no palco, o mesmo que te
atacou, atacou a ele, bem com a mim, feriu também meu amigo.
Este ainda está
em coma, pois tem uma ferida muito grave na cabeça, mas por sorte conseguimos
chamar o xerife, que entrou na universidade com toda a força policial.
Depois Jerry lhe
contou o de seu pai.
Marc, soltou,
filho da puta, não vai mudar nunca. Mas
desta vez, os dois vamos fuder com ele.
Já posso receber
toda nossa herança, ele vai se ver mal.
Agora as duas
camas estavam juntas, ficava segurando a mão do irmão. Não quero estar longe de
ti, se ser assim te faz feliz, a mim também.
Brandon, agora
passava uma parte do dia, no quarto do companheiro, tempos depois, se sentavam
os quatro nas cadeiras de rodas numa sala.
Viram uma
entrevista de seu pai, usando isso para fazer campanha, Brandon disse que
conhecia a repórter.
Diga a ela, que
venha aqui, que vamos acabar com esse filho da puta, telefonou para o advogado,
esse veio com uma conversa mole, Brandon chamou um conhecido seu que era
advogado, tinha estudado com eles.
Mandou recolher
tudo do outro advogado, bem como pedir uma ordem para expulsar seu pai da
mansão da sua mãe, bem como avaliar, colocar tudo a venda. Que tudo fosse para a conta dos dois.
Na entrevistas,
Marc, se maquilou bem, usou uma peruca que uma enfermeira lhe emprestou,
estavam os dois lado a lado, a policia tinha descoberto, quem estava por detrás
disso tudo, seu pai tinha incentivado, sem saber que era ele, para se apoiar
nos direitos dos homens brancos.
Não sabia que
quem fazia a palestra, era seu filho transexual.
A entrevista foi
uma bomba, de estar por cima nas pesquisas, foi para o último lugar, tentou
falar com eles, mas se negaram.
Dois dias depois
viram pela televisão, a policia o expulsando da casa, ele reclamando como
sempre.
Quando os dois
ficaram bem, Jerry disse que ia trancar matricula na universidade, iria com ele
para San Francisco, para estudar arte como queria. Agora os dois tinham posse do dinheiro de sua
mãe, bem como da venda da casa.
Descobriram que o
velho tinha vendido alguns quadros de valor, entraram com uma ação contra
ele. Mas desapareceu do mapa, por dever
dinheiro a muita gente.
Marc dizia que
merecia isso, pelo que tinha feito com sua mãe, bem como com eles.
Brandon, disse
que não queria perder contato.
Estiveram os dois
conversando muitas vezes sozinhos. Dizia
que tinha que se acostumar a isso, saber que o homem que ele amava, agora era
uma mulher, embora isso não importava muito. Por duas vezes, os pegou se
beijando.
Ele agora tinha
amizade com Mitsuo, o outro agente, lhe disse que tinha uma tia em San
Francisco professora da escola de belas artes, que ensinava sumi-e. Se despediu dizendo já nos veremos.
Pela primeira
vez, Jerry se sentia atraído por uma pessoa tão diferente, as conversas deles
era interessante, nada tinha a ver com seus companheiros de classe.
Marc lhe contou
que tinha mudado de curso também, que tinha deixado direito, acabei fazendo
psicologia, assim ajudo o pessoal. Trabalho
no consultório da associação.
Bem como atendo
numa parte da minha casa.
Podes ficar lá
comigo, uso o antigo escritório da mesma como consultório, no andar de cima tem
dois quartos, um montei pesando em ti.
No avião, quando
embarcaram, muita gente pensou que eram namorados, pois os dois iam sentados de
mãos dadas.
Jerry adorou a
casa, se instalou. Foi procurar a
professora, tia do Mitsuo, para lhe orientar, como agora era época de férias,
começou a fazer aulas particulares com ela.
Pelo menos ainda
não precisava de um studio. Podia
alugar, um espaço na casa ao lado que tinha uma extensão, ali tinha sido studio
do pai da senhora que vivia ali.
Os cabelos de
Marc, já estavam grandes outra vez.
Brandon tinha
aparecido duas vezes, estava trabalhando em Los Angeles.
Marc contou para
ele depois, o que tinha acontecido, depois de tanto tempo, pensei que tinha me
esquecido.
A primeira noite,
passamos os dois deitados lado a lado conversando, ele estranha que eu seja uma
mulher, mas da segunda vez, eu já posso fazer sexo, então fizemos, foi
fantástico.
Ele alucinou, bem
como eu. Lhe ensinei como devia fazer para me dar prazer.
Ele tinha
aproveitado para perguntar pelo seu amigo, diga a ele, que estou fazendo curso
com sua tia, que quando apareça por aqui, venha nos visitar.
Brandon tinha
conhecido o pessoal da associação, arrumou um emprego de advogado da mesma,
saiu do FBI, agora vivia com eles, Marc era feliz,
Aquela coisa se a
pessoa que adoras, é feliz, tu também é.
Já fazia aulas,
pintava bem, estava colocando para fora tudo o que tinha guardado dentro de si.
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