Agora que estava
livre de todos os problemas, se sentia perdido, tinha sido uma coisa atrás da
outra.
Quando seu pai
ficou enfermo, passava todo seu tempo livre com ele, inclusive as noites,
quando tinha seus pesadelos, ele estava ali para segurar sua mão. Nesta altura, John fez uma coisa que ele
nunca tinha imaginado, ou ele ou eu.
O relacionamento
deles, vinha desde o primeiro ano de universidade, tinha para mais de 13 anos,
já nada era o que parecia, mas não verbalizavam, quando este decidiu dormir no
outro quarto do apartamento, pensou, a coisa já foi para a merda.
Mas claro levavam
o antigo escritório de seu pai de arquitetura juntos, apesar de ser o sócio com
maior parte, tinha feito questão que ele tivesse uma participação, afinal,
viviam juntos.
Tudo tinha
acontecido no primeiro ano de universidade, uma festa que compareceram seus
pais, ele caro sabia que era filho adotivo, nunca tinham escondido isso dele,
mas os colegas resolveram fazer bullying com ele, John o defendeu, meteram
porradas nos outros, além de tudo eram companheiros de habitação.
Quando depois
chegou no quarto ele estava aborrecido, sempre tinha sido assim, quando o viam
com seus pais, logo faziam perguntas, ou mesmo zombavam dele. Mas pensou que na universidade a coisa fosse
diferente.
Claro seus pais
eram loiros, ambos eram descendentes de irlandeses, com olhos azuis, ele ao
contrário, era mais moreno, pele azeitonada, cabelos negros lisos, um olho
verde outro negro.
Sempre chamou
atenção desde pequeno, quando pela primeira vez que foi a escola, zombaram
dele, perguntou a sua mãe, ela esperou seu pai chegar em casa se sentaram com
ele, contaram que o tinha adotado numa cidadezinha no meio da ruta 66. Depois de 4 abortos, tinham resolvido sair de
férias para ela se relaxar, ao te encontramos, desde então te amamos como nosso
filho. Ele aceitou, realmente o amava acima
de tudo.
Ela quis troca-lo
de escola, mas ele disse que não agora já entendia por que falavam dele, deve
ser também porque sou bonito.
Isso era verdade,
era um garoto bonito, depois de jovem, ficou realmente um espetáculo, diziam as
garotas.
Nesse dia John
entrou no quarto, foi se sentar ao lado dele na cama, não se incomode, a mim
sempre me encheram o saco porque sabem que venho de uma família pobre, de pais
alcoólatras, sempre tive que dar um duro danado, para conseguir bolsas de
estudos. Mas vou em frente. Nisso
colocou a mão sobre a sua, quando viram estavam se beijando. Ele se levantou correndo, fechou a porta do
quarto, tirou sua roupa toda, em seguida a do Norman. Foi a primeira vez dele,
a partir daí o amava com loucura, teve coragem de enfrentar seus pais, sua mãe
não gostou muito, mas escutou seu pai lhe dizendo a vida é dele, ele é quem tem
que enfrentar tudo isso.
Quando sua mãe
ficou doente, um câncer difícil de curar, ele ajudava o pai, este resolveu
passar para eles seu escritório, não era nada importante, mas para começarem estava
bem, fizeram do mesmo um bom escritório, ficaram com certa fama na praça, principalmente
pelo famoso boca a boca. Tinha trabalho,
as vezes em demasia, mas aguentavam, nos últimos dois anos, pediam mais a ele
que ao John projetos, pois ele sempre tinha alguma ideia inovadora, mas ele
fazia questão de o arrastar para o mesmo.
Pensavam que
tinham superado tudo isso, mas nada, John ficou furibundo quando quis atender
um cliente, o mesmo soltou que queria falar era com o Norman, que o
esperaria. Nesse dia fez um escândalo
que ele tinha inveja, que sempre o deixava na sombra. Foi o dia que se mudou de quarto. Semanas depois ele passou a dormir na
casa do pai, para cuidar dele, o amava, tinha sido um pai generoso, tinha
cuidado dele desde pequeno, quando voltava do trabalho o levantava no alto, como
se ele fosse voar, o adorava.
Agora só se
encontravam no trabalho, cada dia John aparecia com olheiras, mas quando o via,
colocava um sorriso na cara, as vezes perguntava pelo seu pai, mas nenhum dia
foi vê-lo.
Tampouco apareceu
no seu enterro, colocou a casa em ordem, sem saber se vende-la ou não, andou a
casa inteira, em cada cômodo lembrava um dia de sua infância. Uns dias antes de perder a consciência,
contou para ele sua real história, agora tinha que pensar muito a respeito.
Fechou a casa,
foi para seu apartamento, mas nem sobra do John, ligou para o escritório, lhe
disseram que fazia semanas que não aparecia.
Viu um recado
estranho no seu celular, com tanta coisa não tinha se dado conta. Era de um hospital, avisando que ele estava
internado.
Quando chegou o
médico falou com ele, antes de mais nada, aconselho o senhor fazer um teste de
AIDS, pois seu companheiro está internado justamente por isso, foi encontrado
na rua desmaiado.
Explicou por que
não tinha aparecido antes, fez o teste, o médico o aconselho a fazer a cada mês. Só depois o deixaram ver o John, era uma
sombra do que tinha sido. Chegava a
estar feio, coisa que ele nunca tinha sido.
Parou na porta ficou olhando, estava com os olhos fechados, quando se
aproximou abriu os olhos, senti teu perfume, pensei em ficar com os olhos
fechados para aproveitar mais esse momento de paz, porque sei que agora vira a
tormenta, iras me condenar.
Ele se sentou,
não disse uma palavra, sabia quando o John começava, nunca parava, ele falaria
tudo sem que ele perguntasse nada. Mas
desta vez, ficou quieto, apenas buscou sua mão, com lagrimas nos olhos lhe
pediu perdão. Mas minha cabeça estourou,
quando escolheste cuidar de teu pai, só muito tempo depois entrei em mim,
sempre tive inveja de tua família, os meus, não os vejo desde que fui para a
Universidade, quando me procuraram escapei deles, queria com certeza dinheiro,
filhos da puta, fizeram da minha vida um inferno. Só faltaram me alugar para ganhar dinheiro.
Mas me aceitaste
como eu era, me apresentaste a tua família, como se eu fosse a coisa mais
importante.
O eras de verdade
a coisa mais importante da minha vida, mas quando te mudaste de quarto, senti
que te perdia, mas a escolha já tinha sido feita, eu sempre amei meu pai, me
cuidou, na verdade esse último ano, foi com uma revelação, me contou como tinha
me encontrado, como me adotaram, me deu toda a localização de aonde sai, quando
ficares bom, irei procurar esse lugar.
Vês, por isso te
abandonei, só pensas em ti, todos te querem, a mim não. Mesmos as aventuras que venho tendo acabam
fugindo de mim. Tenho relações com
outros homens, pelo menos a mais de cinco anos, por isso tiveram que fazer
exames em ti também, deixaste de me satisfazer.
Eu imaginei, pois
entre nós o fogo apagou.
Eu ao contrario
de ti, nunca deixei de te amar, inclusive pensei que ias me ajudar com meu pai,
a tua negativa me feriu mais que isso tudo.
Mas ficou ali,
com ele, até que um dia lhe pediu que o levasse para casa, no dia anterior,
pela impossibilidade, o fez assinar junto com ele a venda do escritório. Estavam afundando em dividas, precisava de
dinheiro para cuidar dele.
Assim o fez até
ele morrer, um ano e meio depois, o enterrou ao lado de seus pais, pediu
desculpas a eles, mas ele também foi importante na minha vida.
Só então parou
para analisar tudo, finalmente foi falar com o advogado, sobre o testamento do
pai, este lhe deixava a casa, que valia um bom dinheiro, bem como dinheiro no
banco, mas não imaginava que fosse tanto, tinham gastado muito dinheiro durante
sua doença. Vendeu seu apartamento, já
não seria capaz de viver ali. Mas antes
fez uma coisa, reformou a casa inteira dos pais, a modernizou, para poder viver
nela. Quando enfiou no banco o dinheiro
do apartamento, viu que tinha um bom pecúlio.
Mas ao mesmo
tempo estava indo ao psicólogo, tinha muita coisa em sua cabeça. A primeira tentativa de voltar a trabalhar,
mandou seu curriculum a uma empresa de arquitetura, era de um conhecido
seu. Lhe explicou por que não o
contratava, tinha deixado a sua a deriva, acredito que nenhuma empresa aqui,
que saiba do teu trabalho te contrate, sou honesto contigo. Acreditavam que ele
não era de confiança. Ele concordava, tampouco talvez contratasse
alguém assim. Mas tinha sido um decisão pensada, nunca ia imaginar que o John
entraria em crise ao mesmo tempo, drogas, sexo em saunas, em lugares públicos,
mais drogas, isso tinha acabado com ele.
Não entendia isso, pois ele sempre tinha condenado seus pais por isso,
pelas drogas, ao final, nem era o homem que ele tinha amado, conhecido de toda
a vida, lhe mostrou um lado que nunca tinha percebido dele.
Aceitou o que
disse o arquiteto, nunca mais mandou nenhum curriculum para ninguém.
Mas na solidão de
sua casa, analisou as conversas que tinha tido com o John, antes de fazer sexo
com ele, já tinha feito sexo com outros da escola. Ele nunca tinha desconfiado disso, muito
menos isso de estar saindo com outros a mais de quatro anos. Agora fazia exames mensais para saber se
tinha, graças a deus sempre davam negativo.
O médico mesmo
assim o aconselhou a sempre tomar cuidado, lhe oferecendo uma caixa de
preservativos.
Quando terminou,
de analisar tudo isso com o psicólogo, inclusive disse num dos primeiros dias,
que se sentia o coco do cavalo do bandido, pois pensava que se saia bem na
cama.
Quando começou a
conversar com este das conversas com seu pai, nos últimos dias, o descobrimento
de como tinha nascido, aonde, inclusive seu pai tinha marcado num mapa.
Eles tinham saído
para a famosa viagem, quando chegaram nesse tramo do caminho, resolveram dormir
no deserto, pois a noite estava lindíssima, com o céu cheio de estrelas, de
repente, escutaram um tiro, justo nesse momento viraram uma curva da estrada
deram com um homem armado, um já estava atirado no chão, segurava pelos cabelos
uma mulher, quando foi iluminado, atirou nela, duas vezes, depois
desapareceu. Eles tentaram chamar o
xerife mais próximo, tinham passado pela cidadezinha a uns vinte minutos. Desceram do motorhome, quando se aproximaram
viram que a mulher ainda estava viva, estendia os braços para um matorral,
apontava dizendo Norman, Norman, sem parar.
Quando tua mãe se aproximou, viu que tinhas acabado de nascer, ainda
tinhas o cordão umbilical sem dar o no, lhe disse que te levasse, que avisasse
o xerife, bem como pedisse uma ambulância, no lugar mais próximo.
Ela não voltou,
quem apareceu foi o xerife, com a ambulância, eu tinha a tua mãe em meus braços. Lhe contei a história, os da ambulância,
acreditavam que ela não aguentaria chegar ao hospital. Mas chegou. Foi operada, mas o parto, além de ter
perdido sangue, acreditavam que não aguentaria uma segunda operação, ela nos
viu, tua mãe contigo nos braços, o colocou nos dela. Nos perguntou se tínhamos filhos, tua mãe lhe
contou que por causa do último aborto, jamais teriam filhos. Ela pediu que chamasse o xerife, pediu que
preparasse um papel, para te dar em adoção, se o queríamos. Tua mãe já estava apaixonada por ti, eu
também, concordamos imediatamente, só não entendemos de momento porque te
chamava de Norman. Só depois o xerife
nos contou que ela era uma índia, o homem que estava com ela, não, era loiro,
tinha os olhos azuis. Pelos documentos dele
se chamava Norman Schochi, ela se chamava Pena Alva Smith, era de uma tribo que
estava a uns duzentos quilômetros dali.
Estavam fugindo
do marido desta. Quem deve ter matado o
Norman, deve ter sido ele.
Ela explicou ao
xerife que o dava em adoção, porque ele jamais seria aceito na tribo, por ser
um filho ilegítimo, com um homem branco.
Queria procurar
agora se tinha algum parente. Pediu ao
seu advogado se encontrava algum com o nome de Norman Schochi, disse que perto
de Sacramento, numa cidadezinha pequena tinha uma família que tinha perdido um
filho com esse nome.
Quanto a ela, era
difícil, teria que encontrar sua tribo.
Fez a mesma coisa
eu seus pais, comprou uma motorhome, pequena só para ele, fechou a casa, levou
dinheiro com ele, algum escondido, pôr debaixo do assento de motorista, era
difícil de achar.
Partiu, todo
mundo o desaconselhou, por ser inverno, até duas paradas seguinte, nevava,
nesses lugares ficou em motéis.
Na terceira
parada o tempo ainda estava frio, mas dava para aguentar, mesmo assim, num
motel desses de estrada, cheio de caminhões, parou para comer, numa das mesas
tinha um homem que não tirava os olhos dele, quando saiu, ficou parado pensando
se dormia no motel, ou no motorhome.
Quando foi
verificar, não tinham quartos livres, saiu bom o jeito é dormir na motorhome, o
homem lhe perguntou se não tinham mais quartos, lhe disse que não.
Sorriu um sorriso
desses de propaganda, se quiseres podes dormir comigo.
Achou graça,
disse por que não. Aproveitou tomou um bom banho quente, de repente o outro
entrou com ele no chuveiro, lhe perguntou podes me dar um banho. Assim fez, com muitos beijos, acabaram na
cama, foi como recuperar parte de sua vida, parada a muito tempo atrás, mas na
hora que lhe foi penetrar, perguntou se tinha camisinha, pois era necessárias.
Claro que ele
tinha, foi uma noite sensacional, fizeram sexo umas duas vezes, uma ele lhe
penetrou, na seguinte o outro fez o mesmo.
Tinha vontade de gritar de prazer, nunca tinha se sentido assim.
Caramba, adorei
fazer sexo contigo, disse o outro, estendeu a mão, Antonio Bolívar, disse que
vivia em Sacramento, sou uma mistura de irlandeses, com mexicano.
Contou que seus
pais adotivos eram descendentes de irlandeses. Mas que tinha descoberto
recentemente que seus pais verdadeiros, ela era índia, ele também descendente
de irlandeses.
Por isso estou
indo por aí, quero ir parando, no deserto, para ver se encontro o lugar que
meus pais me encontraram.
Se quiseres na
próxima cidade, deixarei o caminhão, depois pensava em tomar um ônibus para
voltar para casa. Na verdade não sou
caminhoneiro, sou engenheiro mecânico, os caminhões são de uma empresa, que dou
consultoria, esse é novo, queria saber como funcionava, adoro carros, os
reconstruo para vender.
Se me acompanhas
amanhã, vou contigo o resto do caminho, não quero te perder de vista.
Ele tampouco,
fazia tempo que não se sentia vivo, primeiro era muito fácil falar com o
Antonio, o dia quase amanhecia, dormiram agarrados um no outro. Despertaram rindo, este lhe disse, que imaginou
que ele se escaparia durante a noite.
Fizeram sexo
outra vez, depois tomaram banho juntos. Um segurou a cara do outro para dizer,
adorei te conhecer, vamos tomar café, te acompanho até a cidade, depois te dou
carona.
Antonio era uma excelente
companhia, iam conversando como se fossem velhos amigos, a hora que te
aborreça, me deixas numa cidade, vou embora.
Mas isso não
acontecia, além de que ele conhecia muito bem o lugar. Tinha contado sua história
para ele, bem porque tinha falado de usar camisinhas.
Ele também contou
sua vida, tinha sido criado por sua avô mexicana, pois os pais viviam
trabalhando, eu sem querer realizei o sonho dela, fui seu primeiro neto a ir
para a universidade. Lá conheci também meu primeiro namorado, mas acabou
rápido, ele que nunca tinha feito sexo antes, entrou em crise, dizendo que não
podia continuar, anos depois o encontrei numa festa que terminou em orgia, com
ele no meio. Sai dali sem entender nada,
depois falaram comigo, que ele fazia isso para se afastar das pessoas. Mas que eu tinha tido sorte, pois andava nas
drogas, nem tinha terminado a universidade.
Fico vendo isso,
sonhei em construir minha vida, vejo essas pessoas, indo em sentido contrário,
destruindo as suas com drogas, sem um sentido para as suas, as vezes comprovo
que são pessoas que tiveram uma vida fácil.
Eu podia alegar mil, coisas, pais ausentes, mas sempre tive a certeza de
que estavam era trabalhando como loucos, para colocar a mim e aos meus irmãos
para frente. O interessante é que só eu
gostava de estudar, os outros logo começaram a trabalhar, por conta própria, o
dono da empresa de transporte é meu irmão.
Se casou com uma mulher complicada, agora quase perde tudo por causa do
divórcio. Os outros já verás, formam
uma família unida, divertida, as festas em casa, são uma mistura de irlandeses,
com mexicanos, saia de baixo.
Na primeira
parada que fizeram o frio era patente, era deserto, mas tinha nevado, os dois
prepararam um fogueira, ficaram sentados ali, depois foram dormir, para eles
dormir era agarrado, o que não acontecia com o John, fazia sexo virava para o
lado, dormia, não queria que o tocassem. O sexo entre dos dois não tinha nada a ver com
isso. Ele que pensava que a viagem seria
pesada, ao contrário, estava divertida.
Seguiam o roteiro de seu pai, quando chegaram a cidadezinha, procuraram pela
delegacia, ele se identificou, o xerife não era mais o mesmo, estava
aposentado, conseguiram seu endereço foram a sua casa.
O homem fez uma
festa incrível. Imagina quando te peguei
nos braços, pensei, mais um para um orfanato, graças a deus o casal que te
atendeu, te adotou, tua mãe no hospital, achou melhor.
Ela sobreviveu
apesar de tudo, está agora na reserva aonde sempre viveu, o homem que matou teu
pai, bem como a feriu, está preso até hoje.
Lhe deu o
endereço, mas eu se fosse você avisava antes, pois nunca se sabe.
Lhe deu o número
da central do povoado indígena, pode até ser que com a modernidade, tenham
celulares, mas isso eu não sei.
Venham vamos
tentar aqui do meu telefone fixo. Ele
marcou o número se identificou, pediu para falar com Pena Alva, lhe deram um
número de celular, atendeu uma voz meio rouca, ele tapou o bocal, dizendo que
isso tinha acontecido depois da operação.
Ele se
identificou para ela, veja tenho aqui seu filho, ele gostaria de te
conhecer. Se fez um silencio imenso. Posso falar com ele.
Olá meu querido
Norman, se é que mantiveram teu nome.
Sim, minha mãe,
me criaram com todo amor e carinho, fui muito feliz com eles, já morreram, meu
pai me deu a localização, aonde tinham me encontrado, não sabia que estavas
viva.
Gostaria de
conhece-la, para mim seria muito importante.
Quero antes falar
com meu atual marido, bem como teus irmãos, tens 3 irmãos. Me dê o número de
teu celular. O fez com dificuldade, pois
chorava ao mesmo tempo.
Vou contigo,
disse o Antonio, assim pelo menos terás meu apoio.
Nessa noite,
dormiram exatamente aonde tinha sido encontrado, por indicação firme do velho
xerife. Ele desejou boa sorte.
Fizeram uma
fogueira, ele ficou imaginando a cena, seus pais não tinha visto o que estava
morto, portanto seu pai não sabia dizer como era.
Viram que ali,
não tinha cobertura, mas no dia seguinte conforme se moviam, entrou uma
mensagem, dizia que ele podia vir, que a maioria nem se lembrava mais da
história.
A chamou pelo
celular, disse que já estava a caminho, ia com um amigo, perguntou a idade dos
irmãos, o mais velho tinha 15, outro 13 e o pequeno 11, de que gostam.
Comprou na
primeira cidade grande, presentes para eles, para ela ele comprou um xale de
lã, muito bonita. Não sabia do marido,
por isso não comprou nada.
Dois dias depois,
outra vez com neve, entraram em terras indígenas, se dirigiu ao lugar como ela
tinha dito. Claro chegar com uma
Motorhome, numa comunidade fechada, chamava atenção, mas logo um garoto
parecido com ele, correu, se identificou como seu irmão, venha os levo até em
casa, eles estão no rancho, assim não chamam tanta atenção.
Deixou o Antonio
dirigindo, ficou falando, era como falar com ele mais jovem. Era um rapaz
bonito, lhe perguntou se estudava. Sim
mas aqui é muito limitado, gosto muito de música, mas não tenho aonde estudar.
Como chamas?
Jonas, nossa mãe
hoje é católica, quando nasci, me deu o nome de Jonas o da Baleia, pois tinha
uma barriga imensa.
Depois de mim vem
o Abe, que se parece muito com meu pai, vem de Abraham, o último, é o Caio,
pois quando nasceu ela estava lendo sobre os césares, lhe deu o nome de Caio
Julius, mas o chamamos de Caio, este esta como um louco para te conhecer, nossa
mãe contou tua história.
Ela se divorciou,
se casou com meu pai, que era amigo seu de infância, ele estava fora quando
tudo aconteceu.
Chegaram a um
rancho, na varanda de madeira, estava uma mulher com os cabelos imensos negros,
com um xale, como ele tinha comprado. Correu para ela, sentia as pernas bambas,
mas correu. Ela abriu os braços o abraçou, beijou todo seu rosto, meu filho Norman,
que bom te ver.
Nisso saíram da
casa um homem alto, com os cabelos largos também mais cheios de fios brancos, o
abraçou dizendo que fosse bem-vindo, logo foi cercado pelos meninos.
Esse tinham
muitas perguntas, mas deixaram a mãe fazer todas.
Entendeste por
que te dei a esse casal, infelizmente ia entrar em cirurgia, pensavam que não
viveria, não pedi o endereço deles.
Eles me educaram,
nunca esconderam que tinham me adotado, os adorei a vida inteira, foram uns
pais fantásticos, ela morreu primeiro, mas ele cuidei até que morreu, me contou
a verdadeira história do que aconteceu.
Meu pai, me deu
todo o roteiro de como chegar à cidade, perto da aonde tinha te encontrado, bem
como a mim.
Morreu nos meus
braços, contava isso com lagrimas nos olhos.
Tive outros problemas antes de sair para vir aqui, mas isso já não
importa.
Estudaste?
Sim sou
arquiteto, tinha uma empresa que herdei do meu pai, vendi tudo da minha
herança, só fiquei com a casa.
O homem trouxe
água para ele.
Depois te
contarei tudo disse ela. Deixou os
meninos fazerem uma série de perguntas, o pequeno o olhava com adoração, era
como ele em criança. Lhe disse isso, ele ria, vou ficar como vocês.
O segundo era
como o pai, serio.
Este conto que
tinha estado no exército, teu pai Norman era meu amigo, lhe pedi que passasse
por aqui, pois tinha sido ferido, voltava para sua casa, o marido de tua mãe,
levava anos desaparecido, então se apaixonaram, mas os parentes dele,
conseguiram avisa-lo, quando ele voltou, fugiram, por isso nasceste no meio do
deserto. Mas ele os alcançou, era uma pessoa má.
Sempre tinha nos perseguidos desde criança, era muito mais velho do
que nós, sempre falaram que estava fazendo tráfico de drogas para as reservas. Graças a deus tem prisão perpetua, não só por
isso, mas por uma série de mortes.
Agora ele
entendia tudo, porque ela o queria longe, tinha medo.
Em nenhum momento
soltou a mão dela.
Ela comentou que
para os meninos era difícil, não tinham muita opção de futuro, as escolas daqui
são precárias.
Se eu puder
ajudar, o farei mãe, afinal são meus irmãos.
Jonas queria
seguir viagem com eles, argumentou que não se preocupasse, ele voltaria, iria
agora em busca da família de seu pai.
Explicou que necessitava saber de aonde tinha saído, sempre precisamos
disso, ter o pé no chão, para poder seguir em frente.
Foram a vila mais
próxima, comprou uma guitarra que ele queria, pois a sua era velha demais, os
outros fizeram a festa, o pequeno, comprou livros que queria ler, já o Abe umas
botas novas, pois trabalhava com o pai no campo. Era muito diferente dos outros
dois, lhe disse, amo o campo os cavalos, se tivéssemos agora uma casal de
Mustang, ia fazer uma criação, foi com ele, seu pai as terras ali perto, um
índio velho lhes vendeu um garanhão, uma égua que ele mesmo escolheu, pela
primeira vez se soltou, abraçou o irmão, agradeceu muito, por realizar seu
sonho. Quando tiver o primeiro potro
será seu.
Então invista
nesse potro, para termos mais.
Tirou do dinheiro
que tinha guardado, deu um pouco para sua mãe, lhe disse que voltaria para
buscar o Jonas, para poder estudar música, se o Caio quisesse ir, tudo bem a
casa era grande.
Se despediram,
Antonio ia dirigindo, pois ele estava muito emocionado.
Esse encontro te
fez bem, ainda mais sabendo que agora tens esses garotos fantásticos, para
ajudar, os da minha família raros são os que se interessam em estudar, acho que
fui o único, meu irmão que tem a oficina mecânica, os meninos só pensam em
carros.
Seguiram, a
primeira noite como ainda fazia frio, ficaram num motel, isso de não podermos
fazer sexo, por estamos na casa dos outros, é um horror, estava morto de
vontade de sentir o teu cheiro.
Dormiram
agarrados, Norman despertou de madrugada, ficou pensando como faria, pois
quando chegasse a Sacramento, ele ficaria, era como se já não pudesse viver sem
ele.
No dia seguinte
comentou isso com Antonio.
Este segurou sua
cara entre suas mãos, na frente de todos da cafeteria, isso quer dizer que
estás apaixonado por mim?
Sim, pior que
muito, ontem perdi o sono, pensando como vou fazer sem ti.
Sempre se pode
encontrar um jeito para tudo. Agora no momento estás livre verdade, podes
refazer tua vida em qualquer lugar, quem sabe podes fazer isso em Sacramento.
Ficou pensando
nisso, realmente em NYC seria difícil conseguir um emprego, estava meio cansado
do que faziam. Algumas vezes ele acabava
de decorador, o que John não suportava, mas ele argumentava que era dinheiro em
caixa, seu pai também fazia isso.
Realmente, mas
teria que oficializar o relacionamento deles.
Quando falou isso em voz alta, o Antonio ficou as gargalhadas, imagina,
não viste a cara das pessoas que estavam na cafeteria do Motel, mais
oficializado impossível.
Foram ainda
parando, quando tinha cobertura, chamava para saber de sua mãe, dos meninos,
como estavam.
Ficaram chateados
quando foste embora, estão contentes contigo.
Disse que talvez
se mudasse para Sacramento, ainda ia pesquisar, tinha contado para ela, o que
tinha acontecido com seu escritório, lá terei mais dificuldade de encontrar um
emprego, em outro lugar nem tanto, mas vou ver, creio que os meninos podem vir
para ficar comigo.
Fico imaginando
uma casa grande com esses meninos dando vida, eu sempre me senti muito só, pois
não tinha irmãos, era interessante porque eu queria, mas os outros colegas
reclamavam disso.
Pararam em Las
Vegas, foram uma noite ao Casino, Antonio ganhou dinheiro na roleta, mas ele de
brincadeira como não entendia dos jogos, comprou uma fichas para brincar nas
maquinas, foi uma surpresa, ganhou o prêmio máximo que elas davam, que estava acumulado
a meses.
Era muito
dinheiro. Resolveu depositou no seu banco, antes de irem embora, já tenho um pé
de meia, para uma casa.
Quando chegaram
na casa da mãe do Antonio, ficou rindo, da explosão contagiosa que era a
recepção. Todos falavam ao mesmo tempo, ele tinha avisado antes, como era um
sábado, todos estavam lá para fazerem um churrasco. Todos eram parecidos com ele, mas sem dúvida
era o mais bonito. Ele os apresentou a
todos como seu namorado, ficou rindo da cara dele, pois ficou vermelho. Depois o escutou conversando com o irmão que
tinha oficina mecânica, que perguntou como tinham se conhecido. Contou que estava na lanchonete do Motel,
antes de entregar o caminhão, quando viu aquele homem bonito, com cara de
triste, me apaixonei, ele não conseguiu quarto, lhe ofereci para ficar comigo,
me olhou assustado, sorriu, concordou.
Contou para a mãe
do Antonio, dona Maria, que tinha reencontrado sua mãe verdadeira, que tinha 3
irmãos, que queria que viessem viver com ele, para poder seguirem estudando.
O irmão do Antonio,
José, disse que conhecia uma família que realmente tinha perdido um filho, que
tinha sido assassinado quando voltava para casa. Amanhã vamos até lá, eles vivem aqui perto.
Dona Maria quando
soube quem era, disse que era muito amiga da senhora, nos encontramos no
mercado, ficamos sempre conversando.
Tirou um celular velho do avental, chamou a senhora, perguntou como
chamava seu filho. Quando ela disse Norman,
ele ficou nervoso.
Tenho aqui seu
neto Norman, venha conhece-lo.
Apareceu uma
senhora de cabelos brancos, muito crespos apanhados num coque, ela quando o
viu, ficou parada rindo.
Disse que quando
mandaram o corpo do filho, diziam que tinha um filho, mas não aonde estava.
Ele contou sua
história, ela o abraçou, ficou chorando, venha conhecer teu avô, ele tem a
mobilidade reduzida, vive numa cadeira de rodas.
Ele tinha uma
foto do Norman que sua mãe tinha lhe dado, mostrou para ela.
No caminho ela
falou pelo celular com alguém, mas chegaram o levou para ver o velho, este
quando soube quem era, abriu os braços para ele, chorou muito, ela dizia que
ele ficasse calmo, trouxe uma pastilha para ele colocar embaixo da língua.
Ele se chamava
Peter, ela Louise Marie, me chame como quiser, aqui cada um me chama de uma
maneira. Em seguida a casa foi invadida
por um bando de homens de várias idades, diziam seu nome, o que o confundia
muito, pediu perdão, mas tinha sido um tempo de reencontro, era difícil guardar
tantos nomes.
O mais velho
deles, lhe deu um beijo na cabeça, sabia da história do meu irmão, pois ele me
telefonou, dizendo que vinha com a mulher pela qual tinha se apaixonado, que
ela estava gravida, já nos últimos meses, que era de ascendência índia.
O segurava pelos
ombros dizendo, como vieste parar aqui, falou do Antonio, que tinha vindo com
ele.
O olhou sério,
tens algo com ele?
Sim, por quê?
Chamou um dos
irmãos mais novos, Jim, olha com quem veio teu sobrinho, com o Antonio.
Jim, caiu na
gargalhada, fica tudo em família, eu fui apaixonado por ele, levei muito
cascudo, mas ele só pensava em fazer universidade, em motores, desde que era
jovem, nunca me deu atenção.
Espera, chamou um
rapaz, que era moreno, meu marido. A
família nos aceitou bem, temos dois filhos adotados.
Nessa noite
demoraria para dormir, quando Antonio veio busca-lo para comer, levou todo
mundo, assim não sobra comida, foi uma festa memorável, ele ficou a maior parte
do tempo, ali entre sua avó, o velho segurando sua mão.
Andrew, seu tio
mais velho, lhe perguntou o que fazia em NYC, mais ou menos lhe contou a
história. Agora não sei ainda o que vou
fazer, quero ter meus irmão pequenos, comigo, para estudarem, na reserva, não
tem muito futuro.
Eu, além do Jim,
trabalhamos na construção, temos uma empresa que faz reformas, nos viria bem um
arquiteto, temos prática, mas não formação.
Teu pai queria justamente fazer arquitetura, mas nunca fez, foi para o
exército para escapar da vida aqui, veja o que aconteceu.
Mas se ele não
tivesse feito isso, eu não teria meu neto.
Ela diz isso,
soltou o Andrew, pois sou o mais velho, o único que não tem família, que vive
com seus pais ainda. Me casei com a
mulher errada, depois nunca mais quis ninguém na minha vida, até tentei com um
sujeito, mas não deu certo, disse que sou muito bruto.
Riu com isso, ter
feito o que ele tinha feito, ainda era capaz de sentir suas mãos nos seus
ombros.
Preciso saber se
aqui tem uma escola de música para o mais velho o Jonas, comprei uma guitarra
para ele, mas toca de ouvido, quer muito estudar música.
Terei que vender
minha casa em NYC, o que não seria difícil, pois acabei de reformar, não quero
me separar do Antonio.
Jim trouxe para
perto deles, duas crianças, uma era negra, o menino também era mestiço, abraçaram
os avôs, deram beijos neles. Os estamos
educando bem não é Brown, que também era mestiço. O conheci numa obra, estava desiludido, um
dia ficamos conversando, enquanto esperávamos o material, vimos que gostávamos
das mesmas coisas, daí foi um pulo.
O velho, ria,
meus antepassados, devem se virar na tumba, segurou a mão da mulher, lembra-se
ficaram furiosos porque me casei contigo, sem consulta-los, agora temos uma
família imensa, eles que se fodam.
Caíram na gargalhada.
O Barrabás ou Bar
como o chamavam os irmãos, estava dando uma olhada na Motorhome, viu que ele
como o Antonio, abriam o motor da mesma, gritou de longe, mais um pouco estaria
na estrada, esse daqui não entende de carro, Antonio lhe deu um murro.
Andrew, perguntou
se era sua?
A comprei, contou
para ele a história dos pais, como o tinha encontrado, quis fazer uma homenagem
a eles, ao mesmo tempo me encontrar, saber das minhas origens.
Pobre de ti, com
essas duas famílias, iras a loucura. Mas
na verdade, aqui só vivemos eu, bem como Jim com o Brown, os outros vivem aqui
nas cidades perto. As vezes passamos
meses sem nos vermos, mas claro imagina Natal, outras festas, é todo mundo
junto.
Mais tarde chamou
a mãe, iriam dormir a última noite na Motorhome, pois no dia seguinte iria para
a oficina para consertar.
Sua mãe falou que
seu marido tinha tido um enfarte no campo, ainda não sabemos o que vai dar.
Queres que vá
para aí?
Precisa de alguma
coisa?
Não meu filho,
com o dinheiro que deixaste, tudo bem.
No dia seguinte
foi olhar uma casa, não sabia por que, tinha ido com seu tio, Andrew, tenho um
pressentimento que terei que ter uma casa que possa ter um campo atrás, creio
que o Abe, não vai querer se desprender dos cavalos que lhe comprei.
Venha comigo, eu
estive para comprar, para viver lá, mas não posso deixar os velhos, quem
ajudaria a velha a colocá-lo na cama.
Chamou o Antonio,
para ir junto, afinal a vida deles estava ligada. Este ficou apaixonado pelo local, aqui
viviam disse o nome de uma família, o filho era nosso companheiro de escola,
pergunte ao Jim, o idiota entrou para o exército, por não gostar daqui, morreu
no primeiro combate. A família, quer
vender por isso.
Era uma casa
antiga de madeira, por fora precisava de obras, mas por dentro estava perfeita,
tinha pelo menos cinco quartos, além de três banheiros.
A cozinha era
imensa, o salão era para uma família grande.
As pessoas achavam estranho, só viverem aqui os três. O homem deixou uns cavalos, que cuida um
antigo empregado, o chamou, José, veio um senhor mexicano, com idade
indefinida, meu sobrinho, tem um irmão que tem cavalos.
Ele logo fez uma
série de perguntas, que raça eram.
Mustang, sua
paixão.
Venha, o levou
para o celeiro, aonde estavam, eram lindos, tirou fotos dele para mandar para o
Abe.
Antonio, ria, mas
sei que nosso amigo ia a escola, pois aqui na estrada passa ônibus escolar, bem
como um circular para a cidade.
Ele gostou de uma
sala ao lado do salão, que parecia um escritório, perfeito para mim.
Perguntou o
preço. O velho não sabia, mas Andrew,
disse que o da imobiliária estava vindo para aonde estavam.
Nesse meio tempo,
ligou para o banco perguntou quanto poderia dispor do dinheiro que estava
aplicado. Queria comprar uma casa em Sacramento, se ali tinha uma agência. O homem lhe deu a informação, vou falar com o
gerente daí, depois se for o caso transferes a conta para aí.
Era seu amigo,
tinha feito uma boa reforma na sua casa, bem como decorada a mesma.
Antonio o chamou
de lado, para dizer que se vamos viver aqui, tenho que entrar com uma parte,
tenho dinheiro dos carros que recupero, ainda não viste nenhum, vais
gostar. Guardo sempre o dinheiro ganho,
tiro só uma parte para comprar outro velho.
O da imobiliária
disse que com os móveis era um preço, mas que podia se negociar, era um valor
diferente claro de NYC, dava e sobrava seu dinheiro, riu disse ao ouvido do
Antonio, era o dinheiro que tinha ganho em Las Vegas, perfeito.
Hoje vou
conversar com minha família, depois falo com o senhor.
Este lhe deu um
número de celular. Perguntou se queria
que o reservasse para ele.
Telefonou para
sua mãe, mas quem se colocou no celular foi o Jonas, disse que o pai tinha
falecido. Perguntou se ele sabia qual
era a cidade mais perto, que tinha aeroporto.
Ok, vou para aí,
o Antonio fazia sinal que ia junto.
De lá podemos
alugar um furgão, para irmos, ele ligou para o homem dizendo que ficavam com a
casa.
Tenho que me
acostumar agora a falar em plural, pois não estou sozinho.
Pegou alguma
roupa, o Andrew os levou ao aeroporto, qualquer coisa, me avisa, que vamos com
outro furgão.
Apesar de não
gostar muito dos moveis que estavam na casa, depois dariam um jeito.
Se despediram de
todos, antes de partir.
Da cidade, que
chegaram ficava a uma hora da reserva, chegaram justo na hora do enterro, sua
mãe se agarrou a ele, bem como os meninos.
Os outros índios o olhavam sem entender.
Ela lhe disse ao
ouvido, não diga quem eres.
Depois foram para
casa no campo. Mostrou para o Abe a
foto dos dois cavalos que estavam no celeiro.
Só escutou Uau, imagino cruzar os Mustang, com essas duas éguas.
Como sabe que são
éguas, ele riu, mano, tu não passa de um índio de cidade.
Tinha tirado
fotos da casa, começou a explicar, não fica dentro da cidade, mas tem ônibus
escolar na frente, além de um que vai para a cidade. Jonas tem uma escola de música especial para
ti. Tu pequeno Caio, já veremos o que fazemos contigo.
Precisamos de um
reboque para levar os cavalos, a senhora tem muita coisa para levar, ela disse
que de qualquer maneira teriam que sair de lá, essas terras pertenciam a
família do marido, já a tinham pedido de volta, nem esperam o defunto esfriar.
Preparem as
coisas, Abe, podes conseguir um desses trailer de levar cavalos, não sei como
se chama isso.
Ele foi com o
Antonio, falar com alguém, ia tirar dinheiro da carteira, mas ele disse que
tinha dinheiro, se fosse caro, usava um visa.
Mas foi barato,
era velho, mas serviria. No dia seguinte
de manhã, encheram o furgão, foram embora. Jonas ia sentado ao lado do Antonio
na frente, ele atrás com a mãe de mãos dadas, a senhora vai gostar da casa, tem
uma cozinha imensa. Levaram dois dias
viajando, dormiam em motéis, na beira da estrada, Abe aproveitava, para descer
os cavalos, com o Antonio, que gostava, davam um passeio com eles.
Quando chegaram
foram para a casa da mãe do Antonio, ela fez a maior festa, lhe disse que com a
Marie, tinha limpado a casa toda, já podem ficar lá se quiserem.
Foram antes, para
sua mãe, conhecer a Marie, bem como o Peter, eles adoraram sua mãe, claro se
meu filho se apaixonou por ti, alguma coisa tinhas, o Peter disse aos meninos,
podem me chamar de avô Peter.
Dali foram para a
casa, antes falou com o da imobiliária, que já tinha falado com o banco, mas
que podia ficar na casa, que no dia seguinte fosse ao escritório.
Foram para lá, o
velho José quando viu a família toda, ria, pelo menos deixarei de estar
sozinho, ajudou o Abe, levar os cavalos para um curral que estava ali quase ao
lado da casa, para fazerem exercícios, os dois conversando, pareciam que se
conheciam de toda a vida.
Um pelo menos já
encaixou.
A mãe adorou a
casa, sempre sonhei com uma cozinha assim.
Aqui cabemos, todos, para as reuniões de família, durante a viagem,
tinha falado com ela, que ele viveria junto com o Antonio, pois iriam comprar a
casa juntos. Eu o amo minha mãe.
Meu filho,
contanto que estejas por perto, estou feliz, ele é uma pessoa boa, vai dar tudo
certo.
Ele comentou que
com o tempo iria reformando a casa, tem moveis que não gosto.
Deixou cada um
escolher seu quarto, Caio finalmente foi o que fez todo mundo rir, finalmente
não terei que dormir com esses dois, sempre discutindo.
Mas o
interessante, escolheu um quarto pequeno ao lado do banheiro, piscou o olho,
assim me levanto antes deles para tomar banho.
José foi
ensinando sua mãe, bem como ao Antonio, como arrumar tudo.
Ele gostava muito
de uma varanda grande na frente da casa, estava sem moveis, mas já sabia o que
fazer.
Pediria ao seu
tio Andrew para depois pintar a casa por fora, bem como tirar um papel de
parede do salão, pintar de branco, ele trairia algumas coisas de NYC.
Conversou muito
com o Antonio nessa, noite, esperto tinha escolhido um quarto que ficava de
frente, ao lado tinham os banheiros, assim ninguém escutaria o barulho dos dois
fazendo sexo.
Os dois nus
sentados na cama, ele falou serio com ele, me preocupo com os garotos, estava
pensando, por isso te consulto, que achas de comprar este lugar, no nome deles,
mas em usufruto nosso. Assim no futuro
sempre teriam uma casa, eu imagino que o Jonas ira pelo mundo, mas o Abe sempre
ficará aqui, o Caio ainda é cedo para saber.
Foram a
imobiliária, conversaram com o homem, ele disse que sem problemas, necessitava
só do nome completo dos meninos, foram ao banco, transferiu o valor ao
proprietário.
Quando chegaram
em casa, era uma loucura, até o velho Peter tinha vindo, as duas mulheres,
traziam comida para todos, Caio levava a cadeira de rodas do avô, para ver os
animais.
Esses corriam
pelo cercado, com as outras éguas. Abe
disse, o seu José disse que a égua Mustang já está gravida, rindo disse que se
fosse um garanhão o ia chamar de Norman, nada disso disse o Andrew, vais é
colocar meu nome, sou o mais velho da família.
Caio parecia a sombra do Andrew, o seguia por toda a parte, esse, não o
ignorava, sempre estava falando com ele.
Nos dias
seguintes, foram organizando a vida, matricular os meninos na escola, de lá o
Jonas iria à escola de música, Abe faria um modulo de veterinária, para depois
ir à universidade se quisesse. Caio
ainda não sabia o que queria fazer. Tinha uma parte nos fundo da casa, que era
uma antiga garagem, Antonio se apossou, arrumou ele mesmo tudo, ali seria sua
oficina para reconstruir carros.
Agora ele teria
que pensar. Tinha andado pela cidade com
seu tio, para verem as lojas de moveis, ficou pensando, num sonho de juventude,
abrir uma loja que vendesse moveis restaurados, gostava da mesma. Seu tio disse que um dos sobrinhos, estudava
isso na escola, podem trabalhar juntos para começar.
Mas antes
resolveu que iria a NYC, vender a casa, separar as coisas que queria trazer,
mas os dois não foram sozinhos, tiveram que rir, pois Jonas, disse que queria
ir, para assistir shows de Jazz, que tinha muita curiosidade, Andrew disse que
também iria, que era um antigo sonho seu, a surpresa que quando soube, Barrabás,
disse que ia também.
Ele disse ao
Antonio, creio que esse dois vão se enrolar.
Acho que eles
tiveram alguma coisa no passado, pois estudaram juntos.
Seus avôs,
ficaram no campo, assim o velho ficava satisfeito, estar ali com sua família, sua
mãe era como uma filha para eles.
Tiraram
documentos do Jonas, ele no aeroporto, comprou uma dessas revistas de shows,
para que ele escolhesse o que queria ver.
Pela primeira
vez, a casa, parecia completa, riu para o Antonio, pois a viagem inteira os
dois não paravam de falar.
No dia seguinte
de manhã, os deixou por horas, foi primeiro ao advogado, para colocar a casa a
venda, esse disse que era pão comido, reformada, está perfeita para venda. Vais levar os moveis.
Sim, pois foram
coisas que comprei porque gostava, levarei todo o recheio da casa. Precisarei
de uma transportadora. Depois foi ao
Banco, queria ver como seria mover esse dinheiro, tinha usado na verdade o
dinheiro do cassino.
Quando contou
para seu amigo, que a casa tinha saído barata, imagina, paramos em Las Vegas,
eu não entendo nada de jogo, enquanto meu namorado jogava na roleta, resolvi
comprar fichas para jogar nas maquinas, na segunda ou terceira jogada, eu que
nunca fiz isso, ganhei o que tinham acumulado de meses. A primeira coisa que fiz, foi colocar no
banco.
Podemos
transferir tudo, inclusive quando venda a casa, lá pedes para o gerente falar
comigo, para lhe explicar como aplico teu dinheiro.
Tenho que pensar
nisso, agora tenho responsabilidades, tenho 3 irmãos para acabar de criar.
Ele que conhecia
seus pais, ficou com cara de interrogação, sabia que ele era filho adotivo, lhe
contou que tinha reencontrado sua mãe verdadeira, bem como está tinha três
filhos.
Quando voltou
para casa, Antonio se matava de rir, o quarto aonde estavam seu tio, bem como
seu irmão, tinha duas camas grandes, só tinham usado uma.
Ficaram rindo os
dois, quando apareceram pois tinha ido dar uma volta pelo bairro, era
interessante, pois os dois eram grandes, fortes, ficaram imaginando os dois na
cama.
Quando falaram da
mudança, os dois prontamente disseram que a levariam, alugamos um caminhão,
levamos, Barrabás, imediatamente falou com o irmão, esse entraria em contato
com um agente, que eles depois devolveriam a sua empresa o caminhão. Topas disse ao Andrew, esse riu, grande
malandro, sei o que estas tramando.
Ali na frente
deles, os dois deram um grande abraço, se beijando.
Nessa noite foram
assistir um concerto no Blue Note, tinha feito a reserva para os cinco, o Jonas
estava eletrizado, quero isso mano, estava com os olhos arregalados, os dois
queriam ir a uma discoteca gay que conheciam de nome, mas o Jonas por ser menor
não podia entrar.
Você me coloca
num taxi, me dá o dinheiro, pois não tenho nenhum, ele tinha dado uma chave ao
Andrew, este estendeu a sua, voltamos a hora que vocês quiserem.
Ele chamou um
Uber, o colocou no carro, sabia o valor da corrida, pagou com visa, assim não
tinha problema, quando chegue em casa, me chame ok.
Saíram andando,
os dois disseram, não podíamos falar na frente do Jonas, mas o nosso é música
country, ele ia nos matar, pois disse que não gosta.
Quando chegaram
aonde era o Stonewaal, claro fizeram um sucesso tremendo os dois, depois foram
a outra que eles tinham curiosidade de ver.
Foram para casa
de mãos dadas, chegaram o Jonas estava vendo um concerto pela televisão, lá em
casa não tinha, preciso comprar um laptop para ver essas coisas, começou a
cantar a música que tocava agora, tinha um voz bonita.
Ele com o
Antonio, subiram iam juntar as camas, mas eles disseram, a outra está boa, nos
arrumamos.
No dia seguinte
começaram a empacotar tudo, os dois apesar de grandes eram mais rápidos que
eles, de tarde enquanto foram ver o caminhão, antes pediram as chaves da casa
do Jonas, sabemos que queres escapulir desse velhos loucos, mas não vai
conseguir, entre os dois o agarraram pelos pés e braços. Barrabás, se chegou a eles, deu um envelope,
tens cara de quem vai comprar o laptop para o garoto, essa é a nossa parte.
O levou a B&H,
uma super loja, do mundo eletrônico, desceram com ele, a parte dos
computadores, explicou ao rapaz o que ele necessitava, a cara dele era ótima, ele
sugeriu um laptop, aonde ele pudesse fazer música, ver vídeos, coisa do gênero,
lhe falou de um aplicativo que ele poderia, inclusive ligando uma guitarra,
gravar o que fazia.
Disse o preço,
ele abanou a cabeça, muito caro, não tem nada para um jovem sem um puto no
bolso, o rapaz ria, mas estou mostrando o melhor, porque senão no futuro,
terias que comprar outro. Nisso um músico
que estava ao lado, disse que usava esse, lhe deu uma porção de aplicativos que
ele poderia usar.
Nessas alturas,
ele já tinha juntado dinheiro com o Antonio, já tinha pagado no caixa, ele
estava entretido com o homem, que lhe disse que a escola que queria ir era boa,
mas que devia se preparar bem para futuramente vir estudar na Juilliard School.
O homem se despediu, desejando sorte, quer cara maneiro soltou ele, tinha
anotado tudo que o homem tinha falado, o vendedor, lhe entregou a caixa do
laptop. Presente dos marmanjos para ti.
Agora temos que
pensar em presentes para teus irmãos, que sugeres.
Entraram numa
livraria, ele pediu um livro sobre criação de cavalos, para o Abe, ao mesmo
tempo chamou sua mãe para saber como iam as coisas. Ela ria, pois o velho
estava se matando de rir com o Caio.
Esse encontrou o avô que queria, pois o seu nunca falou com eles.
Antes de passar
teu filho, me deixa falar com o Caio, perguntou que livros ele, queria, espera,
estive olhando numa livraria aqui, mas não tem. Era um sobre regras de como escrever bem.
Perguntou, ali
sim tinha, isso basta. Passou o Jonas
com a mãe, ele quase gritava, o que tinha feito na noite anterior, que tinham
comprado entre todos um laptop para ele.
Estava super feliz.
De novo falou com
sua mãe, depois com sua avó, essa riu dizendo que mais um pouco, não
conseguiriam levar seu avô de volta para casa.
Eles estavam dormindo num quarto que estava no andar de baixo que tinha
banheiro.
Por isso não,
podem ficar.
Quando se
encontraram com os outros para almoçar, primeiro foi o abraço, beijos que o
Jonas deu nos dois, obrigado, se surpreenderam quando ele disse que show iam
ver essa noite, passamos no Madison Square Garden, compramos entrada para
todos, vamos ver Dolly Parton, afinal aguentaram o show de ontem.
No almoço comentaram
do caminhão, tem uma cabine especial, podemos ir os dois, pareciam duas
crianças contando uma aventura. Riram
muito com eles, Norman se virou para o Antonio, dizendo que essa mudança ia
sair caro.
Vai nada, nos
estas fazendo um favor.
Comentou com o
seu tio, como seu pai estava feliz, bem como o Caio, minha mãe, diz que ele
encontrou o avô que nunca teve, pois os seus não aprovavam o casamento do pai.
Eu disse que ele
podiam ir ficando, afinal a casa tem espaço.
Que tua mãe Barrabás, tampouco sai de lá.
Antonio, soltou,
imagina na hora que eu contar na família que esses dois se enrolaram.
Pode ser que a
gente se case em Las Vegas.
Nada disso, acho
que temos que casar numa cerimônia só.
A cara do Antonio era ótima, ele tirou do bolso, um anel, era do meu
pai, queres te casar comigo?
A cara do Jonas
era ótima, eu numa mesa, em que quatro marmanjos falam em casamento, o que vou
fazer da minha vida. De gozação soltou,
mano, acho que vou com eles no caminhão senão essa mudança não vai chegar
nunca.
Voltaram para
casa, agora era embalar os quadros das paredes, que ele gostava. Jonas viu um perguntou se podia ficar no
quarto dele.
Ele riu muito,
claro, mano, esse foi o primeiro quadro que comprei na minha vida, feito por um
amigo.
Eu vejo nesse
quadro, um homem falando de sonhos a serem realizados.
Exatamente por
isso o comprei.
Dois dias depois
tinha tudo pronto, estava acabando de carregar o caminhão, quando chegou um
casal para olhar a casa.
Essa noite
dormiriam os três num hotel, para pegar o avião no dia seguinte.
Se despediram dos
dois, boa viagem, se comportem, disse ao dois o Jonas.
Depois pegaram um
taxi, para o hotel, avisaram que tinha que serem chamados cedo para ir para o
aeroporto.
No jantar ele
perguntou ao Jonas, se ele se incomodava, de estar no meio dos gays.
Nada tio, meu
melhor amigo na escola, que eu tinha que defender sempre é gay, imagina ser gay
numa reserva índia, em que todo mundo vive contando com quem fez sexo.
Uma vez quis
fazer sexo comigo, no caminho de casa, mas lhe disse que não estava ainda
preparado, que não sabia o que queria.
De qualquer
maneira puseram o despertador, o Antonio, ficou abraçado com ele na cama,
queres realmente se casar comigo?
Sim, não queres.
Sim quero, mas
faz pouco tempo, além de que nesse meio tempo temos tanta gente em volta da
gente, vamos esperar um pouco as coisas acalmarem, mas de qualquer maneira
quero.
Entendeu que ele
estava sendo ponderado.
Fazerem sexo para
eles, era ótimo, lhe disse que esperava que não acontecesse como o que tinha
passado com o John, que ele sempre falasse tudo com ele.
Quando o penetrou
nessa noite, Antonio sentado em cima dele, era como tivesse iluminado, sorria
feliz. Te amo muito disse, faz pouco
tempo, mas não posso pensar em minha vida sem ti.
Ao passarem o
controle no aeroporto, ele disse ao Jonas que tinha que mostrar o laptop, riu
quando ele o fez, como dizendo é meu.
Quando chegaram
em casa, foi uma festa, para as senhoras eles tinham comprado uns chales
fantásticos, para irem à missa, para o velho, uns puros como ele gostava.
Um dos irmão
tinha trazido uma televisão a pedido do pai, agora assistia os jogos de beisebol
com o Caio, ia lhe explicando cada jogada.
Esses moloides dos meus filhos
nunca aprenderam.
Reclamou dizendo
que aonde estava o Andrew.
Lhe explicaram
que os dois iam demorar, pois vinham com a mudança trazendo o caminhão, o velho
soltou aí tem.
Jonas entregou os
presente dos irmãos, bem como das avôs.
Foram dar uma
olhada nos cavalos, o José disse esse garanhão Mustang, já montou as duas
éguas, pode ser que ainda possam parir potros, vamos ver, a outra daqui a pouco
vamos ter que separar, para poder ter a cria em paz.
O José, me falou
de uma feira que ele ia antigamente, será que podíamos ir?
Claro Abe, descubra
a data, vamos sim.
Antonio, ainda
soltou, teremos dois companheiros mais, que gostam de country, riram, esses
agora vão se apontar a todas as saídas, querem recuperar o que perderam.
Caio chegou para
ele timidamente, perguntou se ele podia conseguir um velho laptop para ele
poder escrever. Não quero uma coisa
como o do Jonas, mas alguma coisa que possa escrever.
Abe estava
mergulhado no livro, discutia com o José, o que lia, esse dizia que finalmente
tinha um neto que gostava das mesmas coisas.
Meus filhos foram embora, eu fiquei para trás. Nenhum deles gostava de cavalos.
Ele marcou com um
médico, como tinha que fazer seus exames periódicos, comentou com o médico, que
iria trazer sua família, falou com ele que tinha um namorado fixo, queria saber
se podia deixar de usar camisinha. Traz
ele aqui, fazemos exames dos dois, os ensino como evitar os riscos.
Mas levou sua
mãe, bem como os meninos, para fazerem os exames. Tudo estava bem.
Quando foi com
Antonio, esse fez o exames, tudo normal, sentou-se com os dois explicou que
podiam fazer sexo sem usar camisinha, mas que fossem com cuidado.
Nessa noite pela
primeira vez, o fizeram, era diferente, estavam acostumados a camisinha,
resolveram seguir usando.
Quando quase dez
dias depois os dois chegaram, estavam mais magros, quase perdemos o caminhão no
jogo em Las Vegas. Disseram rindo.
Foi uma festa
geral, Caio quando viu a quantidade de caixas de livros, perguntou ao irmão se
podia ler o que lhe interessasse. Claro
que sim, só se me ajudar a montar meu escritório, prometo deixar um espaço para
ti.
Iriam comprar
estantes para seu escritório, simples, para colocar os livros. Da única caixa
que tinha aberto, viu que o menino, passava a mão pelos livros com carinho.
Temos que colocar
uma estante no teu quarto, também para ires fazendo uma coleção de teus livros
favoritos, a partir de agora terás uma mesada para isso. Mas depois terás que
comentar os livros comigo.
As poltronas, os
sofás se juntaram aos da casa, ele foi arrumando como estava acostumado fazer,
o Antonio o ajudava. Colocou os quadros
nas paredes brancas, separou o que era para o quarto do Jonas, o deixou em cima
da sua cama, ele estava na aula de música.
Levou duas pequenas
poltronas de couro para o quarto deles, como estava na casa de NYC, assim os
dois podiam conversar sossegados.
Claro trouxeram
as louças, tudo que era da sua mãe, mostrou a foto dos dois, com ele pequeno no
Times Square.
Depois de tirar
medidas, ajudado pelo Caio, saiu com ele, bem como as senhoras, no furgão que
tinham comprado, para irem a Ikea, elas tinha feito uma lista das coisas que
faltavam na cozinha. Ele se matava de
rir, pois pareciam jovens casadoiras.
No sábado fariam
um churrasco para as duas famílias, só com isso já era muito.
Jonas nessa noite
sentado com eles na varanda, tocou uma música que estava trabalhando, o velho
era quem curtia mais, nessa família tem de tudo. Isso é ótimo, um músico, outro criador de
cavalos, meu neto preferido será escritor, um dia escrevera sobre toda a
família, eu já contei para ele, toda minha história.
As coisas que
pedia o Caio, sempre eram voltadas ao que queria fazer quando adulto.
Na Ikea,
compraram tudo, as estantes era como queriam, depois os marmanjos, como chamava
Andrew, Barrabás, montaram tudo.
Andrew quando
perguntou ao pai quando iam para casa, ele riu, queres matar esse velho, agora
que sou feliz, infelizmente tenho que aguentar essas senhoras, mas estar aqui,
com o meu neto, não tem coisa melhor.
Era uma verdade, Caio chegava da escola, corria para falar com ele, na
mesa se sentava ao seu lado, as vezes quando o velho tinha dificuldade de
cortar a carne, ele cortava para ele.
Barrabás comentou
que tinha um cliente interessado na motorhome, lhe disse o valor de mercado
agora é contigo.
Temos que pensar
que prometi ao Abe irmos a uma feira dessas que tem exposição e vendas de
cavalos. Tudo bem como seremos três,
nenhum problema.
Barrabás ficou
ofendido, nos colocaram de fora Andrew, eu sempre quis ir, pois tem muita coisa
country. Nada disso, vendemos essa,
alugamos uma grande, ou então vamos de furgão,
Estamos arrumando
aquele trailer, pois nessas alturas, o potro já terá nascido.
Abe quer vender
meu potro, isso discutiam na mesa do jantar.
Não, queria
mostrar nosso produto.
Talvez nas férias
vá como José buscar mais, mas quem sabe que encontramos nessa feira.
Estou guardando a
mesada que me dás, para tentar comprar algum.
Riram quando o
Jonas se levantou, foi buscar sua guitarra, cantou uma música, meio country que
compus para meus queridos tios.
Ele percebeu do
que ia o negócio, falou no seu ouvido, os avôs ainda não sabem.
Ah, então vou
cantar uma que estou fazendo para cantar no sábado. Cantou para todos, o velho virou-se soltou, esse
garoto tem boa voz. Será um cantor de
sucesso.
Até eu se fosse
jovem iria nessa feira, imagina meu neto, ficar aqui com essas mulheres falando
sem parar, o que vale, é a comida, está muito melhor.
É verdade,
cozinhar para duas pessoas não tem graça, aqui cozinhamos para muitos.
Cada dia uma
fazia suas receitas prediletas.
Antonio soltou,
um dia desses minha mãe se muda para cá.
Sinto muito, ocupei o último quarto que estava livre ao lado do salão
com meu escritório.
Antonio, passava
o dia inteiro, as vezes ele se sentava numa cadeira o ficava desenhando, tinha
voltado a isso, desenhar.
As duas éguas
agora estavam esperando potros também, caramba, esse garanhão, é foda.
O velho José que
a princípio não se sentava na mesa, o escutou discutindo com o Abe, tenho umas
economias, quem sabe vai dar para comprar um cavalo. Temos é que comprar mais éguas dizia o Abe.
Ele se informou,
para saber, tinha colocado internet na casa, por causa dos meninos, tinha
comprado um para o Caio, mais simples, ele depois de conversar com o avô, se
sentava para escrever, depois imprimia, levava para ele ler.
Um dia foi
chamado na escola, a professora, estava reclamando, que esse menino deve estar
copiando os textos que mando escrever, em algum livro ou romance. Assim ele não cria nada.
Ele leu o texto a
senhora está enganada, ele está escrevendo as histórias que seu avô lhe conta,
quer fazer um livro com isso.
Peça que ele lhe
traga tudo que já tem escrito.
O tornou a
chamar, na escola tinha um curso de escritura, para os alunos mais adiantados,
creio que para ele iria bem.
Quando falou com
ele no escritório.
Soltou, filhos da
puta, eu fui perguntar, me disseram que era jovem demais para esse curso, agora
me oferecem, rindo disse, aceito, achas que será bom para mim?
Claro que sim
mano.
Mas tem que
pagar.
Não há problemas.
Agora os três tinham mesadas, assim
tinham dinheiro para administrar, como seu pai tinha feito com ele.
Antes da viagem
foi ao banco, viu que seu dinheiro aplicado, gerava muito, o gerente do banco,
vais pagar um imposto fantástico, porque não fazes uma empresa ou algo para
gastar, lhe deu um valor.
Nesse dia se
sentou com Antonio no quarto, nunca fazia nada sem o consultar.
Esse ria, imagina
um de NYC, pensando em cavalos, deve estar no sangue, inclusive quando me
galopa o faz bem. O que mais gostavam
que chamavam de galopar, era estarem sentados um em cima do outro, mas olhando
a cara do outro.
Acho a ideia
ótima, eu se fosse você, o colocava como teu sócio, assim ele tem
responsabilidade.
No dia seguinte
foi buscar o Abe que estava como louco, já tinha tudo sobre a tal feira, o
levou ao banco, preciso que assines uns papeis comigo.
Que papeis, vamos
montar uma empresa, explicou para ele, que o dinheiro que tinha, junto com o da
casa de NYC, geravam muitos lucros, que precisava aplicar esse dinheiro, pois
senão teria que pagar muitos impostos, assim terás dinheiro para comprar pelo
menos duas éguas, ou o que querias na feira.
Ele o abraçou chorando, bendita hora que apareceste meu irmão.
O professor, vira
essa semana com a turma, pode ser que a Mustang, vai parir dia desses.
Dito e feito,
nesse dia chamou o professor, que veio com uma turma para assistirem o parto.
Nasceu um potro
lindo, tinha metade da cabeça negra, a outra metade branca, depois só nos quartos
traseiros tinha manchas.
O professor disse
que tinha que registrar o animal, como o vais chamar, ele rindo respondeu, como
me comprometi, Norman.
Os colegas de
curso, apertavam sua mão, as senhoras tinham preparado um lanche para a turma
toda.
Assim da gosto
fazer visita.
Marie lhe
perguntou se não tinha estudado com seu filho Jim.
Sim, estudei com
ele, mas fui embora para estudar, anda por aqui.
Venha amanhã
temos um churrasco, estará toda família, pode trazer a sua.
Sou solteiro,
infelizmente.
Nessa noite
discutiam quem ia afinal na tal feira, pois temos que fazer reserva de hotel,
ou então, alugar uma motorhome grande.
Andrew trocou um
olhar com sua mãe, quero anunciar uma coisa para vocês, porque amanhã pode ser
confuso. O pai olhou para ele, soltou,
posso eu dar a notícia, vais dizer que estás vivendo com o Barrabás. Somos velhos mas não tontos.
Não ia dizer pai,
que vamos nos casar.
O velho ria
muito, virou-se para o Norman, por que vocês não fazem o mesmo?
Isso, estou
esperando o Antonio decidir, esse ria, ainda tenho tempo de trocar de dedo o
anel.
A festa do dia
seguinte estava preparada, as mulheres estiveram trabalhando até tarde.
No quarto os dois
conversavam. Norman perguntou se tinha dúvidas.
Não eu te amo,
mas fico com medo de estragar tudo.
Não deixarei que
isso aconteça, para ti está tudo bem comigo sexualmente? Depois do John ele tinha medo disso.
Nem pensar, que me
faria fazer tanto sexo, um dia vou pendurar as chuteiras, vou ser monge.
Na verdade, há um
problema, embora nunca tenha acontecido, sou ciumento, desconfiado.
Ok, seguiremos
como queres. Mas venha cá, fizeram sexo, fantástico.
A festa foi um
sucesso, na hora que os dois comunicaram a família que se casavam, foram muitos
que ficaram surpresos.
Na verdade já
estamos morando juntos faz tempo, como os velhos estão aqui.
Bom tomou a
palavra Peter, quero bendizer aos meus filhos que se casam, que sejam felizes,
veja como teu irmão, já com dois filhos.
A única coisa
discordante foi quando chegou o professor do Abe, quando falou com o Jim, esse
não gostou, perguntou o que ele fazia, ali?
Sou professor do
Abe, voltei a cidade.
Ele pegou seus
filhos, foi embora, com o Brown sem entender.
O professor,
tomou uma cerveja, também foi embora.
Mas finalmente
tinha os que iam na feira. Teriam que ir num carro maior, conseguiram fazer
reservas, Jonas resolveu ir de última hora, pois viu a lista dos que faziam
shows.
Nesse dia da
festa cantou a música que tinha feito para os que iam se casar. Falava do amor de dois homens adultos, que
perderam tempo na vida, mas que agora a recuperavam. Era uma balada bonita, composta por ele.
O velho José se
preocupou, mas os que ficavam prometeram cuidar dos cavalos.
Se divertiram
horrores, os dois, o velho, Abe, tinham examinados todos os cavalos, viram um
negro, totalmente, mas pensaram esse dará problema, o interessante foi que
quando o cavalo viu o Abe, veio até perto dele, colocou a cabeça no seu ombro,
o dono achou incrível, esse cavalo é complicado, adora correr, precisa de
espaço.
Compraram esse,
mais duas éguas, os deixariam em separado, do Mustang e suas ladies como
diziam.
Na última noite,
claro por insistência do Andrew, Jonas cantou a música que tinha composto, foi
um sucesso, era uma noite de calouros, ele cantou a outra também, ganhou o
prêmio. Um agente, se aproximou, lhe deu
um cartão, quando estiveres preparado para entrar na estrada, me chame.
Ficou cheio de
si, mas virou-se para o irmão dizendo, mas tudo com pé no chão, ainda falta
muito para sair pelo mundo.
Quando chegaram
foi uma festa, o Peter estava contente, faltava gente nessa casa, eu tive que
ajudar o Caio a cuidar dos cavalos. Esse
ria, ficava me dando ordens, mas o tio Jim, vinha ajudar todos os dias.
Andrew ficou com
a pulga atrás da orelha, pois sua mãe disse que ele vinha com as crianças,
ficava o dia inteiro.
Quando encostou
na parede, disse que o Brown tinha brigado com ele, por ter escondido sua
paixão de jovem com o Professor.
Imagina, me
deixou porque queria ir embora, agora está aqui dando aulas, tem um consultório
de veterinária, aonde o Abe as vezes ajuda.
Quem me contou
foi sua mãe.
Acho que era o
que ele queria, um motivo para pedir o divórcio, queria levar as crianças, mas
claro quem as adotou fui eu, nem pensar. Graças a deus até o apartamento comprei em
nome delas com usufruto meu, está furioso com isso, não pode me tirar
nada. Alega que assim não tem como
recomeçar a vida.
Assinou os
papeis, foi embora, eu acabei assinando também, menos mal.
Nessa noite foi
esse o tema da conversa dos dois. E se isso acontece com a gente.
Norman de
brincadeira disse que cortava o piru dele.
Mas nessa noite
teve um pesadelo, com o Antonio o abandonando. Estavam no mesmo motel, este o
colocava para fora do quarto, dizendo que era um tonto.
Despertou com ele
assustado, o que foi?
Contou o sonho,
nem pensar, jamais faria isso, te amo, mas muito mesmo, nunca fui feliz em
minha vida como agora, bendita hora que te convidei para dormir comigo, apenas
pensei ele não vai aceitar, mas quando aceitaste, nunca poderei esquecer do
nosso primeiro banho juntos, um hábito que tinha, um dar banho no outro.
Seu último carro
estava pronto, o anunciou, apareceram vários compradores, o vendeu em seguida,
já tinha outro ali, que lhe daria trabalho, pois faltariam peças, que ele teria
que fazer.
Trabalho duro,
mas o resultado é bom.
Esteve
conversando com o Caio, enquanto trabalhavam, pois ele dizia, quando alguém lhe
chamava, não vês que estou trabalhando.
Precisas ler a
parte que o avô fala da tua chegada, depois do romance do tio Andrew, acho
fantástico.
Uma semana depois
ele ficou doente, o levaram para o hospital, mas já era tarde.
Nunca se esqueça
de mim, meu neto, abraçou o Caio que estava abalado, quero ver minha história
publicada.
O enterro foi
impressionante, nem sabia que ele conhecia essa gente toda, a igreja estava
lotada, ele que não ia nunca.
Depois a reunião
foi só da família.
Ele passou o
texto inteiro para o Norman ler, ele ficou impressionando com a maneira do
garoto escrever, afinal ele só tinha treze anos, tinham se passado já dois anos
que estava ali com ele, nada mano, vou fazer 14 logo.
Mandou o texto
para um editor que conhecia em NYC, que ficou interessado, quando soube da
idade do Caio, riu, ele escreveu à sua maneira o que seu avô lhe contou.
Mandou para outro
de San Francisco, que telefonou em seguida, muito interessante o texto, quero
falar com o autor. Contou ao mesmo que
ele só tinha 13 anos, achou que era uma brincadeira, foi até lá para comprovar.
Fez uma boa
oferta, mas Caio, disse que antes a família tinha que aprovar, pois ele era
menor de idade.
Pediu para o
Andrew reunir toda a família, comentou que desde que tinha conhecido o avô,
esse tinha lhe contado a história de sua vida, desde garoto, quando conheceu a
Marie Louise, como tinham enfrentado a vida, está tudo aí, claro ele me
contava, eu escrevia a minha maneira, lhe dava para corrigir.
Só quero
publicar, se vocês aprovarem, levem essa cópia, leiam depois me digam algo.
Sua mãe estava
orgulhosa dele, colocou a mão em cima do Norman, graças a ti, isso tudo está
sendo possível, um fazendo música como sonhou, o outro criando cavalos, esse
escrevendo.
Andrew, lhe
perguntou o que ele estava escrevendo agora.
Ora tio, estou escrevendo
um livro, sobre uma coisa que o avô me disse, que na família dele, só não tinha
ladrões, esses eram seus antepassados que tinham vindo para a América, mas seus
filhos eram um exemplo de homens, que os filhos eram isso, um diferente do
outro, como os dedos de uma mão, que havia que aceitar cada um, como era, para
ser feliz e que eles fossem também.
Quando perguntei o que lhe parecia seu casamento, ele disse que esses
dois estavam destinados, imaginem foram amigos de juventude, quando o Barrabás,
se casou, ele ficou chateado, agora são felizes, nos cuidou sempre, ele merece
ser feliz.
Isso é o que eu
escrevo, como vejo as pessoas construindo suas vidas.
A cara do Andrew,
era patética, chorava, aquele homem imenso chorando como uma criança era impressionante.
Se preocupava
também pelo Jim, dizia que o Brown, era boa pessoa, mas que nunca ajudaria o
Jim ir para a frente, queria controlar a família. Um dia Jim vai se cansar, aí será uma merda.
É o meu filho pequeno, mas o mais carinhoso, sempre esteve ao meu lado. Eu lhe sugeri, ir atrás do professor, mas
tinha medo, com isso ficou frustrado.
Só que isso eram
conversas nossas particulares, não estou colocando nome aos bois, mas sim o
fato de um jovem como eu discutir isso com meu avô. O quanto ele me fez crescer como
pessoa. O Andrew pegou o abraçou
levantou do chão, meu garoto.
Sempre chamava
Pena Alva de cunhada, que filhos fizeste mulher, mas este é especial como os
outros, mas meu pai o amava.
Todos
concordaram, o livro foi editado, a primeira entrevista que ele deu, agradeceu
a duas pessoas, ao meu irmão Norman que me deu minha primeira oportunidade, me
fazendo entrar para um curso de escritura para adolescentes, eu era o mais
jovem, ao meu querido avô Peter, um grande homem.
Nós caímos bem um
com o outro, desde que nos conhecemos.
Podias falar horas e horas, ainda hoje escrevo sobre nossas
conversas. Espero ser o homem que ele
viu em mim.
A plateia veio
abaixo com ele, de tanto aplauso. Em
pouco tempo o livro estava na sua terceira edição. Norman foi com ele mais o Antonio, a NYC,
para lançar o livro, dar entrevistas, era interessante, pois mais cara de
índio, que ele tinha era impressionante, ficaram todos impressionados com sua
madures. Uma idiota lhe perguntou como
ele tinha tantos parentes gais, se ele achava que seria.
A senhora me
desculpe, isso não é uma pergunta que se faça a um jovem que ainda vai fazer 14
anos, como posso saber, mas como dizia meu avô, cada um tem direito de ser o
que quiser em sua vida.
A senhora é o que
queria ser, acho que não, porque senão não faria uma pergunta desta a um
adolescente.
Isso saia nos
jornais do dia seguinte, a pergunta idiota que tinham feito, a madures com que
ele tinha respondido.
Nasce um
escritor, assim diziam a maioria dos críticos.
Uau, soltou, ele,
tenho muito ainda que aprender.
O que ele mais
gostou, foi ir a uma livraria imensa, buscar coisas que trazia num pedaço de
papel, o reconheceram, logo juntou gente querendo um autografo nos livros para
comprar.
Ele se sentou
como tivesse feito isso a vida inteira, falava com as pessoas.
No dia seguinte
tinha uma entrevista num canal de televisão, lhe perguntaram que programa
gostava?
Bom, só vi
televisão quando fui morar com meu irmão mais velho, lá na reserva não
tínhamos, mas eu gostava mesmo era de ver com meu avô, embora os outros não
entendesse, pois ele só via jogos de beisebol, me explicou cada jogada, víamos
jogos antigos, discutindo o comportamento dos jogadores, as críticas dos que
faziam a transmissão, era divertido, eu gosto mesmo é de ler livros, só uma
duas vezes me chamou atenção ver alguma coisa, foi filme sobre Caio Julius
Cesar, minha mãe tinha esses livros que alguém doou a igreja da reserva, li
esse livro mil vezes, porque não tinha outro, fiquei decepcionado quando vi o
filme, pois deturparam muita coisa que esse homem fez. Por isso prefiro o livro.
Me ofereceram
dinheiro, para transformar esse livro numa série, eu falei com meu irmão
Norman, o que vou fazer com tanto dinheiro, já tenho dinheiro do livro que
bastará para ir à universidade quando chegue a hora. Um garoto de 14 anos, fiz aniversário ontem,
que vai fazer com tanto dinheiro.
Em casa cada um
tem um caminho, meu irmão mais velho, um dia será um bom músico, o outro é
criador de cavalos, temos agora três potros novos, graças ao meu irmão mais
velho.
Sem ele não
teríamos futuro.
Na noite
anterior, lhe perguntaram aonde queria jantar, ele escolheu um McDonald, pois
sempre tive vontade de ir num.
Norman ria muito
com ele.
Voltou para casa
famoso, soltou, ainda bem que estou de férias, senão essas meninas iam querer
me namorar, só porque sai na televisão, mas não sou tonto.
Suas notas na
escola eram brilhantes, já tinha lido e analisado todos os livros do ano
seguinte, agora que não tinha o avô, Norman o obrigava a conviver com os irmão,
ajudar como os cavalos, não podes ficar todo o tempo em cima desse laptop
escrevendo.
Era interessante
o potro Norman, agora estava grande, estava separado, porque tinha começado a
disputar com o pai, terreno. Temos que
comprar uma égua para ele.
Foram a uma outra
feira, mas desta vez, que foi com os dois foram o Andrew, com o Barrabás, que
aproveitavam os shows de música country, compraram duas éguas Appaloosa, as
soltaram com ele, Antonio dizia que o sem vergonha tinha saído ao que lhe deu o
nome, como gostava de fazer sexo com as éguas.
Abe se sentou com
eles, com a mãe, para decidirem seu futuro, sei que ir à universidade, terei um
futuro diferente, mas só vou se a fizer aqui, não quero estar longe do meu
rebanho.
Como você quiser,
ele conseguiu entrar na universidade, logo ser destacou, por já ter
experiencias.
Um dia o Jim
apareceu com Rob o veterinário, estavam tentando outro vez, faziam um casal
mais interessante que com o Brown, estava fazendo um curso de noite para poder
entrar na universidade, instigado pelo Rob, ele ficava com as crianças.
Norman comprou um
jeep, para o Abe, para ele ir, voltar da universidade. Já o Jonas, resolveu ir estudar na Juilliard,
mas antes teve uma conversa com o Norman, sua mãe, além das senhoras, claro o
Antonio. Todos só o alertaram do uso de
drogas, pense bem, pois isso pode arruinar tua carreira toda, tampouco o faça
para se sentir enturmado.
Norman alugou um
apartamento pequeno para ele, perto da escola.
Mas ele vinha
sempre que podia. Sentia falta da
família, aprendeu o que queria, perguntou se podia construir um studio de música
ali depois do estabulo.
Vocês tinham
razão a cada 10 minutos alguém me oferecia alguma coisa de drogas, não
entendiam que estava ali para aprender.
Menos mal que meus professores entenderam, me ajudaram até nisso.
Procurou o
agente, esse se lembrava dele, mostrou suas músicas novas, queria formar uma
banda pequena. Foi abrindo o espetáculo
de um músico conhecido. Esse logo cantou
duas músicas dele, o melhor foi um dia que o show estava sendo televisado, que
o chamou para cantar as músicas com ele.
Breve gravou um
CD, montou um show pequeno como ele gostava. Fazia um circuito de
universidades, bares, estava contente.
Não permitia que
nenhum dos músicos usassem drogas.
Quando chegou a
época do Caio ir à universidade, ele tinha um leque para escolha, com direito a
bolsas, mas resolveu estudar ali mesmo, como dinheiro do livro, comprou um
carro de segunda mão que lhe arranjou o Andrew.
No primeiro dia
que ele foi a universidade, Norman com o Antonio, conversando como sempre,
agradeceu ele ter colaborado, estando todo esse tempo ao lado dele.
Não consigo
imaginar minha vida sem ti.
Sabe o que
gostaria de fazer, ir passar algumas noites contigo no deserto, riram muito
porque nesse dia fazia muito frio. Na
cama como sempre, cansados ou não se dedicavam a fazer o que gostavam. Vê como tinha razão, ninguém me montou
jamais como tu.
Se mataram de rir
um dia que Caio chegou irritado da Universidade, essas garotas parecem tontas,
querem sair comigo, porque consideram que sou escritor de sucesso.
Algumas inclusive
se insinuam.
Mas estás
interessado em alguma delas?
Não mano, porque
não tem conversa, quando começo a falar de algum escritor antigo, logo fogem,
só ficamos dois gatos pingados, meu amigo Tadao, que é descendente de japoneses,
que está escrevendo um livro sobre o assunto, o Arno, que é um mestiço como tu,
pai negro mãe irlandesa. Com os dois me
apanho, pois tenho o que conversar, horas e horas, mas essas idiotas, creio que
estão lá para arrumarem um marido.
A única que não
entra nisso, é uma que veio de Dallas, mas é lesbiana, está sempre com sua
namorada que é de outro curso. Mas da
mesma maneira faz gozação, que somos um grupo de garotos, intelectuais. Eu acho engraçado porque nem me considero um
escritor de sucesso, tampouco um intelectual, não é porque gosto de ler,
debater assuntos, que eu seja intelectual, apenas um interessado. Hoje trouxe dois livros que mandei
encadernar, falo sobre o que disse aquele dia para o tio Andrew, de minhas
conversas com o avô Peter, sobre sexo, escolhas essas coisas, quero que você
leia primeiro, depois me desenha uma capa para o mesmo, para oferecer a
editora, se achar que é bom.
Algumas vezes,
enquanto lia, chorou, era como estar escutando os dois conversando, o velho com
a voz pausada, como tinha aceitado a diversidade dos filhos. Os netos que ele adorava, num dado momento,
fazia uma reflexão que os que eram adotados ou por ele ou pelos filhos, eram
mais carinhosos, que os outros.
Quando leu o que
ele sentia a respeito disso, chorou muito, fechou a porta da sala, para fazer
isso a vontade, falava do apaixonado que tinha ficado com o irmão mais velho
quando apareceu, logo me comprou os livros que pedi, já estava farto de ler o
mesmo livro sobre Caio Julius Cesar, ele me abriu o mundo, depois quando perdi
meu pai, me senti sozinho, mas quando conheci o avô Peter, foi como ele
acolhesse um cachorro abandonado, logo estava conversando comigo sempre. Dizia
que eu tinha tutano, batia com os dedos em sua cabeça, que fazia um ruido oco,
depois fazia na minha, me fazia rir.
Quando começou a conversar comigo, me dizia sempre que confiava em mim
para guardar seus segredos, ninguém me conheceu como tu.
Quando ele
morreu, meu sentimento de solidão, só era preenchido nas horas que estava com
meu irmão, compartido mesa de trabalho.
Amo os desenhos que ele faz, não entendo por que não mostra para o
mundo, sei que alguns deles são muitos particulares, fala da sua vida.
Tenho inveja as
vezes do Antonio, o amor que os dois sentem um pelo outro.
Quando Antonio,
entrou no escritório, pois o estavam chamando para jantar, ele estava debruçado
sobre a mesa, ficou nervoso, quando levantou a cabeça, tinha os olhos inchados
de chorar.
Tens que ler esse
livro, é apaixonante.
Foi lavar a cara
para ir jantar.
De noite o
Antonio começou a ler o livro, quando foi para cama, disse, esse menino, é um
espanto. Lembrasse que quando
perguntaste o que queria, ele disse livros.
Não queria nada como fazem meus sobrinhos, que pedem coisas de informática. O mesmo quando pediu um laptop, ele queria o
mais simples pois era só para escrever.
As vezes o vejo, usando roupas que minha mãe consegue para ele dos
outros netos, ele a beija agradecendo.
Quando faz alguma
comida especial também é o único que a abraça, beija, alias faz isso com todas,
está sempre agradecido pelas coisas mais simples.
Mesmo seu quarto,
é o menor, ali só tem espaço para seus livros, nada de outras coisas.
Os três são
especiais para mim, cada um, no que construíram para eles.
Olha quantos
cavalos, tem agora o Abe, outro dia apareceu um interessado, num que comprou a
pouco tempo, lhe fez uma oferta impressionante, mas ele disse que não, pois o
estava cruzando com uma égua Mustang, além da Appaloosa, queria ver o que ia
sair desse mistura de raça.
Nunca escuto o
mesmo falar de nenhuma namorada, diz que as que estudaram com ele, só querem
cuidar de cão, gatos, coisas assim.
Quando ele começa a falar de cavalos, se desinteressam dele. Agora o professor Peter vinha sempre, o
ajudava quando uma égua ia ter uma cria, Jim tinha mudado completamente, era
mais fácil falar com ele, talvez era agarrado ao Caio, por causa do avô, sempre
batia na porta do escritório, perguntava se tinha cinco minutos.
Ficavam os dois
horas conversando, falava como ele como este gostava, como tivessem a mesma
idade, isso fazia o avô, nunca o tratou como uma criança.
Os pequenos dele,
já estavam grande, adoravam o Peter, nunca falavam do Brown.
Um dia Jim contou
que tinha se encontrado com ele por acaso, está completamente diferente do que
era, estava acompanhado de um homem muito mais velho que ele, me apresentou
como seu marido, se vê que o sujeito tem dinheiro. Ele que sempre gostou da boa vida, me disse
que tinha tido sorte.
Mas quando soube
que estou com o Peter, me soltou na cara, nunca me amaste, sempre foi esse
idiota veterinário, esse rompante chegou a assustar o homem que estava com ele.
Mas Caio, a vida
como meu pai dizia é assim, me incentivou a ir atrás do Peter, mas tinha medo
de sair da casca do ovo. Mas agora, além
de um pai perfeito para meus filhos, é o homem que amo.
Quando via que
queriam falar com ele Norman, arrumava uma desculpa qualquer para deixar as
pessoas com ele.
Nesse dia depois
que o Jim foi embora, abriu-se com ele, sabe, contigo posso falar dessas
coisas, pois sempre me escutaste, tu bem como o avô Peter sempre foram assim.
Vejo os
relacionamentos dos homens, gosto mais, os que tem mulheres, as acho
complicadas, nunca me interesso por elas.
Outro dia meu amigo Arno, me deu um beijo, o sabor ficou na minha boca,
tive que dizer a ele que depois tive que me masturbar. Ficou rindo, disse que tinha feito o mesmo,
que queria experimentar fazer sexo comigo, os dois somos virgens.
Olha meu irmão,
não quero que fiques fazendo sexo por aí, quando quiseres, traz o Arno aqui em
casa, podes dormir com ele no teu quarto.
Mano, ele é
imenso, não cabe na minha cama.
Realmente quando
trouxe o Arno, todos riram, pois tinha dois metros de altura, era forte, além
de bonito, logo se sentiu em casa, com a recepção de todos. Os pegou de mãos
dadas no escritório, mas ele entrava com uma boa notícia.
Caio, pegou a mão
que o Arno tinha retirado, com meu irmão não tem esse problema.
Perdão por
interromper a conversa de vocês, mandei o livro para o editor, quer publicar
como sempre. Mas quer que vocês,
escreva aproveitando o livro em si, para escrever o roteiro de cinema, um de
seus irmãos era o que queria fazer o filme do livro anterior.
Se escreves o
roteiro, ele apresenta, inclusive podes acompanhar a filmagem para saber se
está como queres.
Ele no seu
entusiasmo, beijo primeiro o Arno, para depois correr aos braços do irmão.
Sua mãe estava
orgulhosa dele.
Então discutia no
almoço com todos, aproveito que na faculdade tem um curso de roteirista, vou me
matricular, que achas Arno.
Sem se dar conta,
este soltou, vais ficar famoso, vais me esquecer.
Deixa disso
homem, fazes o curso comigo, também.
Norman, depois
conversou com ele, tens que tomar cuidado, pois o Arno é inseguro, gosta um
pouco de manipular.
Sim eu sei, estou
revisando seu livro com ele, odeia que o corrijam, mas comigo aguenta.
Nunca quer
mostrar para ninguém o que escreve.
Sabe mano, nele noto muita dor, que ele não sabe botar para fora.
Um dia chegou em
casa, furioso, fechou a porta do escritório, se abraçou com o Norman, você
tinha razão, o idiota meteu os pés até o fundo na merda.
Quase morreu
ontem de overdose, por pouco, se meteu com drogas, eu lhe chamei a atenção que
não o queria perto de mim com drogas.
Fazia uma semana que não nos falávamos, Tadao pensa igual, que a
inseguridade dele, vai lhe dar problemas.
Mostrou o texto para um professor, esse fez as críticas que eu já tinha
feito, claro, uma coisa sou eu falando, mas o outro disse que tinha que parar
de ser inseguro. Ao mesmo tempo tinha
mandado o texto para um editor, que devolveu dizendo que trabalhasse mais o
texto.
Se não fosse sua
mãe, teria morrido, agora terá que passar um tempo se tratando.
Ainda não era o
momento de me apaixonar totalmente.
Com o Tadao era
outra coisa, estavam sempre rindo, conversavam sobre os textos, quando o rapaz
pediu ao Norman que lesse o que tinha escrito, o achou maduro, pois analisava,
o fato de seus pais basicamente terem vivido como num gueto até saírem de San
Francisco. O Texto basicamente falava
nisso as pessoas que se fecham num gueto, o difícil que é sair.
Era um romance,
falava de um jovem que procura sair desse gueto a qualquer preço, mas que se
sente sozinho.
Quando conversou
com ele, este riu soltou, até conhecer o Caio, me sentia sozinho, tinha acabado
de chegar de San Francisco, todos nos olham, como se fossemos da mesma raça,
como ele tem os olhos amendoados, cabelos negros, olhos negros como eu, pensam
que somos da mesma raça, isso lhe faz rir muito.
Posso mandar o
livro para o Editor, o que achas, eu faço sempre isso para o Caio.
Meu pai, leu, mas
não gostou do livro, diz que eu menosprezo o que eles passaram, mas não é
verdade.
Antonio, disse de
noite, esses dois estão fazendo sexo, pois passei pelo quarto do Caio, escutei
ruídos indiscretos.
Tadao agora
passava mais tempo lá que no apartamento aonde viviam.
O livro dele foi
aceito, Norman como ele pediu, desenhou a capa, como fazia com os do Caio.
Este estava de
cheio no curso de escritura de roteiros.
Sobre o mesmo tema, preparou três roteiros, Norman, bem como o Antonio
lera, gostavam mais do primeiro. Era
mais denso, mais interessante.
O mandaram para o
Editor, este leu, disse que passava para seu irmão.
Dois dias depois
o homem apareceu em casa, justo nesse momento Caio não estava, enquanto isso
Norman conversou com o sujeito, lhe disse como pensava seu irmão.
Estava desenhando
justamente a capa do livro do Tadao.
Quando o Caio
chegou, o homem, tentou o cativar de todas as maneiras, o convidou para ir
almoçar.
Ao contrário, nos
dará o prazer de almoçar aqui em casa, o homem quando viu que iam comer na
cozinha achou graça, mas sentar-se para comer numa mesa cheia de gente, que
falava dos seus assuntos, como se ele fosse mais um ali.
Depois diria que
se conversou de tudo, de música, cavalos, livros, tudo girava em torno da mesa.
O próximo
roteiro, quero que escrevas sobre isso, o que acontece numa cozinha de uma
família assim.
Depois o levou
para sentar-se no escritório, junto claro com Antonio, além do Norman.
Aqui decidimos as
coisas assim, para economizar tempo, me faça sua proposta, pois eu sempre
discuto com meu irmão.
O que o homem não
sabia, era que tinham se informado a respeito de textos, pediu que o mesmo
analisasse o texto como tinha entendido.
Levou um susto,
quando Caio se levantou, sinto muito, não entendeste o texto, me nego a vender
para fazeres como pensas. Ou é como
está escrito, ou nada.
Antes que me
diga, quem estou pensando que sou, lhe digo, uma pessoa que preza o que
escreve, como quer que lhe entendam os demais.
O homem tinha o
texto na frente dele, o retirou, sinto muito, mas nada feito.
Já basta a
decepção que tive depois de ler durante toda minha infância a história de Caio
Julius Cesar, ver como faziam um filme destroçando a vida do homem.
O diretor disse
que nunca tinha visto esse filme, compre o livro, escreveu num pedaço de papel
o nome do mesmo, depois veja o filme, odiaria que um texto meu acabasse assim.
Além de querer
participar da filmagem.
Isso nem pensar,
não gosto de gente no cenário.
Estendeu a mão,
desculpe o fazer vir até aqui, mas nada feito, aliar, pretendo nunca mais escrever
para o cinema.
O homem foi
murcho embora.
Norman ria muito,
meu irmão adoro ver-te defender tuas ideias.
Tadao fez um comentário depois que estragou tudo, que ele ao contrário
daria a vida para ver seu nome num filme.
Pois eu não,
prefiro trabalhar de limpa botas, que ver meu texto desvirtuado.
Tiveram uma briga
monumental, este foi embora, furioso.
Depois sentados
na varanda, no meio dos dois, comentaria, será que me espera justamente isso,
as pessoas que não aceitam a minha cabeça, minha maneira de pensar. Eu respeito o que ele quer, mas quer mudar
minha maneira de ver como quero as coisas.
Como vocês
conseguiram?
Não, sei, desde
que conheci o Antonio, conjugamos em tudo, podemos discordar, mas um explica
para o outro o que pensa, chegamos a um meio termo.
Riram segurando
as mãos, fazia tempo que os dois usavam agora um anel igual.
Tinham feito os
votos numa noite no deserto, adoravam estar nus ali na natureza.
Nisso viram o
Norman, brigando com um novo garanhão, filho dele. Olha como ele defende o que é seu.
Tinha comprado um
terreno ao lado, para fazer uma pista para os cavalos correrem.
Mas ninguém
ganhava da Helga, uma mistura de Mustang com Appaloosa, deviam ter colocado o
nome dela de vento, a iam levar para participar de um derby, foi a família
inteira, inclusive as senhoras, ganhou o grande prêmio para surpresa deles.
Logo queriam
compra-la, mas Abe se negou redondamente, meses depois ganhou outro grande
prêmio, num dos lugares mais famosos de corrida de cavalos.
Logo ele a cruzou
com um puro sangue árabe que tinham lhe emprestado.
O Potro já nasceu
correndo, como dizia o Norman.
Agora passava
horas sentado no celeiro desenhando os cavalos.
Seus desenhos eram perfeitos.
Riram muito
quando um dia depois de uma turnê larguíssima o Jonas, voltou, com duas músicas
country, mostrou claro primeiro para o Andrew que rapidamente chamou o
Barrabás.
Entre os dois o
levantaram por cima de suas cabeças.
Veio acompanhado
de uma loira, muito interessante. Era sua namorada, cantava as músicas com ele.
Com o irmão
comentou, essa a hora que fizer sucesso, irá embora, não deu outra, mal
conseguiu um contrato, se mandou. Mas
surpreendeu a todos porque numa gira, que fez cantando música country, veio
acompanhado de uma jovem índia, a tinha conhecido numa reserva, tinha avisado
ao Abe que tinha encontrado cavalos, este foi com o Andrew, o velho José já não
estava para isso, gostava de ficar tranquilamente observando os cavalos, tinha
uma idade indefinida, ele mesmo dizia que tinha perdido as contas, o mais interessante
que passou a conversar com o Caio, contando a história de sua vida. Até o momento que os encontrou, aí passei a
ser feliz.
Quando Abe voltou
com um caminhão, cheio de cavalos, tinha comprado em parceria com o Andrew, que
cada vez mais estava ali.
Mal soltou os
cavalos Mustang que tinha trazido na parte nova, era impressionante ver os
mesmo correrem. Eram só um garanhão,
com cinco éguas, além de um potro.
Antonio se
apaixonou pelo potro, que tinha curiosidade, vinha buscar sempre na sua mão uma
cenoura.
Andrew, agora
estava construindo uma nova quadra, para abrigar os cavalos durante o inverno,
isso faziam nas terras que tinham comprado ao lado.
Aproveitou para
construir uma cabana para ele, Barrabás, que dizia que estava farto de consertar
carros alheios, deixou tudo, veio trabalhar com o irmão.
Jim de
brincadeira dizia que acabaria morando lá também, pois, imagina o Peter, a cada
momento livre escapa para cá.
Quando morreu a
mãe deles, com quase 95 anos, logo em seguida foi a do Andrew, os dois enterros
foram concorridos, pois elas estavam sempre ajudando a todos na igreja.
Só ficou a Pena
Alva, que agora era a matrona deles, conseguiu ela mesma na igreja duas
senhoras para trabalharem na cozinha com ela, pois era muitos homens para
alimentar.
Meses depois o
Abe estranho que o velho José não aparecia, o encontraram morto, tinha partido
em silencio, dormindo.
O enterraram
junto aos seus, afinal ele tinha acabado sendo da família.
Abe sentiu muito
a perda dele, agora precisavam de mais gente para trabalhar.
Qual foi a
surpresa, que Andrew ajudado pelo Jim, reformaram a cabana do velho José, os
dois vieram viver ali, agora Jim era quem ajudava o Abe.
Os filhos estavam
na universidade, ele acreditavam que nunca voltaria, o rapaz estudava medicina
em NYC, a garota, estava em Washington, estudava, era namorada de um coronel,
mais velho do que ela.
Então para que
viver na cidade, se estamos quase que o dia inteiro aqui. Depois construíram uma clínica, na entrada,
assim os dois atendiam os animais que traziam.
Jim estava super
relaxado, agora quando sobrava tempo se metia na cozinha.
Norman fez a
primeira exposição dos seus desenhos, a fazia sem pretensão nenhuma, ficou
surpreso, quando se vendeu tudo. A critica
o elogiava pelo perfeccionismo.
Tinha tantos
desenhos que separou uma boa quantidade para uma exposição em San Francisco, de
novo sucesso.
Agora se dedicava
mais a isso, mas nunca se esquecia de fazer uma pausa, para ir dar um beijo no
Antonio.
Um dia sua mãe,
perguntou ao Norman quando iam se casar, afinal, já estavam ficando uns
senhores.
Pergunte ao
Antonio, eu estou esperando por ele.
Acabou que
resolveram se casar todos ao mesmo tempo, foi uma baita festa, se divertiram
muito, Caio trouxe um aluno seu, agora era professor na universidade, não era
jovem, inclusive um pouco mais velho do que ele, à primeira vista não se dava
nada por ele, tinha passado os últimos anos de sua vida, cuidando dos
pais. Agora livre voltava a
universidade.
Os dois juntos
era interessantes, um alto, loiro de olhos verdes, Caio, moreno, cabelos
negros, olhos negros, mas os via relaxados de mãos dadas.
Abe disse que ele
acabaria ficando solteiro, pois Jonas sempre estava com sua namorada índia por
aí, ele ficava sobrando. Agora dava aulas também, mas só sobre
cavalos, na universidade que tinha aberto um tipo especial de classe para ele.
O rebanho era
imenso, mas o melhor mesmo era que a égua campeã, tinha parido uma égua que
prometia, a chamavam de Raio.
Pena Alva foi a seguinte,
morreu dormindo, tranquila, os meninos como chamava Norman, bem como ele,
sentiram muito, na verdade se tinha transformado em importante para todos.
Seu enterro foi
interessante, pois tinha muita gente de diferentes raças, gente que ela tinha
ido fazendo amizade na igreja. Foi
enterrada ao lado de suas amigas.
Resolveram que
tinham cada um cuidar do seu espaço, conseguiram contratar um cozinheiro, para
todos. Ficaram entrevistando muita
gente, mas acabou ficando um mexicano, que gostava do campo. Tinha trabalhando em San Francisco, tinha
vindo a pouco tempo para a cidade, mas ao escutar falar que precisavam de um
cozinheiro, apareceu.
Era da mesma
idade do Abe, riram muito, pois pensou que este era o manda mais, começou a
conversar com ele.
Os outros
deixaram, como as senhoras esse dia tinham ido embora, ele entrou para a
cozinha tomou posse, ia conversando com o Abe ao mesmo tempo que cozinhava.
Nunca tinham
visto o Abe falar tanto.
Emanuel, acabou
ficando, riram muito quando acabou passando a dormir no quarto do Abe.
Este era um deus
para ele. Não se incomodava com a
brincadeira dos outros, dizia que nunca tinha se acostumado com o tipo de vida
de San Francisco, que era nada mais de uma noite, quem como ele que trabalhava
num restaurante, nunca tinha tempo para um romance. Tinha vindo para a cidade, esperando uma vida
simples. Mas a rotina de um restaurante
cansa dizia ele.
Lá ele tinha
liberdade de cozinhar o que queria, como tinham feito as senhoras, descobriu um
livro de receitas delas, cozinha sempre alguma coisa dali.
A vida seguiu em
frente, agora iam a feiras de cavalos, levando os que achavam melhor para
mostrar, tinha comprado mais terras por detrás da deles.
Sempre aparecia
algum agente imobiliário, querendo comprar tudo para construir ali um parque
residencial, nunca se interessaram.
Seguiram em
frente, dando espaço para os mais jovens, Norman as vezes fazia alguma
exposição, mas ali na cidade, sempre produzia muito devagar.
Anos, depois de
muita estrada fazendo música, Jonas apareceu, com duas crianças, vinha com ele,
eram pequenas, gêmeas, ela tinha morrido num acidente de carro. Tinha saído para comprar comida para os
meninos, quando um carro com um bêbado, se chocou contra o seu,
Os nomes não
podiam ser melhor, um se chamava Abe, outro Caio. Foram adotados pelos tios imediatamente.
A morte dela,
afetou muito a vida do Jonas, que foi ficando por ali. Ajudava a todos, mas
havia momentos que ficava sentado na varanda como esperando alguém chegar.
Um dia o
encontraram ali, morto, um enfarto.
Ele tinha deixado
um bom dinheiro paras os meninos de sua música, os tios conseguiram a custodia
deles.
Pelo menos a casa
tinha agora gritos, risadas de crianças.
Norma dizia ao
Antonio, o duro é isso a vida segue em frente não para nunca. Menos mal que tenho a ti ao meu lado.
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