lunes, 17 de mayo de 2021

LOIRA BURRA

 

                              LOIRA BURRA  - DUMB BLONDE

 

As aparências sempre enganam.   Minha mãe ou minha tia, era uma clássica pessoa que rotulavam de loira burra, nada mais longe da verdade.

Era uma mulher especial, falava cinco idiomas, era formada em filologia.  Na Universidade se graduou Cum Laude, mas os rapazes se aproximavam dela pelo rotulo, se davam muito mal.  Quando contava as histórias dessa época, riamos muito.  Os tontos levavam um susto, pois era capaz de debater com eles uma jogada que o fulano achava genial, apontando todos seus defeitos.    As vezes os provocava, deixando completamente bêbados, se levantava ia embora, se fazia sexo, quando o sujeito virava para o lado para dormir, ia embora.

Apesar de poder dar aulas em qualquer lugar, inclusive na universidade, preferiu aceitar um emprego de assessora, numa enorme empresa de publicidade.

Evidentemente explorava conscientemente sua presença, sabia que quando entrava numa sala se fazia silêncio, se aproveitava disso, para se sentar numa mesa de discussões, enganar as pessoas que pensavam que a estavam levando para o seu lado.   Nada mais longe da verdade, pois quando percebiam, estavam fazendo o que ela queria.

Nunca bebia, fingia que o fazia, mas tinha verdadeiro horror a bebida, tinha crescido numa família de alcoólatras.   Quando minha mãe verdadeira pediu socorro, foi até a cidade aonde tinha nascido, nunca mais retornado.    Encontrou minha mãe nas últimas, gorda, feia, tinha sido uma garota linda.   Nem sabia quem era meu pai, pois trabalhava numa lanchonete de beira de estrada.   Podia ser qualquer um.    Minha tia me encontrou, num berço, todo sujo, mijado, cagado, chorando.   Me apaixonei por ela no ato.            Enterrou minha mãe, me adotou, como parente mais próxima.    Se transformou numa mãe perfeita, para ninguém botar defeito.

Vivia em Los Angeles, num grande apartamento, bem decorado, embora nunca recebesse ninguém em casa, dizia que ali era seu canto, que não gostava de gente xeretando sua vida.

Se chamava Jeannete Müller, ou Jean Müller, como a conheciam, era uma mulher de armas a tomar.   Era tão franca, direta com o clientes, que muitos ao falarem com ela por telefone, pensavam que Jean, era um homem.

Mas um em especial, era louco por ela.   Se transformou em seu marido, depois de anos a cortejando.  Era um grande fabricante de armas, na época que a conheceu, estava casado, tinha um filho.  Tentou algo com ela que saiu mal.  Pois como todos ao se sentar na mesa para atende-lo, lhe disse na cara que não tinha certeza de querer um homem como ele, como cliente.

Ela quando falava, olhava na cara da pessoa, fixamente, até a pessoa desviar o olhar.  Dizia ele depois que foi nesse momento que se apaixonou por ela.

Ele tanto fez, que o aceitou como seu cliente.   Cada vez que ele vinha a Los Angeles, marcava com antecedência, um almoço com ela.    Ficava maravilhado com seu comportamento, entravam num restaurante chic, ela parava na porta, olhava todos que estavam ali, que ficavam de boca aberta, pois sua aparência era impecável.  Nada de um vestido escandaloso, tudo muito simples, mas sua altura, seu corpo, o corte do vestido eram impecável.   Tinha a anos descoberto uma costureira, a qual ela mostrava um vestido das grandes marcas, a senhora fazia igual para ela.

Na mesa, era como se toda a vida tivesse comido nos melhores restaurantes, mas tudo isso aprendeu observando.  O que esse homem Marc Smith, sem querer depois virou meu pai, me tratava melhor que seu próprio filho.  Dizia que eu não era a típica criança burra, chata, conversava com ele a sério.

Ele amava conversar com ela, pois olhava diretamente nos seus olhos, era como se os outros do restaurante, não existissem.    Fazia o mesmo comigo, nos sentávamos para comer, me perguntava pelo meu dia, como tinha ido na escola, tudo isso olhando para mim.  Se eu mentisse ela sabia de imediato.  Eu como ela, era o melhor aluno da escola.

Ele se divorciou, antes de ter qualquer coisa com ela.   Num almoço, colocou na frente dela, um anel com um diamante enorme.   Ficou surpreso, pois ela não fez nenhum movimento para pegar o mesmo.  

Que quer dizer com isso, apontou para a caixa, que era de um grande joalheiro?

Quero me casar contigo.  Estou esperando a muito tempo dizer isso, que te amo.

Os olhos dela sorriam segundo ele contava, não sabia se estava zombando de mim, ou queria me sacanear.

Achas que com isso me compras.  Não sou uma mulher bibelô, para casar contigo, ela não gostava de homens jovens.  Precisas meditar muito no que vais ter ao teu lado.  Não irei a nenhuma festa, para ser exibida como a tua loira burra, tampouco, deixarei de trabalhar.  Minha vida independência é muito importante para mim.  Não quero estar envolvida com os teus negócios, nem que me uses para os mesmos.

Posso te ajudar como faço, mas disso nunca passaremos.  Teremos um contrato de casamento, em que se morres, herdo dinheiro, mas não teu negócio.  Consulte com seu advogado, com o travesseiro, depois voltamos a falar, seguiu comendo, conversando como se nada tivesse acontecido.

De noite, me contou tudo, isso sempre fazia, apesar de ser um garoto, a escutava atentamente, quando não entendia alguma coisa, lhe perguntava.

Só perguntei se gostava dele?

Sim, é um homem atraente, agradável, não fala asneiras na minha frente, tampouco piadas indesejadas, sabe que não sou uma decoração.

Dias depois marcou outro almoço, a levou a ver a mansão que iria comprar para viverem juntos.

Ela olhou cada detalhe da mesma, disse para ele, nunca falamos, mas acredito que tenha investigado, tenho um filho, alias meu sobrinho, mas é meu filho adotivo.   Não abro mão de cria-lo, portanto ele faz parte do pacote.   A mansão está bem, mas tem que estar no meu nome, nada de se nos divorciamos, volta a ser tua.   Quero um contrato com um fideicomisso por se acontece alguma coisa.

Tudo registrado em cartório.  A tua fábrica, que fique para teu filho, um detalhe a mais, quando eu diga NÃO, nunca insista.  Ele concordou com tudo, que ela seguisse trabalhando, do contrato, do fideicomisso, quando trouxe os papeis, ela lhe deu um beijo no rosto, agora espere que meu advogado também vai estudar tudo.

Nesse dia ele tentou algo com ela.    Ela colocou suas mãos, de manicura perfeitas, no seu peito, se já esperaste até agora podes aguentar mais um pouco.

Só quando o advogado devolveu os papeis, com uma serie de restrições, que estavam em letra pequena, ela devolveu o mesmo para ele.  Arrume isso, depois nos falamos.

Fomos passar uma férias numa casa de praia que ela alugava.   Um dia ele apareceu enquanto estávamos na praia.  Estava furioso, não tinha se dado conta do que o advogado tinha feito.  Lhe pediu perdão ali na praia na frente de todos. 

Tirou um outro anel, muito simples, disse que tinha sido da sua mãe.  Eres a mulher da minha vida.  Tudo será como queiras.

Finalmente se casaram, numa cerimônia, simples, com duas testemunhas, eu na frente, ele gostava como eu me comportava com ele.

Nos mudamos para a mansão, eu adorei a casa ao primeiro momento.  Ele abriu uma conta para ela, para as despesas, que ela podia contratar quantas pessoas quisesse.   Mas tudo o que fez, foi contratar um casal de mexicanos que conhecia, ela para cozinhar, ele para administrar tudo.

Quando tinha alguma reunião, contratava a mesma empresa de sempre para fazer um coquetel, ou um jantar.  Nada de grandes exageros, comida simples, mas bem apresentada.  No final do mês, Manoel o administrador, apresentava um relatório ao patrão, que ria, dizia que estaria mais rico, se tivesse feito isso com a esposa anterior.

Seguiu mantendo sua costureira de sempre.  Quando ele teve um convite para um jantar na Casa Branca, pensou que ela iria comprar uma roupa estravagante, ela ao contrário, sabia que a primeira dama, era uma mulher conservadora, se apresentou recatada.  Estiveram as duas conversando um longo tempo, sobre mil assuntos.  Se tornaram amigas.

Ele ficava como um bobo, a vendo conversar com pessoas influentes, sempre tinha conversa, se informava de tudo, se era um coquetel, sussurrava a algum garçom que lhe trouxesse um copo de água, nada de bebida.

Quando algum homem tentava se passar com ela, o olhava nos olhos, dizendo, não creia que tens chance, não eres metade do homem que é meu marido.  Além de que, cheiras mal, não adianta usar um perfume caro, quando estas podre por dentro.

Alguns ficavam furiosos, iam falar com Marc, ele soltava uma gargalhada, quem mandou te meter aonde e com quem não devia.

Em casa só havia duas festas por ano.   Uma era no Dia de Ação de Graças, outra quando no meu aniversário, mas tudo em família.  As que Marc pedia para ela organizar, eram outra coisa, misturava as pessoas, que representava, com as do negócio dele. Mas sempre de bom gosto, impecável.

Uma vez que voltavam a casa Branca ele, lhe comprou um presente em Paris, num grande joalheiro, ela abriu a caixa, riu, é bonito, mas não combina comigo, guardou no cofre, prefiro não usar joias.

A empresa que ela trabalhava, foi engolida por outra maior, foi quando decidiu, que trabalharia desde casa, com alguns clientes que lhe eram fiéis.

Agora passava mais tempo em casa.  Um dia parada na varanda, chamou o Manuel, quem está cuidando do jardim, está horrível.  Ele lhe apresentou um homem, seu parente.

Sinto muito Manuel, acho bem que cuide de tua família, mas não quero esse homem mais aqui.

Agora me levava a escola todos os dias.  Íamos conversando em algumas das línguas que me ensinava.   Um dia, mal desci do carro, ali estava um furgão velho caindo aos pedaços, era meu único amigo da escola, estava a pouco tempo nos Estados Unidos, com ele falava em alemão.

Ela riu, quando nos viu falando.  Olhou como ele se despedia de seu pai.

Foi fazer umas compras, depois ao passar num lugar aonde ficavam mexicanos, ou emigrantes de algum outro lugar, viu o pai do meu amigo, com um cartaz se oferecendo de Jardineiro.

Deu a volta com o carro, se dirigiu a ele em alemão, os outros todos se ofereceram, mas ela disse que pegasse seu furgão que a seguisse.

Ele quando viu a mansão, ficou de boca aberta.   Ela o tempo todo falando com ele em alemão, disse como queria o jardim.   Agora trabalho em casa, por isso da janela da biblioteca, vejo o jardim, explicou o que queria.

  Meu pai quando o viu, ficou com ciúmes, pois era um homem mais jovem.  Mas ficou abismado com a educação do mesmo.

As vezes ele ia nos buscar na escola.  

Minha tia, não se incomodava que Hans viesse fazer o lanche comigo, depois estudar.

Eu lhe ensinava a falar direito o inglês.  Me contou um dia que sua mãe tinha morrido, depois eles emigraram para América.

Manoel não gostou muito, pediu as contas como uma maneira de pressionar minha tia, ela odiava isso.  Lhe pagou tudo que devia, ficamos um tempo sem cozinheira, mas ela se apanhava.

Sua amiga a antiga primeira-dama, lhe indicou um francês, que estava sem emprego, Pierre, ele, Hans pai e filho, ficaram morando nos fundos da mansão, em cima da garagem.

Agora ia junto com meu amigo a escola, já pensando o que íamos fazer quando fossemos a universidade, os dois podíamos disputar bolsas de estudo.

Mas tudo foi a merda, quando o filho do Marc veio passar as férias conosco, o tipo era complicado, um pouco maior que nós dois, ficava provocando brigas, para depois se fazer de vítima.

Quando viu que não caiamos na sua conversa, um dia nos foi buscar na praia, no velho carro do Hans, achamos estranho porque o Hans nunca emprestava seu carro para ninguém.

No dia anterior Junior, tinha ido a fábrica com o pai.    Voltou contado o que ia fazer quando a fábrica fosse dele, uma série de lorotas, sem pé nem cabeça.   Faltava pouco para estar em casa, quando parou num posto de gasolina, dizendo que ia mijar, abaixou do carro, atirou uma cápsula dentro                                                                                                            , fechou a porta a chave.   A cápsula soltava uma fumaça estranha, bem como um cheiro horrível, disse ao Hans, que enfiasse a cabeça num buraco que tinha na parte da frente do carro, ele tirou o tapete assim fez, eu passei para trás, sabia que a porta traseira nunca fechava direito, já estava muito tonto, mas tive força para meter o pé na mesma, isso provocou um ruído, como se tivesse cortando o carro no meio.

Corri para ajudar o Hans a sair, gritava, chamem a ambulância, o puto Junior o vi entrando num taxi.

Quando chegou a polícia, encontrou a cápsula, a velho furgão estava partido no meio.  Eles não sabiam o que era isso, lhes dei o celular de minha mãe, fomos os dois para o hospital.

Ela apareceu com Marc, lhe contamos o que tinha passado.   Esse se colocou furioso, mandou a polícia atrás do filho.   Ele roubou uma coisa experimental na fábrica, não sabemos ainda o efeito.

Quando a polícia chegou para prendê-lo, ele tinha um revolver na mão, atirou, atingindo um policial, outro atirou nele.   Ao trazerem o mesmo para o hospital, o médico avisou que tinha perdido muito sangue, já que Marc era seu pai, seria o mais normal fazerem uma transfusão de sangue.  Ai a porca torceu o rabo, o mesmo não era compatível.  Numa prova de ADN rápida, se descobriu que não era filho dele.

A mãe, apareceu como uma louca, quando soube, disse que era verdade, quando me casei contigo, já estava gravida de outro.

A confusão foi imensa, Marc, quase tem um enfarte.

Eu fui me recuperando, mas Hans não, ele tinha um problema congênito de pulmões, quando tudo parecia estar bem, morreu de noite dormindo.

Hans pai ficou arrasado, depois do enterro, falou com Jean, que não podia seguir trabalhando ali, pois, cada vez que me visse se lembraria do filho.

Jean, tomou uma decisão séria, o que estamos fazendo nessa merda de mansão, aí descobrimos que detestava o lugar, falou seriamente com Marc, iriamos viver no seu apartamento que estava fechado.     Marc como um cachorro perdido concordou.  Fez tudo como ela queria, vendeu a fábrica, apesar que a mesma estava a gerações na família dele.

Pelo menos viveu os dois últimos anos de sua vida ao lado da mulher que amava com loucura.

O pseudo filho foi acusado de assassinato imprudente, indo para a prisão.

Pierre, foi conosco, a vida era mais agradável, mas volta e meia tinha pesadelos, tentando sair do furgão.  Acabei num psicólogo.

Marc se sentia culpado, agora imaginava as muitas famílias que tinham problemas por culpa de suas armas.

Em vez de entrar na faculdade, apesar das minhas notas, resolvi, me distanciar, com um dinheiro que minha mãe me deu, fui para a Alemanha, a terra dos meus avôs os Müller, foi uma surpresa agradável.  Me dediquei a estudar a língua.   Fui ficando, arrumei um emprego, que me permitia me manter, não queria o dinheiro do Marc.

Quando ele morreu, voltei para seu enterro, minha mãe cuidou dele até o final, diria depois que tinha sido o único homem que tinha amado.

Apesar de saber que tinha deixado dinheiro para mim, deixei uma procuração com minha tia, que usasse esse dinheiro, para as ONGs, que cuidavam dos com problemas com as guerras.

Segui no meu emprego em Berlin, até acabar o curso que fazia.

Quando voltei, ela me abraçou, não sabes como sinto tua falta. Ela queria cada vez mais uma vida simples. 

Eu voltei a universidade para fazer um curso de literatura e escrita, foi divertido, um dia encontrei o Hans, estava a mesma coisa, conversamos muito, coloquei para fora, que amava seu filho, ele a mim, éramos dois adolescentes descobrindo o mundo, os sonhos que tínhamos, como seria nossa vida.

Ele ficou me olhando primeiro, depois me abraçou muito forte, me disse baixinho, senti muito sua falta, estava tão acostumado a ver os dois juntos, nunca fizeste a diferença de patrão, filho de empregado.

Como poderia Hans, ele era meu melhor amigo.   O levei para ver minha tia, vivíamos agora numa casa nas encostas de Hollywood, grande, confortável, mas nada exagerado.

Passou a nos visitar sempre, agora era eu que cada vez que o via, pensava no meu amigo, como estaria agora.

Nunca mais fui capaz de amar ou ter amizade com ninguém como tinha por ele.

Passei a dar aulas numa escola, perto de nossa casa, dizia a minha mãe, que tinha razão a maioria nunca fazia ou queria estudar.  Mas sempre tinha algum que se salvava, os incentivava.

Um dia ao sair da escola, me topei com o Junior que já tinha cumprido sua pena.  Estava mais forte, cheio de tatuagens, me avisou, agora vou por ti.

Avisei a polícia, mas não tive que fazer muito, ele estava metido com um grupo que comandava drogas nos bairros de Los Angeles, morreu numa briga de bandas.

De pobre menino rico, virou um bandido.   Me lembrava as conversas com Marc, que sempre falava que se sentia culpado ter-se separado do filho.   Mas que este tinha um gênio complicado, era como a mãe, chantagista, manipulador.

No fundo não tinha os genes do Marc, pelo menos isso ele se livrava das culpas.

Me surgiu uma oportunidade para dar classe numa escola americana na américa do sul, aceitei sem pensar, queria de qualquer maneira estar longe dali.

Só voltei anos depois para o enterro de minha mãe.    Erámos umas poucas pessoas, nada de grandes cerimonias como ela odiava.

Apesar de ter distribuído a herança do Marc, me tocou a parte que ela tinha ganhado, trabalhando toda sua vida.    Vivia no Rio de Janeiro, dando aulas na Escola Americana de lá, embora estivesse farto, pois seus alunos eram garotos ricos.

Vendi tudo, voltei para lá.  Era como estar no meio de uma grande confusão, as vezes me sentia aturdido, com tudo que acontecia por lá, mas levava uma vida simples, num pequeno apartamento em Copacabana, não precisava de muito para viver.  Livros, uns chopinhos com os conhecidos, nada mais.

Assim vou levando a vida, dou aulas a garotada numa escola na favela, me sinto bem.

De ter saído da merda, que era a vida com minha mãe verdadeira, ao luxo, descobri que nem sempre o dinheiro faz a gente feliz.

Volta e meia sonho com o Hans, desperto sorrindo, me sentindo nesse pequeno momento, jovem outra vez.  Outras sonho que estamos dentro do furgão, que toda minha preocupação é salva-lo, me dou conta que o amava como um louco.

Essa juventude ficou parada no tempo, nunca pude recupera-la, tampouco suplantar essas lembranças. 

 

 

 

 

 

 

 

 

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