A
meses atrás quando sua mãe morreu, ele correu apesar da vida difícil que tinha
lhe dado a ficar ao seu lado, na verdade quando desembarcou, correu para
atende-la, tinha pratica nisso, pois era enfermeiro a bordo de um porta-avião,
não tinha podido estudar outra coisa, mas quando a marinha lhe ofereceu essa
oportunidade aceitou.
Primeiro
ela lhe pediu desculpas por tudo, sei que não tiveste uma infância, nem
juventude boa, mas minha cabeça sempre foi louca. Abra esse armário, lhe indicou que abaixo do fundo tinha uma
caixa de metal. Com dificuldade a
retirou.
Ela
tinha um cordão com uma chave, lhe entregou, isso agora é teu, tem minhas
economias, documentos que provam quem é teu pai.
A
primeira briga que tinha tido com ela, tinha sido por isso, todos os garotos
tinham pai, menos ele, quando perguntou quem era, levou uma bofetada.
Morreu
dois dias depois inconsciente em seus braços.
Evidentemente não havia testamentos, para que, se eram pobres, o dono do
apartamento estava esperando sair o corpo para alugar o mesmo, ainda pensou
fico com ele, mas quando viu o preço pelo qual estava alugando, viu que não
dava com seu salário.
Quando
finalmente ficou sozinho, em um quarto de hotel barato, viu que além de
dinheiro, tinha uma serie de documentos, bem como uma certidão de nascimento,
como pai constava o nome de Tim Scalde, sabia que era um homem muito rico. Falou com um advogado, ele viu o nome,
balançou a cabeça, vai ser difícil, esse homem tem 10 filhos, um pior que o
outro, de qualquer maneira vou dar entrada para que ele reconheça oficialmente.
Foi
difícil conseguir que o homem aceitasse fazer um teste de ADN, como o juiz
odiava esse homem prepotente, fez fazerem o exame na frente dele. Ele de longe olhava esse homem que poderia
ser seu pai.
O ADN,
foi confirmado, mas ele se negava a recebe-lo, dizia que já tinha filho
demasiado, que ele contentasse em levar o nome.
Ele
preferiu ficar com o que tinha, afinal tinha servido a vida inteira, para que
agora ter um novo nome, se o que ele necessitava era de um pai.
Na
última viagem, o comandante ficou ferido, ele cuidou do homem, o que criou um vínculo entre eles. Contou sua história.
Entendo
disso, fui criado num orfanato. Sempre quis uma família, quando formei uma deu
tudo errado, minha mulher pediu divórcio, levou os meninos para o Canadá, hoje
são homens, quando os chamo por telefone, é como se falasse com uns
desconhecidos, na minha última férias, fui para conhecer meus netos. Eu era um idiota que tentava comprar as
crianças com presentes, como não sabia direito, levei presente de criança
pequena, eles já querem coisas de informática.
Nunca
mais voltei, eles chamam de pai, o homem que na verdade os criou. Para que vou me aborrecer.
O
comandante deu baixa na marinha ao mesmo tempo que ele, lhe ofereceu um quarto
em sua casa em Venice Beach, era um terceiro andar, mas que da pequena varanda
dava para ver o mar.
Ele
como no barco tinha aprendido fazer pão nas horas que estava livre, arrumou um
emprego de padeiro, para aumentar seu salário.
Logo aproveitou, fez cursos para melhorar o que sabia, gostava disso.
Dois
anos depois leu num jornal que o velho estava muito mal, sabia aonde ele vivia,
pois tinha ido até lá espiar, numa bela mansão em Pacific Palisades, levou dias observando como funcionava as
coisas, durante o dia tinha um enfermeiro, que o levantava, lhe dava banho,
cuidava dele, de noite tinha uma enfermeira que lhe dava medicina para dormir,
que mal ela virava as costas, cuspia, passava a noite inteira acordado.
Um dia
que fazia muito calor, a porta da varanda estava entreaberta, entrou, se sentou
num cadeirão que estava ao lado da cama.
O velho olhou para ele, dizendo não te reconheço.
Eu sou
o filho que tiveste que reconhecer por ADN, a uns anos atrás, lembra-se, disse
o nome de sua mãe.
O
velho sorriu, ela era uma beleza, mas não servia para ser minha esposa, não
sabia se comportar, nem tampouco queria se casar comigo como as outras, Tenho tantos filhos que nem sei se a maioria
é minha. Só meu filho menor, que leva
os negócios, tenho certeza, sua mãe morreu no parto, fiz prova de ADN, não era meu filho, mas não queria que fosse
para um orfanato, esse sim se comporta
como um filho, me cuida durante seus horários, livres, vem sempre ver como eu
estou pela manhã, antes de dormir também, os outros chegam aqui na porta,
olham, mas a pergunta que tem nos olhos é “será que esse filho da puta vai
demorar muito para morrer, quero botar a mão no dinheiro”.
Que
vens fazer aqui? Rir de mim, ou pedir dinheiro?
Nenhuma
coisa nem outra, talvez disfrutar de alguns momentos com meu pai. Eu sempre sonhei em ter um. Já sei que o senhor cospe os comprimidos,
fica acordado a noite inteira, creio que pensando o que fizeste de sua vida.
Eu só
trabalho a partir das cinco da manhã, posso passar as noites aqui, assim
aproveito para disfrutar do que não tive.
Venha
mais para perto, assim te verei melhor.
Teu advogado me mandou uma foto tua de marinheiro, abra aquela gaveta,
lá estava a foto, com outra de uma pessoa também como uniforme, Era iguais, acho que de todos meus filhos,
eres o único que se parece fisicamente comigo.
Agora
passavam as noites conversando, contou dos horrores da guerra, do que tinha
passado, falou do comandante, me fez o favor de oferecer um quarto em seu
apartamento, eu normalmente saio de madrugada para ir trabalhar, volto por
volta das 10 da manhã, quando estou fazendo algum curso chego mais tarde em
casa. Ele passa o dia na praia com seus
amigos fazendo surf. Eu gosto, mas só
no sábado e domingo é que vou.
Eu
também sempre gostei do mar. Por isso
construí essa casa.
Meus
filhos não vivem aqui, dei um apartamento para cada um, para ficarem longe de
mim.
As
cinco da manhã, o relógio militar que usava dava uma vibração, mesmo que a
conversa estivesse boa, se levantava dizendo tenho que trabalhar.
Nas
últimas semanas ficavam de mãos dadas, ele tinha sonhado com isso muito, na
hora de ir embora dava um beijo na testa do velho.
Um dia
lhe perguntou se tinha magoa dele?
Não
senhor, esse último mês, foram fantásticos, pois realmente conheci meu pai, com
o que sonhei a vida inteira. Se fosse
para viver com aquele homem que conheci no fórum, não iria querer conviver com
ele.
Dois
dias depois, tirou uma chave do pescoço, vê aquele quadro. Na lateral tem um lugar para colocar essa
chave, passe o dedo, vais sentir.
Enfie
a chave, tem um cofre por detrás, deu um
código, o cofre tinha dinheiro, papeis, muitos, a maioria ele viu que eram
provas de ADN, dos outros filhos. Pegue esse dinheiro, coloque num banco,
fique quieto enquanto eu for vivo. Tinha
uma caixa, bem como dois sacos negros pequenos.
Pegue um saco para ti, a caixa é um colar que comprei para a mãe do meu
filho menor. Portanto pertence a ele,
eles receberam o dinheiro que esta no banco.
Passe a mão pelos fundo, verás uma chave pequena, pegue para ti, me traga um papel, caneta.
Fez um
documento, dizendo que autorizava ao seu filho, a usar a caixa que estava nesse
banco.
Assim
quem sabes possas montar um negócio para ti.
Perguntou
se ele fazia croissant?
Sim
faço, dizem que sai muito bem.
Amanhã
quando venhas, podes me trazer um?
Levou
para sua casa tudo, chegou uns 15 minutos atrasado na padaria, o chefe lhe
chamou a atenção. Mas trabalhou
duro. Depois, aproveitou, foi ao tal
banco, levando a bolsa, o aceitaram imediatamente, porque o velho tinha chamado
por telefone. Como ele tinha a chave,
tudo bem. Viu que tinha muito dinheiro,
alguns documentos, riu sozinho.
Quando
foi para casa, preparou uma bandeja de croissant. Guardou alguns numa bolsa,
quando saiu de casa para a casa do seu pai, os levou, estavam os dois comendo o croissant, quando
entrou o filho pequeno, levou um susto um homem ali sentado com seu pai,
comendo era raro.
O
velho os apresentou, esse é meu filho, contou a história, vem ficar comigo
pelas noites para me fazer companhia.
Sente-se, ele me trouxe croissant que faz na padaria que trabalha.
Puxou
uma cadeira, se sentou do outro lado.
Perguntou como tinha sido o dia, o velho riu, agora estou melhor, estou
com as duas pessoas que quero. Espero
que vocês se conheçam melhor para o futuro.
Ficaram
ali os dois, até as cinco da manhã, ficou olhando como ele se despedia do
velho, um beijo na testa.
Ele
estendeu a mão para o outro, desculpe, mas tenho que ir trabalhar.
Nada
de aperto de mãos, abrace teu irmão, o fizeram meio acanhados, o outro lhe deu
um beijo no rosto. Nos vemos de noite.
Trabalhou
feliz, agora também tinha um irmão, se o velho aceitava como filho um que não o
era, lhe dava igual, tinha visto que ele sempre tinha carinho pelo seu pai.
De
noite quando chegou viu um movimento inusual, viu o outro falando com um médico
na porta, se aproximou, perguntando o que tinha acontecido.
Morreu
durante o dia.
Venha,
vamos entrar, ficaram os dois a noite inteira velando pelo pai. O James ficou conversando com ele, cada um
contando sua vida. Amanhã isso vai virar
um circo, o que querem mesmo é a leitura do testamento, que o advogado abra o
cofre que esta ai.
São
como aves de rapina, querem tudo, não trabalham, eu levo a empresa do velho,
mas não sei o que diz o testamento.
Vamos
ver, estou louco para me livrar, poder estudar o que sempre quis, mas ele não
permitiu, queria que alguém levasse a empresa. Mas se vou ter que levar com os outros,
minha vida vai virar um inferno.
As
cinco, se despediu, deu um beijo na testa do velho, agradeceu ter podido passar
esse tempo com ele. Que sua alma descanse.
Apertou a mão do James, se beijaram.
Trocaram o número de celular, me avise a hora do enterro.
Estava
trabalhando, quando seu celular tocou, era o advogado do velho, que o avisava
do enterro, bem como da leitura do testamento, o James me deu seu número de
celular.
Se
vestiu a rigor de marinheiro para ir ao enterro. Todo mundo olhava para ele,
mas o único que se aproximou foi o James, que o levou para se sentar ao seu
lado.
Creio
que vão pensar que eres meu namorado, disse este.
O
único que falou foi o James, indicou a ele, nas últimas semana tive o prazer de
conhecer um filho do velho, que vinha ficar todas as noites com ele. Nunca tinha visto meu pai mais feliz, em
estar com um filho, os dois conversavam horas.
Ele nunca conviveu com o velho,
mas foi reconhecido depois de uma prova de ADN.
Os
apresento Gerard Scalde. Fale algo sobre
nosso pai.
Sem
querer soltou, o conheci somente no dia da prova de ADN, reconheceu que era meu
pai, de uma aventura que teve. Sempre
quis ter um pai, mas não esse que virou-se para mim dizendo que já tinha filhos
demais, que não lhe interessava mais
um. Quando ficou doente, entrei um dia
que o vi cuspindo a medicação que lhe dava a enfermeira para dormir. Entrei, começamos a conversar, vinha todos os
dias para estar com ele até as cinco da manhã, hora que vou trabalhar. Eu não sei os outros, mas finalmente conheci
meu pai. Agradeço a deus pela oportunidade.
A cara
com que o olhavam era, mais um para dividir a herança.
A vinte
dias atrás, o velho me chamou disse o advogado na hora de ler o testamento,
mudou algumas coisas.
Para
os filhos todos deixava 10% das ações da empresa, que somando por 10, eram o
grosso para eles se estivessem unidos. Para
o Gerard não deixava nenhuma ação, não o quero metido com esses.
Deixava
seu apartamento no centro de Los Angeles, para ser dividido entre os herdeiros,
mas a casa aonde tinha morrido, deixava para seus filhos Gerard e James, que
eles decidam o que querem fazer com ela.
James
tampouco entrava na partilha do apartamento
de Los Angeles, valia uma verdadeira fortuna.
James,
ficou de fora da empresa, na hora que os outros somaram suas ações, vendeu rapidamente sua parte para um fundo
que se interessava em comprar a empresa, como precisavam de uns dez por cento
para entrarem, pagaram a mais o James por isso, aos outros pagariam menos.
Ufa,
me livrei dessa merda, a levava pelo velho, mas agora estou livre.
O que
vais fazer?
Ainda
não sei Gerard, tu queres a casa ou não?
A verdade
é que não quero, não saberia viver aqui, acho que deve ficar para ti, afinal
vives nela.
Não,
eu tenho meu apartamento, como os outros, viveria sim, se vivesse tu
também. Tens casa tu?
Não
vivo no quarto na casa de um amigo, mas tudo aqui é ostentoso demais, não faz
minha cara, quero sim no futuro poder abrir minha padaria. Tenho planos, mas ainda não sei.
Ah,
precisa ver a cara do pessoal, que imaginou que no quarto do velho, o cofre
estaria cheio de barras de ouro. Sei lá o que.
Mas só tinha uma caixa com um colar que ele dizia que comprou para minha
mãe, uma bolsa de diamante para dividir entre todos.
Só
então decidiu ver o que era tantos papeis.
Levou os do cofre primeiro para
casa, os olhou atentamente, eram os exames de ADN, de todos os filhos, só o
filho mais velho e uma filha eram dele, os outros não. Caso precise de provas dizia o bilhete.
Depois
era a escritura de um local em Venice Beach, se resolves montar a padaria.
Com a
escritura foi olhar o lugar. No
apartamento de cima, vivia um senhor, a eres filho do velho. Me ajudou comprando o local, agora vou vender
o apartamento de cima, pois meu filho precisa de dinheiro para um
tratamento. Vou viver com ele.
Quanto
o senhor quer pelo apartamento? Ele
disse um valor, o mesmo era pequeno, mas como ficava no meio de uma rua que
dava para a praia, tinha vista para o mar.
Eu o
compro do senhor, sem discutir, já que é por causa de uma doença. Vou abrir
aqui uma padaria. Tinha dinheiro
guardado no banco para isso. Mas o mais
fácil seria vender sua parte da casa, para isso. Falou com o James.
Já a
coloquei a venda, aqui é fácil vender, pois não se pode construir mais, assim
dividimos o dinheiro.
Sua
parte daria para comprar, bem como reformar o apartamento, como a loja embaixo.
Falou
com o James, ele achou excelente a ideia.
Tenho um conhecido que é arquiteto, assim podemos falar com ele.
Sem
querer estava participando.
Levou
os documentos outra vez para o banco, retirou os que estavam ali, se
surpreendeu, pois se tratavam de dois apartamentos em NYC, caso você precise
para transformar em dinheiro, não fazem parte do testamento, mas sim, basta
apresentar esses documentos ao advogado, ele sabe que existem.
Pediu
as contas na padaria, iria agora pensar na sua.
James trouxe o arquiteto, que examinou tudo, se quiseres, podemos fazer
como o do lado, mostrou, ele tinha a
mesma altura que esse, o dono, fez um projeto, reforçou as estruturas, aumentou
o apartamento de cima, fazendo como uma anexo, uma suíte, espera, conheço o
dono, vamos ver se esta em casa. Era um
homem simpático, quando soube que ele ia abrir uma padaria, ficou rindo, minha
paixão, pão.
Contou
que tinha ido uma vez a Paris, fazer um curso de doces franceses. Lhe explicou como e aonde. Enquanto espera as reformas podias ir.
Não
sei falar francês?
O
senhor lhe explicou que tinha cursos em inglês. Ficou de olhar.
Realmente
tinha acrescentado uma escada, em caracol, levado o quarto para cima, com
varanda que se via o mar, na parte de baixo, tinha ficado maior a sala, pois
também colocou uma cozinha americana, eliminou o banheiro de baixo, ficando em
cima como uma suíte.
Se
fazes o projeto assim, lhe explicou Adam, o arquiteto, vai ficar excelente,
reforçamos também toda a parte de baixo.
Explicou
como queria a padaria, que os clientes vissem as pessoas trabalhando. Aonde tinha estudado era assim.
Foram
almoçar juntos, sentiu um certo ciúmes do James com o Adam. Este lhe perguntou se não tinham um Ipad ou
um laptop.
Nunca,
mas sei usar, pois na marinha tinha que saber.
Lhe
mostrou no seu o lugar do curso, viu as datas de cursos em inglês, seria justamente
quando começassem as obras.
A casa
foi vendida rapidamente, ele só quis o cadeirão aonde ficava sentado falando
com o pai, o resto não lhe interessavam
Quando
estiveram a sos, disse que não entendia por que tinha ficado com ciúmes do
James com o Adam.
Este
riu, de mim, isso seria raro. O tivemos
um romance que não deu certo. Não diga
que estas apaixonado por mim.
Me
atrais, nunca soube analisar minhas emoções direito.
Agora
tinha dinheiro para a obra, bem como para fazer o curso. James disse que tinha
planos senão iria com ele a Paris.
Depois lá isso podia nos fazer a cabeça, imagine dois irmãos fazendo
sexo.
Ia
soltar que ele não era filho do velho, mas resolveu ficar quieto.
Ficou
pelo menos três meses, quando voltou, encontrou uma grande confusão, quando viu
o James este estava nervoso, pois os irmão tinham saído mal parados na venda do
negócio familiar. Queriam uma
indenização por parte do James, a partir de que ele não era filho do velho.
Sempre
desconfiei, mas atirarem isso na minha cara, foi demais.
Quem
está fazendo essa confusão?
Ele
disse o nome do irmão. Ficou
quieto. Na primeira oportunidade, foi ao
banco, buscou os documentos, tirou uma cópia, entregou ao James, o velho me pediu para guardar isso, para te
proteger. Legítimos só ele, o irmão mais
velho que ele não sabia quem era, bem como a irmã, o resto tinham o teste
negativo.
Fizeram
um escândalo de fazer gosto, ele se lembrou que o advogado devia ter acesso do
caso, Não deu em nada.
Estava
sempre com o Adam, esse um dia comentou
do ciúmes, eu quando vi vocês dois juntos me senti assim. Mas o James não quer nada comigo.
Pois
eu senti ao contrário, Adam comentava que tinha vindo mais refinado de Paris.
Pois é
conheci pessoas, convivi com gente que trabalha no que eu gosto, íamos comer em restaurantes que a princípio nem
sabia como me comportar, mas sou bom observador, aprendo rápido. Estavam
no que seria seu quarto, parados olhando a paisagem. Adam chegou por detrás dizendo, assim vou
ficar imaginando o que andaste fazendo por lá.
Nada
demais, além de aprender novas técnicas que estou louco para usar, um professor
me passou uma cantada, mas não estava interessado.
E se
eu te passo uma cantada, falou isso na sua orelha, se voltou, ficaram cara a
cara, achas que daria certo?
Podemos
tentar, foi a resposta. Os dois tinham
um corpo estupendo, um por ter sido militar o outro pelos ginásio que
frequentava. Foi um embate interessante, depois ficaram
rindo abraçados. Caramba estar contigo é
como estar numa montanha russa.
Começaram
a sair, Adam foi ajudando a montar a confeitaria, era pequena, uma barra, com o
fundo a meia altura, se podia ver as máquinas funcionando. Sugeriu colocar duas pequenas mesas como
nos bistrôs de Paris, a encontraram num antiquário, se quiserem com tens uma calçada grande mais
tarde podes conseguir uma licença para ter mesas fora.
Por
enquanto não, quero ir devagar, pois preciso sentir os pés no chão. Terei uma pessoa me ajudando a atender, pois
estarei mais atrás fazendo coisas. Estou
estudando, lá ensinam a fazer o que vai sair primeiro, depois o do meio dia,
quero ter sanduiches preparados para o pessoal levar para a praia. Depois o do final do dia para o lanche. Além claro de encomendas para bolos,
conforme for, depois preparo uma pessoa para me ajudar.
Adam
também ajudou a montar sua casa, sabia que ele gostava de coisas simples, nada de grandes sofás, mas sim um jogo de
poltronas de orelha, com uma mesa redonda, um abajur, um repousa pés. Uma mesa redonda de madeira que encontraram
num lugar que ao mesmo tempo reparava moveis.
Uma cama grande, o quarto era perfeito, com seu banheiro.
Adam
se matava de rir, que ele gostava de fazer sexo cedo, antes de dormir, porque
lhe dizia tenho que me levantar as cinco.
Se acostumou, cada vez a intimidade dos dois iam em crescendo. Quando tudo ficou pronto, fez a inauguração,
convidou o James, que chegou acompanhado de uma amiga, que escrevia no jornal
de Malibu. Ficou prestando atenção o
que rolava entre ele e Adam, depois
confessou que tinha ciúmes.
Sinto
muito, mas temos um relacionamento, espero que não fiques chateado, ele diz que
te esperou muito tempo.
Isso é
verdade, estou tão confuso com tudo que aconteceu, não perceber que ele não era
meu pai, mas ao mesmo tempo era o único filho que tinha carinho, até você
aparecer. Te quero, mas é como se
tivesses roubado alguma coisa minha.
Esses papeis que tinhas guardado, ao mesmo tempo me salvaram, mas
fuderam com a minha cabeça. Me sentia
atraído por ti, mas não sabia como racionar a tudo isso. Estou indo a um psicólogo.
Um dia
apareceu meio desnorteado, tinha sido procurado pelo sobrinho, filho do irmão
que queria mover a ação contra ele. É
viciado no jogo, a mãe dele é uma mulher superficial, ele perdeu tudo que
recebeu, bem como dinheiro da família dela.
O
menino me disse que faz insinuações, que ele deveria fazer sexo com homens para
ajudar seu pai. Fiquei horrorizado, me informei aonde ele joga, fez uma aposta
alta outro dia, oferecendo o filho como garantia.
O
menino fugiu de casa por causa disso.
Ele
está como louco.
Espera,
tenho dois conhecidos da marinha que são inspetores de polícia, vou falar com
eles. Dez minutos depois estavam
lá. Escutou a historia inteira, temos
que seguir para saber, vamos fazer o seguinte, um de nos entrara de incógnito, se
sentara na mesa de jogo, vamos ver se isso segue.
Assim
fizeram, o pai chegou com o garoto, que colocou numa cadeira ao seu lado. Quando perguntaram o que ele apostava, ele
apontou o garoto, dizendo que era virgem, alguns homens se levantaram da mesa
enojados, ficaram somente os que tinham uma cara de pédofilos.
Ele
foi perdendo, ao final disse que quem ganhasse ficava com o garoto. O que era policial, pediu para então assinar
um documento, dizendo isso, o filho da puta fez, estava como alucinado, jogou, perdeu outra vez, no final estava
como louco. No local não se podia entrar com armas, ele jogou o filho em cima da mesa. Aqui está o pagamento.
O
policial acionou os que estavam fora, entrou nesse momento. O que tinha ganhado o garoto no jogo, queria
escapar com ele, mas o outro impediu. Lhe colocou uma algemas, Foram todos para a delegacia, Quando apareceu a mãe, extremamente
maquilada, disse que ele não estava errado, que filhos eram para isso.
O
garoto ficou numa casa de jovens.
Adam
comentou, com o Gerard, vão acabar com esse garoto lá, eu conheço o juiz, vamos
ver o que podemos fazer. Porque o James
estava como em choque, não se movia.
Gerard,
se apresentou como tio do garoto, disse sua profissão, o juiz riu, nem
acredito, consultamos todos, ninguém trabalha, um dos problemas do James no
momento, estava como que perdido, sem trabalhar, só aplicando dinheiro, sem
saber que rumo dar a sua vida.
O juiz
o deixou falar com o garoto. Esse
sorriu, o padeiro, todo mundo fala mal de ti, pois recebeste uma merda de
dinheiro. Eles só pensam nisso
dinheiro. Coitado do velho, quem mandou
ter tantos filhos.
Queres
vir ficar comigo? Posso ter tua guarda,
falta pouco para seres independente.
Vou
com uma condição. Gerard pensou, pronto
vou ajudar, ele vem com condições.
Qual é
a condição?
Que me
ensines a fazer pão, a trabalhar, quero ser independente desta família
horrível, estou como um louco, meu pai queria me vender ao primeiro velho, para
pagar suas dívidas de jogo, que filho da puta é esse?
O juiz
lhe deu a guarda do garoto, no primeiro dia ele dormiu num saco de dormir, no
dia seguinte comprou um sofá cama, para ele ter aonde dormir. Nesse dia, o fez se levantar as cinco da
manhã, sempre é bom tomar um banho frio ao levantar, eu já fiz isso, assim
saímos revigorados para o trabalho.
Lhe foi ensinando como preparar certos pães, retirar da máquina,
amassar, moldar, colocar no forno. Ele
fazia isso tudo prestando atenção, depois que colocaram os pães nas vitrines,
começaram a preparar croissant, a massa estava feita do dia seguinte, de tarde
preparo mais massa. Fizeram bolos, ele
ia absorvendo como esponja.
Quando
entrou o primeiro cliente, ajudou a garota atender. De vez em quando olhava
para o tio como esperando uma aprovação.
Mas estava feliz.
Depois
de atenderem o último cliente da manhã, a garota agora ficaria só vendendo o
que estava feito, anotaria encomendas.
Ele o levou para a praia, vamos
tomar um banho de mar, fazer um pouco de surf.
O
garoto alucinou. Quando chegaram em casa,
o James estava fazendo a comida, lhe disse que se acostumasse, o James, era seu
namorado, nem sempre dormia todos os dias lá, mas estava sempre que podia.
Se
sentaram os três para comer. O garoto
estava morto de sono, caiu no sofá do jeito que estava, os dois arrumaram a
cozinha, subiram para conversar.
Adam
disse que tinha estado com o James, está catatônico, essas coisas para ele é difícil, desde que
descobriu que não era filho do velho, que todos seus irmãos são filhos da puta,
pois ninguém criticou ou moveu um dedo para ajudar o garoto. O que me disse, foi, menos mal que nessa
família temos um com o pé no chão.
Falou com ele por telefone, para ver se queria vir jantar.
Preciso
ficar sozinho, me afastar disso tudo, tinha razão ao ir fazer teu curso, a vida
continua, temos que seguir adiante, perguntou do sobrinho,
Bobby
está bem, dormindo como um louco, se levantou as cinco da manhã, para trabalhar
comigo na padaria, depois fomos fazer surf.
Me pediu que o chamasse, para aprender a fazer a massa de
croissant. É um bom menino, espero
poder realmente fazer algo por ele.
Tomou
um bom banho, Adam o sacaneava pois tomava muitos banhos. Tinha lhe respondido, que aonde trabalhava no
porta aviões o calor era infernal, nunca entendi uma enfermaria, em cima da
casa de máquinas. Quando saiu do banho
Bobby estava esperando para tomar uma ducha.
Desceram
os dois, foi lhe ensinando passo a passo a fazer a massa, o mais difícil lhe
explicava era combinar a quantidade de manteiga para que nem ficasse seco
demais, tampouco com muita grassa.
Fizeram
juntos dois bolos de encomenda, ele ia anotando como o tio o fazia, sempre acrescento um pouco mais de claras
dessas embalagens só de claras, para o bolo ficar mais fofo, mas agradável ao
paladar.
Ele
comentou que gostava muito de madalenas.
Boa
ideia, vamos aproveitar que temos a mão na massa, preparamos uma quantidade, eu
vou te dizendo vai fazendo. Ele na
verdade só tinha ditado as quantidades, para que ele fosse misturando. Quando comentou que as crianças gostam
daquelas que vem com pepitas, lhe ensinou a colocar as pepitas de chocolate só
no final.
Já
tinha ele feito seu primeiro trabalho sozinho, quando retirou do forno, guardou
duas para levar para o tio Adam, esse sujeito é muito legal, tiveste sorte.
Toda
semana vinha um psicólogo conversar com ele, quando chegou dezembro, prepararam
uma série de doces de natal, italianos, panetones, tranças de frutos secos, ele
agora era como seu braço direito, lhe ensinava, ele anotava, mas depois já
tinha tudo memorizado.
Nos
domingos, era mais complicado, pois dava um pouco de preguiça, mas também só
trabalhavam até o meio dia. Depois iam
para a praia os três fazer surf, almoçavam em algum restaurante.
Adam
sempre tinha alguma coisa nova para mostrar.
Quando chegou o aniversário dele, seus amigos queriam fazer uma grande
festa, mas fizeram uma festa em Petit comitê, só eles, James veio também. Bobby lhe serviu orgulhoso o bolo, fui eu que
fiz, sugeri ao tio Gerard servir com um pouco de sorvete, acho que fica
fantástico.
Antes
de ir embora, James comentou que tinha finalmente fechado um negócio, iria
trabalhar durante um tempo em Berlin, numa empresa, depois abriria em Los
Angeles a filial.
O negócio
tinha dado certo, agora o vizinho tinha lhe oferecido a loja ao lado, para se
ele quisesse ampliar seu negócio. Sentaram-se os três para conversar. Bobby
ainda perguntou por que ele tinha que participar.
Porque
você é como se fosse meu sócio, trabalhamos lado a lado diariamente, creio que
mereces participar, podes ter uma visão diferente da minha, isso é
interessante.
Adam
pensava que ampliar tinha dois lados, um que lhe faltaria mais tempo de lazer,
pois teria que trabalhar muito, o outro também mau, seria como controlar tudo.
Bobby
foi quem falou muito sério. Tio, se o senhor
aumenta, o negócio, daqui a pouco terás que aumentar de novo, sempre será
assim. O pior, que o trabalho fica
mecânico, perdes a criatividade, vira um
trabalho cansativo, como diz o Adam, não terás tempo para conviver com ele nem
comigo, deixaremos de ser essa família
que criamos.
Ele
quase chorou, mas agradeceu, a opinião, ele pensava o mesmo. Quando comecei, queria ter comando de tudo, se
cresço muito, perco como tu dizes. Não
vale a pena. Depois outro maior vai me
encher o saco para vender, transformando o que eu sonhei numa confeitaria como
outra qualquer.
Agradeceu
muito ao vizinho, mas preferia continuar como estava. A loja ao lado levou um bom tempo fechada,
pois ele queria muito dinheiro.
Quando
Bobby fez 18 anos, foram os três passar um mês em Paris, queria ideias novas,
foram a todas as confeitarias, locais que trabalhavam com chocolate. Bobby ficou alucinado, ficou mais um mês
fazendo um curso com um famoso chocolatier, voltou cheio de ideias, agora sim,
valia a pena abrir ao lado, mas era tarde tinha sido alugado para uma senhora
que ia vender vinhos.
Resolveram
usar a ideia do chocolate, para bolos, pascoa, ele preparava algumas coisas
para festas de criança, mas idealizou, uma coisa, pequenos doces de chocolate
para festas que fossem alegres, cara de animais, figuras de futebol, que ele mesmo preparou
moldes, depois pintava com colorantes.
Choviam encomendas para as festas.
Do outro lado da rua ficou vago um apartamento maior. Tinha três quartos, dois banheiros, uma
cozinha imensa, e o melhor uma espécie de escritório. Assim poderiam usar a parte de cima da
padaria, para preparar todo esse material.
Contrataram mais duas pessoas para trabalhar.
O que
lhe fazia rir, era que o Bobby era mais rígido que ele com o pessoal. Seguia
se levantando as cinco sem uma crítica a isso, enquanto os empregados
reclamava, ele era o primeiro a dar exemplo.
Tinha aberto uma conta para ele no banco, assim depositava seu salario
lá. Ao contrário da família, ele não
era de gastos, devia ter visto tantos gastos inúteis que nem pensar. Investia sim em moldes. Foi outra vez a Paris, para fazer um curso só
de doces pequenos. Agora tinham para
oferecer biscoitos, pequenos doces de festas com ou sem chocolate, na padaria agora trabalhavam mais duas
pessoas na venda, a garota que estava desde o começo agora era a gerente. Agora aceitavam encomendas para preparar uma
festa inteira. Bobby tinha uma maneira
especial de conversar com a criança que seria aniversariante, para fazer o que
ela queria.
Preparam
a festa da casa de um diretor do jornal de Los Angeles, ele mandou filmar tudo, além de fotografar
cada coisa. Então tinham encomendas
impressionantes.
Um
diretor de cinema que estava fazendo um filme baseado numa historia em
quadrinhos, pediu que el preparasse os personagens todos de chocolate, assim
usaria para fazer a promoção. Embaixo
agora, Gerard tinha dois ajudantes, ele dois também, quem escutasse o Bobby
falando, parecia um homem de mais idade.
James
dava notícias de vez em quando, logo voltou, não tinha nada dado certo, no
fundo tinha sonhado tanto com o projeto, demorado muito em arriscar-se, para no
fundo ter uma puta decepção.
Confessou
que tinha inveja de como eles tinham
resolvido suas vidas, estive tanto tempo trabalhando como um idiota para
satisfazer meu pai, aguentando meus irmãos, que esqueci de mim mesmo. Acabei de descobrir que sou inseguro, me
fechei tanto em mim mesmo que sou frágil em termos de relacionamento.
Sem
ciúmes algum digo a vocês, podia ter arriscado uma vida com o Adam, mas o teria
feito totalmente infeliz. Os três são
uma família.
As
pessoas reclamavam porque não abria uma filiar em Los Angeles, ou mesmo
NYC, diziam sempre que não. Uma panificadora imensa, falou com eles de
compra, queriam o negócio para incluir em suas
lojas. Sem pensar duas vezes
disseram não.
James,
agora estava sempre com eles, Adam tentou faze-lo trabalhar junto com ele, mas
não deu certo. Não era o que queria.
Um dia
um vizinho de apartamento dele, viu a porta aberta, avisou a polícia, o
encontraram enforcado, primeiro pensaram
que tinha sido um homicídio, por causa da porta aberta, mas uma carta dizia ao
contrário. Ele tinha gasto como os
outros todo o dinheiro que tinha tentando encontrar algo para fazer. Critiquei os outros, esqueci que não fui
educado diferente deles.
Só
tinha lhe sobrado o apartamento, que serviu ao final para pagar suas
dívidas. Isso abalou muito os
três. Resolveram finalmente vender a
empresa que queria tudo.
Mas
nunca lhes venderam o pulo do gato como dizia o Adam, venderam inclusive os
locais.
Foram
para Paris, fizeram novos cursos, se especializando em chocolate, ao mesmo
tempo misturando com o que já tinham em forma de doces, bolos, etc.
Gerard
resolveu acionar o advogado com respeito aos apartamentos de NYC, os dois
ficavam no Soho, um deles em cima de um local que estava fechado a tempo, era
uma esquina, um local grande. O
apartamento era maior do que o que eles tinham em Venice Beach, o outro era
surpreendente, vivia nele uma velha gloria do cinema. O apartamento era um luxo, todo o aluguel que
este tinha depositado mês a mês, estava guardado no banco. Com ele podiam alugar o local de abaixo do
outro.
Adam
tomou frente de tudo, preparou um projeto como eles tinha discutido muitos
meses, voltavam a trabalhar como antes, em pequeno, nada de crescer. Sabiam que isso era um perigo.
Só que
desta vez, teriam uma linha de sanduiches para
os turistas, o pão tudo fabricado por eles, já em formas próprias para
sanduiches. Convidaram a garota que
tinha sido gerente em Venice Beach, esta nem pensou duas vezes. Logo estava treinando dois grupos para
atenderem o pessoal. Mal inaugurou,
virou um lugar de moda, mantiveram a linha de festas, agora inclusive aceitavam
trabalhos para outros lugares. Os
clientes os viam preparando bolos, doces, decoração de festas. Bastou fazerem uma festa para umas pessoas
de dinheiro para aparecerem clientes em peso.
Mas ao contrário dos outros lugares, aceitavam se podiam fazer eles
mesmo, tampouco para agradar ninguém.
Rosie a gerente, olhava a agenda, pedia muitas desculpas, mas aquelas
datas estavam coberta, só aceitavam encomendas para festas para dois meses depois.
Sempre
tinha aquele cliente que aparecia, quando lhe negava, dizia sabe quem sou?
Rosie
era impecável, educadamente dizia que não queria que sua festa fosse um
fracasso, portanto ou a pessoa transferia a festa, ou não faziam. Os que conseguiam, adoravam o trabalho. Gerard sempre brigava com Bobby, que este
nunca tinha um namorado ou namorada, dizia que não tinha tempo. Um dia Adam o pegou de jeito, do que ele
fugia.
Tio o
senhor sabe que é ficar sentado ao lado de um bando de homens que te olham com
cobiça, imaginando o que vai fazer contigo, não podes fazer nada, porque teu
pai está te vendendo como se fosse um animal.
Já tentei, mas não consigo confiar nas pessoas. Um dia eu sei que vou me
apaixonar, mas leva tempo.
Um dia
apareceu um homem de uns trinta anos, queria fazer a festa do aniversário do
filho que tinha, era pai solteiro, a namorada o tinha abandonado, pois não
suportava crianças, tinha sido segundo ele um horror aguentar a gravidez dela,
que tentou abortar inclusive no oitavo mês.
Pariu em seguida desapareceu no mapa.
Bom o senhor traz seu filho aqui,
vou conversar com ele, esse é meu sistema de trabalho. Se apaixonou tanto pelo pai, como pelo
filho.
A
festa seria na escola do garoto, foi um sucesso, cada criança levava ainda para casa uma caixa com
o emblema da loja, com um pedaço de bolo, doces pequenos de chocolate, barrinhas
com o nome do aniversariante.
Tinha
feito um imenso elefante de chocolate, que quando os garotos avançaram para
comer, ao abrirem caiam pequenos presentes outros elefantes pequenos,
coloridos.
Logo
as mães correram na loja para encomendar as festas, riam muito quando tinham que
se colocar na fila.
O
jovem que tinha pedido a festa, convidou Bobby para sair, foram jantar, depois
saíram outras vezes, ele foi honesto contou seu trauma, o outro teve paciência
de lhe esperar. Um dia o trouxe em casa
os apresentou aos seus tios, Os dois
riram horrores com o garoto, dizendo uma para o outro, já somos avôs.
O duro
foi o Geoffrey se acostumar aos horários
do Bobby, pois isso de se levantar tão cedo, lhe fazia confusão, mas se
acostumou.
O
garoto gostava de estar ali, vendo o namorado do pai, preparar coisas gostosas,
aquela coisa da criança que passa o dedo para lamber.
Gerard,
Bobby e Rosie, inventaram uma coisa que tinha sempre que ser num sábado, dava
trabalho, mas era divertido, tipo um aniversário, em que o aniversariante,
convidava seus amigos mais chegados, eles mesmos preparavam os doces, se
divertiam criando os personagens, na verdade era como ajudantes, mas se sentiam
felizes, dava a sensação que estavam fazendo tudo eles mesmo. Escolhiam as cores dos animais, os desenhos,
isso faziam eles. Era um sucesso, se
podia dizer que cobrariam mais barato por fazerem assim, mas era ao
contrário, como passavam o dia inteiro,
cobravam mais caro.
Seu
tipo de cliente nunca poupava em dinheiro.
Logo
foram chamados pelos professores da França que queriam aprender isso. Resolveram fazer o seguinte, como eles tinham
ido, que se quisessem aprender a ideia, viessem eles.
Assim
se tornaram conhecidos dando cursos. Queriam
que fizessem curso na televisão, mas isso tomava tempo.
A
coisa como dizia a Rosie, era ter pés no chão, pois quando se quer segurar o
mundo com as pernas, ele escapava.
Alguns
copiavam a ideia, mas como eles faziam era perfeito.
Bobby
acabou se casando, Gerard e Adam aproveitaram a cerimonia se casaram também, já
que tinham durado tantos anos juntos era o melhor.
Conseguiu
trazer tudo que estava no cofre em Los Angeles, nunca tinha tocado nesse
dinheiro, quando o marido do Bobby, foi chamado para dirigir sua empresa em
Vancouver, ele ficou na dúvida, chegaram a brigar.
Mas
quando se sentaram, Gerard disse que ele devia seguir, porque não abres um negócio
lá, eu quero me aposentar, estou cansado, o Adam também, queremos desfrutar da
vida, iremos viver perto do mar.
Foi ao
banco, trouxe tudo que estava na caixa.
Poderia te deixar de herança, mas vamos fazer o seguinte. Vou dividir em três partes iguais, todo esse
dinheiro está guardado a muito tempo, não sei de aonde saiu, nem porque o velho
o tinha assim. Então tens tua parte
para montar teu negócio lá. A outra
parte vai para a Rosie que todos esses anos mantem a loja, ela conhece tudo,
pode continuar, era a paixão dela.
A
terceira parte, vamos comprar um lugar para nos dois na praia, iremos te
visitar sempre, para ver nosso neto.
Mas vocês merecem a oportunidade de começarem uma vida só de vocês.
Mas
lhe deu em mãos a bolsa cheia de diamantes, isso você guarda para uma
emergência. Adam foi logo em seguida
quando ele conseguiu um local para fazer um projeto.
Eles
agora viviam na praia, numa casa pequena, mas confortável, em frente ao mar. Quem diria que iriamos viver assim tanto
tempo juntos. Adam dizia que se lembrava
até hoje do primeiro dia, que diziam que iam experimentar para ver se dava
certo, Gerard brincando dizia creio que
devíamos tentar mais.
Passavam
as festas juntos com o filho como consideravam o Bobby, sempre seriam uma
família, só lamentavam o que tinha acontecido com o James, tinham feito de tudo
para o ajudar, mas ele era cabeça dura, nunca se abriu realmente com eles, qual
era o problema.
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