BAKA
Dimanche nome que
usava David Conté, estava surpreso, afinal já tinha homens na sua cama, até
quinta-feira. Isso que ia caminhando ao
lado do mesmo em direção ao seu studio, o tinha visto olhando através da
vitrine da galeria de arte aonde tinha exposto um de seus quadros, uma bandeira
americana, feita em trapos, com a figura de costa de um negro. Ia chegando quando o viu, estava de costa, se
notava que tinha a mesma altura que ele, com os cabelos crespos cortados muito
pequenos, com alguns fios brancos.
Quando se colocou
ao seu lado, o olhou, conteve o folego, era parecido com ele, bem como os
outros, dizia que era como fazer sexo consigo mesmo, de tão parecidos. Perguntou se gostava do quadro.
Sim, muito,
respondeu Jeudi como se chamaria a partir de agora Joseph Coen, quando virou o
rosto, viu que uma lateral do mesmo tinha uma cicatriz imensa, que atravessava
toda sua cara do lado esquerdo.
Sem saber por que
ficou excitado. Tudo que verbalizou em
seguida, foi, queres ver o meu trabalho, iam caminhando para seu studio. Ali mesmo em Saint-Germain de Prés, presente
de sua mãe, quando notou que era um bom artista. Tinha feito a escola de Belas Artes, mas não
tinha terminado o curso, pois foi lançado a arena antes, como ele dizia.
O sexo para ele
era uma coisa impressionante, desde jovem na escola, talvez por seu tamanho,
não chegava a 1,60 cm, os outros faziam gozação, mas quando o viam nu, com um
caralho imenso, alguns ficavam nervosos.
Mas aprendeu a se defender do Bullying, fazendo aulas de boxe, ia sempre
ao ginásio, por isso tinha um corpo pequeno mas muito bem modelado.
Foram subindo a
escadas, era um terceiro, Jeudi, ia passando a mão na sua bunda, enquanto
isso. Quando chegaram, abriu a porta do
studio, nem teve tempo de acender a luz, pois o outro foi arrancando suas
roupas, o deixando totalmente nu. Quando
tirou a sua, tinha o corpo como o seu, pouco peludo, super masculino. Entre eles começou uma batalha, ele estava
acostumado a ser o que controlava tudo, quando viu Joseph lhe penetrava, queria
reclamar, pois nunca tinha feito isso, mas ele tapou com uma das mãos sua boca,
disse com voz rouca, silencio, sempre há uma primeira vez.
Quando viu, ele
estava fazendo o que gostava que os outros fizessem, estar sentado em cima,
olhando na cara do outro para saber se sentia prazer. O dele era infinito, encontrei meu homem
pensou.
Depois de um
tempo, quem o montou foi o outro, ficaram horas nisso, até que tiveram um
orgasmo. Nunca tinha tido uma aventura
assim. Sua cabeça estava como louca.
Quando ficaram
deitados um ao lado do outro, de mãos dadas, Joseph disse, eu não sou como os
outros. Sinalizou os quadros, que
estavam os outros amantes que tinha, um para cada dia da semana.
Nem pensar, tudo
isso nunca aconteceu com nenhum deles.
Foi numerando
Lundi, Ludwig é filho de uma alemã, como
vês tens um olho de cada cor, é super gentil, lhe deixa fazer tudo o que quero,
muito magro, tem a mesma altura que nos dois, depois vem Mardi, Marcus, que é
filho de uma italiana, muito rica por sinal, ela dirige uma grande empresa de
moda. Esse é sem vergonha, gosta de
todas as sacanagens, mas afinal me deixa penetra-lo.
Mecredi, Maurice
filho de uma francesa que vive lá para os lados de Saint Queen, aonde sua mãe
tem uma loja de antiquário, tinge seu cabelos de loiro, para ficar parecido a
sua mãe, tem a pele mais branca, os olhos azuis, diz que é albino, pois odeia o
sol.
Então serei
Jeudi, estendeu a mão, meu nome é Joseph Barak, minha mãe é negra, dona de
casa, vivemos a vida inteira do dinheiro que manda um pai que não conheço.
Tu quem eres?
Dimanche, o dia
do rei, mas meu nome é David Conté, mas isso já sabia, porque ao lado do quadro
tinha meu nome.
Ele se levantou
nu, passeou pelo meio dos quadros, tudo teu tem cheiro a sexo.
Voltou para a
cama já excitado, nem lhe deu tempo de se limpar, foi direto o penetrou de uma
maneira mais selvagem, podia se dizer que o estava galopando, lhe disse ao
ouvido com voz rouca, eres a puta mestre isso sim. Vou contar a todos eles que comi teu cuzinho,
vão querer em seguida, sua puta.
Ficava cada vez
mais excitado com aquela voz, no seu ouvido, que acabou tendo um orgasmo sem
querer.
Vê como te chamar
de puta de excita. Ficaram dois dias
ali, só abrindo a porta para o rapaz da pizza.
O possuiu de tantas maneiras, que ele nem tinha noção de como era
possível.
Uma delas tinha
sido na janela do studio, que dava para o studio de outro pintor, que ficou
olhando primeiro com a boca aberta, depois se masturbando. Urrou quando teve seu orgasmo, nunca tinha
feito isso.
Estava exausto,
tomaram um banho juntos, ficava como louco, pois não acreditava que ele pudesse
se excitar tanto assim.
Tinha trocado o
lençol da cama, pois estava super manchada de semem. Caíram dormindo, ia lhe
pedir o número do telefone, mas Joseph disse que o encontraria de novo.
O que não viu,
foi que enquanto dormia, ele abria seu celular, copiando o número dos outros,
bem como o seu.
Quando despertou,
já tinha desaparecido, só havia um bilhete, me deves um quadro, sua putinha.
Sem querer foi
como sentir sua voz na sua orelha, ficou excitado no ato, se masturbou, fazendo
uma coisa que nunca tinha feito, enfiar com a outra mão os dedos atrás.
Mas não era
igual, o deixou de imediato, foi tomar um banho frio.
Se colocou diante
de um painel que tinha no studio, começou a desenha-lo. O tinha gravado em sua mente. Os outros tinham posado para ele, mas com o
Joseph, não precisava, tinha cada detalhe de seu corpo gravado em sua mente,
bem como a cicatriz na cara, além de algumas ao longo do corpo, nem tinha
perguntado por quê. Depois não parou de
pintar, até ficar exausto. O celular não parava de tocar, hoje era o dia de descanso,
só atendeu uma chamada, de um número desconhecido, mas era alguém querendo
vender alguma coisa.
Passou o resto da
semana pintando, muitas vezes, o Joseph, o tinha que tirar da sua cabeça, mas
quanto mais o fazia, mais pensava nele.
Tinha saído pelas
ruas, principalmente aonde o tinha visto, nada, o filho da puta não tinha
deixado o número do celular, sentia seu corpo doer, com isso.
Na segunda feira,
ligou para o Ludwig, pelo menos queria fazer sexo com alguém, o número dava
ocupado, experimento o Marcus, todos eram iguais, como se cortassem a ligação
nada mais ao saber que era ele. Tampouco
sabia aonde viviam, portanto era complicado.
Mal sabia que
Joseph, tinha ligado para todos, marcou com eles no seu apartamento no Canal de
Saint Martin, não falou a nenhum dos outros.
Quando chegaram,
era como uma reunião de cópias. Eram todos muitos parecidos com David, explicou
como os tinha descoberto, ele era o mais velho deles. Os está usando, como para fazer sexo consigo
mesmo, mas não tem noção disso. Foi
falando o dia da semana que correspondia a cada um.
Estavam
chateados, nunca nos deixou ver os quadros que pintou da gente.
O mais jovem era
o Maurice, que estava arrasado, sentou-se ao lado dele, para conversar, o
deixei fazer o que queria comigo, porque pensei que me amava. Mas vejo que só ama a si mesmo, nos usou.
Viu que os outros
dois começaram a conversar sobre o que gostavam, o que estudavam, os dois
estavam na mesma universidade, mas em anos diferentes. Podiam ter-se cruzado pelos corredores,
combinaram ali mesmo borrar o número do David, ele que se apanhe, saíram os
dois, ficou o Maurice.
A conversa com os
dois se desenvolveu com naturalidade, o que ele estudava, o que queria fazer em
seguida, como era o relacionamento com sua mãe.
Foi como abrir
uma comporta, falou como se sentia ter sido criado sem um pai, sua mãe pensava
que era por isso que lhe atraiam os homens.
Eu inclusive sou mais baixo do que ela, me disse que meu pai era muito
baixinho. Todos os meses vai a um banco,
aonde lhe depositam dinheiro, que transfere para uma conta, para que eu possa
ir a universidade.
Sem se dar conta,
estavam na cama, o menino não era tão ingênuo como parecia, mas sim muito
carinhoso, uma coisa que tinha lhe faltado a vida inteira, sua mãe era tosca,
quando muito lhe dava um beijo, no dia de seu aniversário. Fora isso, quase nunca estava, podia ter
caído na droga, mas queria algo mais. Com
muito esforço, tinha sido o melhor de sua turma na escola, conseguiu uma bolsa
de estudos para estudar jornalismo, sempre tinha estado com homens, de todas as
raças. Tinha andado pelas guerras no
mundo inteiro. Era sempre a gozação,
pois diziam que tinha o corpo fechado, pois era tão baixinho que as balas não o
encontravam. Mas tinha visto muitas
merdas pela vida.
Realmente fazer
sexo com o David, tinha sido como desafogar o que tinha dentro, por alguns momentos
de violência, mas com esse menino, era diferente, podia ama-lo.
O que
surpreendeu, que ele telefonou para a mãe para avisar que dormia na casa de um
novo amigo. Que estava feliz.
Dormiram
abraçados, despertou com ele passando a mão nos seus cabelos. Ficaram horas
assim, mas lhe disse, tenho que escrever uma matéria, queres me acompanhar para
ver como trabalho. Pegou sua câmera
fotográfica, tinha que levar o trípode, mas isso o Maurice pegou, senão vou de
mãos vazias.
Foram fazer uma matéria
numa feira ali perto, a maioria ou eram negros ou árabes, viu que ele ia
fazendo perguntas, era educado, pedindo para fazer foto da banca, as perguntas
mais intimas, abaixava o tom de voz.
Essa noite o
tinha penetrado, falando baixinho no seu ouvido, depois foi a sua vez, quando
falou ao seu ouvido seu nome Joseph, sentiu que ele estremecia de prazer.
Nesse mesmo
momento, em outro ponto da cidade, precisamente numa escadaria que subia para o
Sacré Couer, um homem cismava, olhando um jogo do Ifá, fiz merda pensava, como
pude fazer isso, eles são meus filhos.
Ele estava velho,
não tinha ideia de sua idade real, contava sua idade, a partir de que tinha
sido adotado por um casal, ela era diretora de uma ONG, ele um rico industrial,
ela estava de missão no Congo, quando encontrou com um tribo de pigmeus da raça
Inbuti, ele estava a parte, sendo cuidado pelo que descobriu ser o chamã da
tribo. Quando ela perguntou por que era
uma criança isolada, pois passou alguns dias ali, lhe disseram que era de outra
Etnia, da raça Baka,
Talvez por isso
quando lhe perguntaram seu nome disse Baka Barak, na verdade seu nome era
Barak, Baka somente sua raça, mas ficou com esse nome.
Ela o trouxe com
ela, adotado, quando seu marido o viu, como sempre tinha querido um filho, se
apaixonou por ele, era o seu garoto.
Ela ao contrário, dois anos depois de ser diretora de uma ONG, assumiu a
empresa do marido, quando este teve um enfarte. A partir desse momento se tornou fria. Era seu pai adotivo que inclusive tinha um
passado de nobre, quem o educou, o fazia encontrar-se com outros africanos, ele
ia junto, tão branco no meio dos africanos, voltou com ele várias vezes a
Africa. Dizia nunca perca suas raízes
por culpa do dinheiro. Mas nunca mais
encontraram nenhum pigmeu. Teve que lhe
explicar que era nómades se moviam pelo interior do pais, aonde houvesse
bosques.
Tudo que ele se
lembrava, tinha sido as últimas palavras do chamã da tribo que o tinha
acolhido, vá crie muitos filhos, que possam levar a estes homens brancos nossa
raça, misture as raças todas.
Não sabia ao
certo quantos filhos tinha, conhecia uma mulher, elas sempre queriam o mesmo o
seu imenso caralho. Quando deixavam de estar
menstruadas, ia com as que não tinham dinheiro, a um banco, abria uma conta, a
partir desse momento, depositava todos os meses, dinheiro da imensa fortuna que
o pai tinha lhe deixado. Nunca mais
tinha falado com a mulher que o tinha adotado.
Ela ignorou seu marido, na hora que ele precisava. Depois o acusava de ter roubado dela seu
marido.
Esse o tinha
ensinado a cuidar do dinheiro, nunca deixe que seque. Alimente o mesmo, sempre, ficou também com o
edifício que vivia, ele usava a loja, além do primeiro andar, nos fundos da
loja, havia como um lugar imenso, que pertencia a todos os prédios dali, com
educação pediu licença a todos, plantava ervas, legumes, que depois vendia na
sua loja, para todos os efeitos, era um comerciante. Mas quando chegava alguém que precisava de
ajuda, ali estava ele. Sua atual
companheira de muitos anos, era uma negra de Martinica, chamada Ângela, um dia
tinha entrado na loja para comprar ervas, começaram a conversar, ficaram
amigos, finalmente fizeram sexo. Ela
foi clara ao princípio, tinha sofrido um abuso quando jovem, teve um aborto
obrigada pelos pais, que se complicou, acabaram lhe tirando o útero, portanto
não podia ter filhos, lhe contou que tinha muitos, por isso os dois se dedicavam
um ao outro, nunca escondeu dela o que tinham lhe mandado fazer. Nunca amei nenhuma dessas mulheres, apenas
queriam uma coisa, desfrutar de meu aparelho masculino. Mas quando ficavam gravidas, eu ia embora,
era a única que sabia que ele tinha dinheiro.
Mas todos os dois se vestiam simplesmente. Ela o ajudava na sua horta, bem como atender
as pessoas, nas muitas idas a Africa, buscou na religião, o que não podia
encontrar fora, os deuses das florestas, o ajudavam a ver tudo em volta.
Agora falavam
desses filhos que ele tinha colocado no mundo, que nunca iriam procriar, que
era homossexuais, mas a ele isso não importava, gostaria sim de poder
encontra-los, conversar com eles, pois sabia que sentiam sua falta.
Passaram-se
alguns meses até que ele olhando as folhas outra vez, viu que David, precisava
de ajuda.
Tinha lhe
acontecido, sentir-se abandonado outra vez, seus companheiros da semana tinham
desaparecido, o único que ele sabia aonde vivia ou a mãe tinha uma loja era o
Maurice, foi até lá para procura-lo, estava ajudando sua mãe, viu de costa
outra pessoa, soube imediatamente que era o Joseph.
Se sentaram os
três, Joseph contou o que tinha feito, o que fazias estava mal, os usava como
uma puta, depois os descartava.
Mas por ti me
apaixonei.
Não, gostaste de
um que te tratou da mesma maneira que te trataram.
Estavam tão
distraído conversando, quando viram um senhor, de cabelos brancos, se
aproximando deles.
Olá crianças, me
chamo Baka Barak, sou o pais de vocês três, gostaria de conversar.
No primeiro
momento, houve como um rechaço, foi preciso que a mãe do Maurice, saísse da
loja, corresse para ele, meu amigo Baka, veja Maurice, eu te falo sempre dele,
foi ele quem me ajudou a estudar, a te criar, mesmo de longe.
Se deram conta os
outros que mesmo de longe ele tinha feito isso.
Os convidou para
sua casa, preciso falar com vocês, pediu que Joseph fizesse o contato com
Marcus, Ludwig, para uma reunião.
O mais reticente
em ir foi o David, antes ele perguntou a sua mãe, se tinha recebido ajuda de
seu pai.
Claro, com que dinheiro
crês que foste a universidade, o que paga teu studio, todos os meses chamava
para perguntar por ti.
Quando chegaram a
sua casa, foram recebidos por Ângela, que os levou a um salão muito simples,
cheios de máscaras, africanas de todos os lugares aonde ele tinha estado,
buscando sua gente.
Contou isso para
ele, sou descendente de uma raça de pigmeus Baka, que vivem constantemente
mudando de lugar, não sei por que fui abandonado, acabei numa tribo Inbuti, que
me criou, até que uma francesa me adotou, trazendo para cá. Dizia que eu era como um escravo deles.
Mas não era
verdade, o chamã, me disse que eu devia ir com ela, espalhar nossa raça pelo
seu pais, assim nossa cultura seguiria em frente.
As mães que
tinham filhos meus, algumas não precisavam de ajuda, sei que se casaram, tem
filhos, mas vocês foi um caso diferente.
Joseph, que é o mais velho, perdi contato com sua mãe, sei apenas que
ela retira o dinheiro que era para ti.
Sim, tampouco sei
dela, eu estudei jornalismo, andei por todo o mundo, inclusive por África,
aonde diziam sempre que eu devia ser descendente de pigmeus, por ser tão
baixinho.
Pois é, mas nunca
imaginei que vocês, fossem formar família entre vocês, Ludwig, Marcus, estão
bem juntos, bem como tu com Maurice, verdade?
Sim, encontrei
nele a paz, o amor que procurava a muito tempo, sua mãe aceita nosso
relacionamento, quando me conheceu disse que eu lhe recordava seu pai.
Sem querer quem
os juntou, foi David, mas este está perdido, verdade meu filho, não sabe o que
fazer da tua vida. Talvez seja essa sua
missão, puxou uma mesa baixa para o centro, a colocou no meio de suas pernas,
começou a rezar, falava virado para uma escultura que tinha na parede, começou
a falar uma série de coisas, que David, nunca ia imaginar que as pessoas
soubessem. Sua maneira de atrair, usar
sexualmente, depois descartar.
Mas isso não te
faz feliz, pois na verdade tua vida, seria juntar as pessoas, as orientar, se
quiserem vir comigo, eu irei agora ao Congo, encontraram uma tribo que
consideravam perdida, querem vir.
Um olhou para o
outro, dois não podiam por o que estavam fazendo no momento, Ludwig e Marcus,
que iriam participar de uma escavação na Itália.
Os outros
concordaram completamente, David ainda pensou, não perco nada, quem sabe
encontro material para trabalhar. Foi
ficando ali na casa do seu pai.
Conversava com ele muito, sobre seu comportamento. Nunca em nossa casa entrou um homem, para me
dar exemplo, minha mãe, atualmente vive com uma amiga dela, mas nunca fala de
seu relacionamento. Acabei ficando
sozinho como os outros.
Antes de partir,
temos que fazer uma coisa, pois senão vais tentar estragar o relacionamento do
Maurice com o Joseph. Eles são felizes.
Quando chegaram
ao Congo, foram para a parte mais profunda, ficavam admirados, pois apesar de
ter uma casa modesta, Baka, alugou um helicóptero para os levar o mais próximo
de aonde estava a tribo.
Quando chegaram,
os de lá riam, era como ver um deles vestido com roupas do branco, mas quem
realmente atraia atenção era o Maurice, por ser tão branco, com aqueles olhos
azuis.
As crianças,
ficavam a volta dele, lhe ensinando a falar, a cantar, aconteceu algo raro,
pois ele se sentia como se estivesse em casa, enquanto David as vezes reclamava
do desconforto, ele ao contrario adorava dormir ali no chão duro, sempre
abraçado ao Joseph, ninguém fazia comentário, depois observaram que na tribo
havia quatro homens que eram assim.
Eram da Etnia
Baka, por isso Baka foi se lembrando de todo um vocabulário de estalar a
língua, falar, o único que não foi de caça foi o David, até que Baka lhe disse
que devia fazer um esforço, que esse era seu caminho. Quem era ótimo caçando com os jovens era o
Maurice, que andava nu como eles, correndo de um lado para outro, cercado
sempre pelos garotos.
David, começou
sim a falar com o que era o chamã do grupo, não sabia bem como, mas se
entendiam, esse o levava com Baka a recolher ervas, tubérculos, dizia para o
que serviam.
Baka ia
recolhendo mudas para plantar na sua horta.
Os dias foram
passando, o mais interessante eram que alguns homens queria fazer sexo com
Maurice, mas esse dizia que era impossível, pois era do Joseph, um inclusive o
quis comprar.
Acho que chegou o
momento de irmos embora, comentou Baka, senão causaremos discórdia aqui. Uma mulher se aproximou, levando um garoto,
disse que seus pais tinham morrido, que ali ninguém o queria, se podia leva-lo.
Era um que nunca
saia de perto do Joseph, esse disse que sim, teriam que conseguir papeis na
capital, Baka disse que o ajudaria a conseguir.
Maurice estava
apaixonado pelo garoto, estava sempre com eles, inclusive se deitava no meio
dos dois, como procurando ajuda, ou carinho.
No último
momento, David que nos últimos dias tinha finalmente tirado a roupa, queria
ficar, já não reclamava de nada. Mas o
chamã disse que tinha uma missão.
Na capital,
usando seus conhecimentos, conseguiram documentos para o menino, que se passou
a chamar Maurice Barak, no avião se sentou no meio dos dois, segurando a mão de
ambos, quando chegaram a mãe do Maurice, ficou louca de amores por ele.
Será bem cuidado
disse Baka. Agora passava horas falando
com o Joseph, lhe pediu uma ajuda, gostaria de ver todos meus filhos, antes de
morrer, será que podias me ajudar.
Fez uma
reportagem, em que os mostrava junto, com o pequeno sentado no seu joelho, se
es como nós, dizia a altura, pediam o nome das mães, pois Baka tinha tudo
anotado, nos procure, compraram um telefone celular, para colocar.
Foram aparecendo
de todos os lugares da França, pessoas que faziam contacto. Depois de checar o nome das mães, eram
convidados, para uma reunião em família.
Alugaram uma casa
rural com muitos quartos. Joseph estava
feliz em ajudar a organizar isso, agora teriam muitos irmãos.
Dias antes, Baka
disse que faltavam de duas mulheres, uma era finlandesa, outra sueca, através
da embaixada as localizou, mas só uma tinha filho, a finlandesa, a sueca tinha
abortado.
Quando soube, o
filho era mais ou menos da idade de David, veio junto com ele, Baka tinha sido
o homem de sua vida.
Alguns anunciaram
que vinham com suas famílias, outros vieram sozinhos, pois não tinham entendido
direito o que era essa reunião.
Foi como reunir
uma tribo. Eram todos muito parecidos,
com alguns rasgos das mães, mas o finlandês era muito parecido com Maurice.
Ria muito quando
o garoto o chamava de papa, aos dois. Alguns
ficaram escandalizados com o fato deles viverem juntos como um casal.
Mas depois se
relaxaram, quando Baka tomou o mando da reunião, uma noite em volta de uma
fogueira, contou as lendas da sua Etnia, que tinha aprendido deste último
encontro.
Muitos disseram
que teriam adorado ir, para saber de suas origens. O finlandês Georg, perguntou ao Maurice, como
tinha sido, ele tão branco. Me adaptei
perfeitamente, ia de caça com eles, as crianças viviam atrás de mim pois eu era
um deles, mas diferente. Baka nosso pai,
nos fez conviver com eles, como se fossemos mais um. Foi brutal, genial, ao final, estávamos como
em casa.
Cada um contou
sua história, o que fazia, depois conversavam com Baka, que segurava a mão de
cada um, David, ia anotando os contatos que depois passou para todos.
Iriam tentar
manter isso todos os anos, ou pelo menos tentar.
A emoção do Baka,
era patente, só um deles, não tinha aceitado muito toda a história, sua mãe
tinha se casado com um homem africano, ele passava por filho deste, mas lhe
desconcertava que lhe chamasse de bastardo.
Tiveram mais filhos, mas para sua mãe, ele era o mais querido, o que
tinha gerado atrito com o padrasto.
Baka o convidou
para ficar um tempo com ele, pois o via perdido. Ele aceitou, passou a ajudar na horta,
aprendendo para o que servia cada coisa, quem mais visitava a casa do pai era o
David, então entre eles surgiu uma amizade, Geo como se chamava, contava de sua
infância infeliz, tinha sido abusado quando jovem, ninguém nunca o defendia.
David, pintou um
quadro, com a história dele. Ele ficou
impressionado que tivesse guardado na cabeça sua imagem. Nas fases de criança, tinha usado desenhos
que tinha feito com a tribo.
No dia que foi
ver o quadro, se apaixonaram. Agora
Baka sabia que isso podia acontecer, tinha visto na tribo, os homens que
ficavam sozinhos, viviam entre eles, formando casais, como se fosse uma coisa
normal.
David foi se
transformando, quando não estava pintando, estava ajudando Baka, Ângela, Geo na
horta, primeiro porque tinha ajudado o chamã, como seu pai recolher as coisas,
tinha memorizado para o que serviam.
Baka finalmente
tinha uma família real.
David fez uma
exposição, pediu para o Joseph escrever no catálogo, toda a experiencia deles,
com a tribo. Na exposição o Maurice filho era o sucesso, pois ia reconhecendo
cada um da tribo dizendo seu nome, isso sem soltar a mão de seu pai Joseph.
Quando finalmente
Maurice, resolveu estudar medicina, o garoto ficava mais tempo com o Joseph,
que o levava a escola, o ia buscar, ao médico, enfim era o que estava mais
presente, mas quando Maurice chegava em casa, se atirava aos seus braços,
ficavam os três abraçados, ele se especializou em doenças tropicais, assim
poderia sempre tratar dos africanos que apareciam no hospital que trabalhava.
Mas nunca se
separaram, acabaram se casando, o que foi um problema, pois estava patente que
eram irmãos, os convenceram pela diferença de cor.
Tinham visto na
tribo um casamento, como se faziam, no próximo encontro fizeram igual.
O pequeno ria
muito, agora estava crescendo um pouco, mas claro nem tinha problemas, pois
sabia que nunca passaria a altura dos pais, nem do avô.
Quando faziam a
reunião, era o rei dos outros de sua idade. Lhes ensinava as palavras na língua
do povo deles, para que nem ele, nem os outros esquecessem.
Antes de morrer,
Baka distribuiu entre os filhos que conhecia, todo o dinheiro que tinha
herdado, acabou não sendo muito, mas ajudou a muitos. Seu enterro foi super comentado, pois metade
das pessoas eram seus filhos, descendentes dele. Foi cremado, David levou a cinzas para
enterrar no Congo, mas não encontrou nenhuma tribo, deviam estar em outro
lugar, mas o fez aonde tinham ido.
Voltou para casa morto de saudade do Geo.
Seguiram se
encontrando durante anos, para homenagear ao homem que tinha sido pai de todos.
O pequeno
Maurice, mais tarde se tornou um grande conhecedor das ervas, dos segredos
ancestrais da sua tribo.
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